ÁSIA: A maioria dos índices asiáticos começou a semana em território positivo, impulsionada pelo bom humor dos mercados americanos na sexta-feira, após os fortes dados dos empregos fortalecerem o dólar, enquanto os números da inflação chinesa para junho ficaram em linha com as expectativas do mercado.
O Nikkei do Japão avançou 0,76%, ligeiramente acima do limite psicologicamente importante dos 20.000 pontos, à medida que o dólar empurrou o iene acima de ¥ 114 durante o pregão asiático, alcançando níveis não vistos em dois meses, ajudando principalmente os exportadores japoneses, após fechar em uma baixa de três semanas na sexta-feira. As encomendas de máquinas em maio do Japão caíram 3,6%, ante previsão de 1,7%.
O S&P/ASX 200 fechou 0,37% maior, em 5.724,4 pontos, liderado por avanços nos subíndices financeiros, enquanto tecnologia da informação avançou com a forte recuperação do Nasdaq. Houve compras nos quatro grandes bancos, seguindo os rumos de seus pares dos EUA. O Commonwealth Bank fechou 0,8% maior, enquanto Westpac aumentou 0,8%. ANZ subiu 0,4% e o National Australia Bank avançou 0,7%. As ações do South32 caíram 3,2% depois que a mineradora disse que a mina de carvão de Appin na NSW permanecerá fechada por um período "prolongado" devido revisão de segurança. Entre outras mineradoras australianas, BHP Billiton caiu 0,6%, Fortescue recuou 2% e Rio Tinto (LON:RIO) perdeu 0,3%.
Os mercados na China maior fecharam misturados após os dados da inflação de junho da China ficarem dentro das expectativas. O índice de preços ao consumidor da China (CPI) subiu 1,5% em relação ao ano anterior e o índice de preços no produtor (IPP) cresceu 5,5%, ambos em linha com as previsões de pesquisas. Segundo analistas, o crescimento será moderado no segundo semestre, mas melhor do que o primeiro semestre, pois o PPI é um fator importante que impulsiona a recuperação da China neste momento e que provavelmente diminuirá no segundo semestre. A desalavancagem no setor financeiro também deverá ter um impacto negativo na atividade financeira e em última análise, afetar a economia chinesa. O Índice Hang Seng subiu 0,63%, mas os mercados no continente negociaram em baixa. O Shanghai Composite deslizou 0,19% e o Shenzhen Composite recuou 0,66%.
Enquanto o índice Kospi da Coreia do Sul subiu 0,09% e terminou em 2.382,1 pontos, enquanto os mercados na Tailândia ficaram fechados por conta de um feriado público.
Os preços do petróleo recuperaram parte das perdas durante o pregão asiático, depois de uma queda de 3% na sessão anterior, mas os mercados continuam sob pressão após aumento da atividade de perfuração nos EUA. Analistas disseram que os preços mais altos refletiram oportunidade de compras após a queda abrupta da sexta-feira, mas acrescentou que as condições gerais do mercado continuam fracas. Os preços do Brent estão 17% abaixo da abertura de 2017, apesar do acordo da OPEP de reduzir a produção a partir de janeiro. A ANZ disse que o mercado "continua a concentrar-se na crescente atividade de perfuração e maior produção americana. As empresas de energia americanas adicionaram sete plataformas de perfuração de petróleo na semana passada, marcando a 24ª semana de aumentos nos últimos 25 e elevando a contagem total para 763, a maior desde abril de 2015, anunciou na sexta-feira a empresa de serviços de energia Baker Hughes. A produção de petróleo dos EUA aumentou mais de 10% desde meados de 2016 para 9,34 milhões de barris por dia (bpd), enquanto os fornecimentos da OPEP também se mantêm altos, apesar da promessa do grupo de cortar a produção entre janeiro deste ano a março de 2018.
EUROPA: Os mercados na Europa avançam nesta segunda-feira de manhã, ampliando os ganhos vistos na Ásia e EUA na sexta feira. O pan-europeu Stoxx 600 segue firme em território positivo, com bancos e "stocks" de tecnologia estavam entre os melhores desempenhos nos negócios iniciais. O pan-índice caiu 0,1% na sexta-feira, reduzindo a alta da semana passada para 0,2%.
O setor de petróleo e gás também segue em alta, antes de uma grande conferência de petróleo em Istambul. No início da segunda-feira, o presidente-executivo da Saudi Aramco disse que está "cada vez mais preocupado" com a situação do petróleo no longo prazo e anunciou planos para investir mais de US $ 300 bilhões na próxima década para reforçar a "posição no petróleo".
