O atual e o futuro presidente de bancos centrais deram o tom da sessão de ontem no mercado financeiro, reforçando as premissas de seus respectivos países.
Powell manteve o tom considerado de neutro a “dovish” do discurso, indicando principalmente a busca pela inflação como meta principal do Fed, em vista aos desafios da atividade econômica ainda aquecida, apesar dos sinais recentes de contração.
Por aqui, o agora presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto reiterou os temas mais recentes dos comunicados da instituição e reforçou o tema do liberalismo econômico e como a maior competitividade trará a real redução dos juros e dos spreads, em confluência não somente com o colegiado atual do BC, mas com toda a equipe econômica.
Em ambos os casos, os sinais são positivos e agradam em muito aos investidores, dadas as perspectivas econômicas positivas embutidas em cada discurso.
O tema agora volta à questão política e como isso tende a influenciar os ativos. No exterior, a cautela ocorre pela falta de informações mais concretas sobre o futuro acordo entre China e EUA, principalmente nos pontos referentes à tecnologia e patentes, demandas centrais de Trump.
Enquanto isso, o presidente americana tenta marcar pontos no encontro com Kim, dizendo que estão discutindo fortemente uma desnuclearização, porém o depoimento de seu ex-advogado no caso de conluio chama a atenção de todos neste momento.
Na agenda hoje, fiscal, desemprego e IGP-M no Brasil e mercado imobiliário nos EUA.
Atenção hoje aos resultados de CSU (SA:CARD3), T4F (SA:SHOW3), Energias BR, Movida (SA:MOVI3), BK Brasil (SA:BKBR3), Fleury (SA:FLRY3) e Mafrig
CENÁRIO POLÍTICO
A reunião de Bolsonaro com líderes ontem para a articulação política demonstra por parte do executivo um início de boa vontade que não havia sido visto até este momento com o congresso.
A busca por cargos regionais, como citamos na semana passada, é um dos focos das bancadas, devido ao aparelhamento técnico do escalão federal, o que é muito positivo, porém fecha espaços para a velha política negociar.
Com tal abertura, ainda que sem resultados concretos, as pautas relevantes às reformas podem avançar após o carnaval, mas é nítido que o fisiologismo está muito incomodado com as escolhas técnicas atuais.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em queda, com a expectativa por detalhes do acordo China e EUA.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, com o encontro de Kim e Trump no Vietnã.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos até os 10 anos.
Entre as commodities metálicas, o ouro sobe com a maior cautela.
O petróleo abre em alta, com cortes da OPEP e menores estoques americanos.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 3,4%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,7491 / 0,05 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / 0,053%
Dólar / Yen : ¥ 110,42 / -0,154%
Libra / Dólar : US$ 1,33 / 0,279%
Dólar Fut. (1 m) : 3750,86 / 0,30 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,48 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 7,13 % aa (0,71%)
DI - Janeiro 23: 8,23 % aa (0,24%)
DI - Janeiro 25: 8,76 % aa (0,34%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,37% / 97.603 pontos
Dow Jones: -0,13% / 26.058 pontos
Nasdaq: -0,07% / 7.549 pontos
Nikkei: 0,50% / 21.557 pontos
Hang Seng: -0,05% / 28.757 pontos
ASX 200: 0,36% / 6.150 pontos
ABERTURA
DAX: -0,731% / 11456,37 pontos
CAC 40: -0,349% / 5220,44 pontos
FTSE: -0,792% / 7094,47 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 98354,00 pontos
S&P Fut.: -0,344% / 2781,90 pontos
Nasdaq Fut.: -0,270% / 7098,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,14% / 81,32 ptos
Petróleo WTI: 1,15% / $56,14
Petróleo Brent:0,98% / $65,85
Ouro: -0,13% / $1.327,28
Minério de Ferro: -0,27% / $87,70
Soja: -0,67% / $16,36
Milho: 0,07% / $367,00
Café: -2,96% / $93,95
Açúcar: 0,47% / $12,92