A reação da bolsa de valores local ontem seguiu a ordem econômica, após a posição desenfreada de venda na segunda-feira, sem motivação aparente.
O sinal emitido pelo COPOM de manutenção dos juros por um período considerável possui dois lados, ao retirar da renda fixa o prêmio dos diversos vértices da curva de juros.
Deste modo, ao investidor local resta a bolsa de valores e continuar a pressão no dólar, até o ponto de forçar uma reação do Banco Central, a qual aparentemente não parece ocorrer de curto prazo.
A ata foi clara na interrupção dos cortes ontem e colocou em dúvida, conforme citamos aqui em diversas ocasiões, a abertura do hiato do produto e como isso pode influenciar a inflação, no caso de uma recuperação mais concisa do que estamos observando neste momento.
Em termos de política monetária, o COPOM também foi mais pragmático do que o Fed, ao citar o Coronavírus, exatamente pelas incertezas embutidas em todo o problema, o qual parece finalmente perder força na China, abrindo espaço para as ações de recuperação das perdas do período.
Ainda que citando o problema viral, Powell ontem não abriu espaço em seu discurso para um novo corte de juros, ainda que a China seja uma preocupação evidente. Ao menos agora, a série de indicadores econômicos nos EUA continua com a dicotomia positiva dos últimos anos, com inflação sob controle e atividade econômica aquecida.
Neste caso, a manutenção dos Repo até abril dá o alento de liquidez necessário, exatamente enquanto a China entra no seu possível ciclo de reparação das perdas relacionadas ao vírus.
No âmbito político americano, Bernie avança e facilita a vida de Trump nas eleições e localmente, as falas de Guedes sobre os funcionários públicos adia a reforma administrativa, elevando o foco na tributária.
Na agenda econômica, atenção hoje as vendas ao varejo, onde o índice restrito deve refletir as vendas de natal de maneira positiva, porém, o setor automotivo deve puxar para baixo as vendas do índice amplo, devido à sazonalidade do setor.
Atenção hoje aos balanços de Cisco, Softbank, CVS, CME, Heineken, Moody's, Azko Nobel e Equifax.
Localmente, Duratex (SA:DTEX3), Suzano (SA:SUZB3) e Totvs (SA:TOTS3).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, mesmo com a queda acentuada da produção industrial na Zona do Euro.
Na Ásia, dia positivo, pela possível retomada da atividade na China e pelo resultado do Softbank.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas generalizadas, com destaque ao minério de ferro.
O petróleo abre em alta, com o suporte de US$ 50 em NY.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -2,90%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,3308 / 0,11 %
Euro / Dólar : US$ 1,09 / 0,028%
Dólar / Yen : ¥ 109,97 / -0,218%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / 0,216%
Dólar Fut. (1 m) : 4341,30 / 0,29 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 4,85 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 5,42 % aa (-1,81%)
DI - Janeiro 25: 6,07 % aa (-1,30%)
DI - Janeiro 27: 6,42 % aa (-0,93%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 2,4876% / 115.371 pontos
Dow Jones: -0,0016% / 29.276 pontos
Nasdaq: 0,1096% / 9.639 pontos
Nikkei: 0,74% / 23.861 pontos
Hang Seng: 0,87% / 27.824 pontos
ASX 200: 0,47% / 7.088 pontos
ABERTURA
DAX: 0,604% / 13710,11 pontos
CAC 40: 0,277% / 6071,51 pontos
FTSE: 0,209% / 7515,09 pontos
Ibov. Fut.: 2,19% / 115367,00 pontos
S&P Fut.: 0,366% / 3369,90 pontos
Nasdaq Fut.: 0,464% / 9569,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,54% / 74,79 ptos
Petróleo WTI: 1,58% / $50,70
Petróleo Brent: 2,02% / $55,13
Ouro: -0,20% / $1.566,32
Minério de Ferro: 2,60% / $83,36
Soja: -0,14% /$ 884
Milho: -0,26% / $379,00
Café: 1,69% / $102,15
Açúcar: 0,65% / $15,48