Destaque par a alta de 3% da Air France-KLM depois de registrar fortes reservas no segundo trimestre, uma indicação do mercado nas férias francesas, após retração provocada por preocupações de segurança no ano passado. A Alfa Laval da Suécia sobe na mesma toada depois de receber uma atualização de rating pelo Bank of America Merrill Lynch. Enquanto isso, a Lufthansa recua depois que a UBS cortou sua classificação de "comprar" para "neutro".
O DAX 30 da Alemanha opera em alta, com o índice a caminho para o maior avanço em uma semana depois que a alemã Destatis disse que as exportações do pais subiram 14,1% em maio em comparação com o ano anterior em termos não ajustados, com forte demanda para fora da União Europeia. Segundo analistas, a forte demanda doméstica já existe há muito tempo, mas os motores de crescimento, produção industrial e exportações também começaram a ganhar impulso. A produtora de produtos químicos e farmacêuticos Bayer sobe 0,57%, o laboratório Merck (NYSE:MRK) avança 1,14% e a fabricante de automóveis BMW adiciona 0,50%.
No Reino Unido, o FTSE 100 opera em alta, mas as perdas para o setor de mineração limitam o avanço do benchmark de Londres. Ações do setor financeiro, petróleo e gás e saúde lideram as altas. O índice subiu 0,2% na sexta-feira e fechou a semana passada com ganhos de 0,5%, a maior alta semanal desde o final de maio.
As mineradoras recuam após seus pares australianos recuarem devido fraqueza do petróleo, outro "selloff" do ouro e outros metais básicos, mesmo após dados sólidos de inflação da China. Anglo American (LON:AAL) cai 1,1%, Antofagasta (LON:ANTO) recua 0,6%, BHP Billiton cai 0,7% e Rio Tinto perde 1,2%. A produtora de cobre Fresnillo (LON:FRES) cai 1,13%, enquanto a produtora de ouro, Randgold Resources (LON:RRS) cai 0,29%.
O primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, visitará a primeira-ministra britânica, Theresa May.
Também na agenda, o secretário de Estado Rex Tillerson estará em Istambul para se encontrar com o governo turco e discutir questões bilaterais e regionais antes da grande conferência de petróleo. Isso ocorre após a cidade ver uma grande manifestação anti governo no domingo.
Os ministros de Finanças da zona do euro se reunirão em Bruxelas para uma reunião do Eurogrupo, enquanto
Os líderes mundiais se encontraram durante o fim de semana em Hamburgo para a 12ª conferência anual do G-20, durante as quais foram discutidas questões globais como comércio, mudança climática e defesa. Durante as negociações, o presidente Donald Trump se encontrou com o presidente russo Vladimir Putin pela primeira vez e discutiu a formação de "uma unidade de segurança cibernética impenetrável". Relatórios surgiram mais tarde, sugerindo que o filho de Trump teria se encontrado com um advogado do Kremlin para discutir informações que prejudicaram Hillary Clinton durante as eleições presidenciais de 2016.
Enquanto isso, a candidatura eleitoral da chanceler alemã Angela Merkel sofreu pressão depois que protestos ocorreram numa cidade portuária alemã, ferindo mais de 200 policiais. A chanceler espera concorrer pelo seu quarto mandato nas eleições gerais de setembro.
EUA: Os futuros de ações dos EUA apontam para um pequeno aumento na abertura desta segunda-feira, após os principais benchmarks registrarem um modesto avanço na semana passada. Os três indicadores mantiveram 8% ou mais de rentabilidade até agora neste ano, mas seguem negociando abaixo de seus picos recordes de junho. Os investidores seguem atentos ao comportamento dos preços do petróleo e se o setor de tecnologia pode continuar o rali de sexta-feira.
Os principais eventos desta semana incluirão a presença da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, perante o Congresso na quarta-feira e quinta-feira, bem como o início da temporada de balanços, com relatórios dos grandes bancos sendo divulgados na sexta-feira.
AGENDA DO INVESTIDOR EUA:
11h00 - Labor Market Conditions Index (compilação de vários dados de trabalho em uma única leitura, a fim de dar uma melhor visão do mercado);
16h00 - Consumer Credit (mede o total de crédito ao consumidor);
ÍNDICES FUTUROS - 7h30:
Dow: +0,05%
SP500: +0,17%
NASDAQ: +0,39%
OBSERVAÇÃO:
Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados.