A deterioração dos ativos ontem, em especial das bolsas de valores, levou à pior perda percentual do ano e localmente o dólar disparou em novas altas, sem sequer corresponder às intervenções pontuais do Banco Central, as quais somaram um total de US$ 3 bilhões.
Os fortes ganhos de quarta-feira foram devolvidos quase na sua totalidade e pouco pode ser feito para evitar o alarde dos investidores com os avanços do COVID-19, devido à série quase interminável de notícias ligadas ao vírus e revisões constantes de cenário econômico.
Os temores sobre o Coronavírus atrapalhar a economia global continuaram, com diversos países ao redor do mundo estendendo quarentenas e restrições a viagens e fronteiras, além de empresas reportando o aumento de home office e dispensas temporárias.
Como citamos anteriormente, estamos longe de conseguir mensurar quaisquer efeitos mais concretos em termos econômicos e pior, o contexto de tensão do mercado alimenta tal perspectiva negativa, em especial àqueles ligados à economia real.
E por pior que ainda soe a situação, a OMS indicou que os números recentes apresentados pela China são consistentes e, ao menos no seu epicentro, há uma distensão considerável entre o número de curados e de novas infecções e mortes. Porém, isso não parece suficiente.
A volatilidade continua como a maior certeza e pouco pesam os indicadores econômicos no curto prazo, quando mostram o período pré-viral. Ou seja, sequer ao Payroll de hoje será dada a devida importância, se o mercado não renovar o seu “bom humor”, tão volátil quanto à “sangria desatada” da sessão anterior.
Localmente, ainda que se alimente a perspectiva de cortes de juros por parte do Copom, tal cenário está nitidamente desafiado pela forte desvalorização do Real e as dúvidas crescem constantemente tanto da eficácia das ações do Banco Central para conter sua desvalorização, quanto do impacto de um corte de juros na economia.
A nova ação do Banco Central hoje, com 40 mil contratos de dólar, ante 60 mil do dia anterior, pode ter igual efeito limitado, caso o contexto internacional não sinalize melhora, principalmente com o sinal renovado de cortes de juros.
A confiança do mercado na capacidade da autoridade monetária conter a desvalorização decresce a cada dia e tal perda de confiança pode custar caro neste volátil curto prazo.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com temores renovados do COVID-19.
Na Ásia, dia negativo, seguindo o fechamento das bolsas no Ocidente.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, com exceção à cobre e minério de ferro.
O petróleo abre em queda, com a falta de acordo da OPEP sobre o corte de produção.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 14,64%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,6165 / 0,81 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / 0,507%
Dólar / Yen : ¥ 105,13 / 0,932%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / 0,278%
Dólar Fut. (1 m) : 4646,26 / 1,48 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 4,41 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 5,07 % aa (5,19%)
DI - Janeiro 25: 6,02 % aa (3,97%)
DI - Janeiro 27: 6,54 % aa (2,83%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -4,6547% / 102.233 pontos
Dow Jones: -3,5790% / 26.121 pontos
Nasdaq: -3,0993% / 8.739 pontos
Nikkei: -2,72% / 20.750 pontos
Hang Seng: -2,32% / 26.147 pontos
ASX 200: -2,81% / 6.216 pontos
ABERTURA
DAX: -3,515% / 11524,82 pontos
CAC 40: -3,675% / 5164,09 pontos
FTSE: -2,685% / 6525,40 pontos
Ibov. Fut.: -4,90% / 102397,00 pontos
S&P Fut.: -1,920% / 2946,00 pontos
Nasdaq Fut.: -2,078% / 8448,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,51% / 72,31 ptos
Petróleo WTI: -2,42% / $44,80
Petróleo Brent: -2,58% / $48,61
Ouro: 0,71% / $1.688,18
Minério de Ferro: 0,55% / $90,12
Soja: -0,14% / $887,75
Milho: 0,00% / $384,50 $384,50
Café: -6,23% / $109,85
Açúcar: -0,45% / $13,36 $13,36