CENÁRIO MACROECONÔMICO
Passada uma semana de agenda limitada, com foco nas inflações brasileiras, esta semana se reverte tanto a indicadores econômicos relevantes na agenda brasileira, quanto internacional.
Em destaque, os indicadores fiscais, onde a perspectiva se renova de déficits tanto primário, quanto nominal e de elevação da relação dívida/PIB. Em vista a sazonalidades, os superávits anteriores passavam a impressão de um contexto fiscal mais benigno.
Todavia, mesmo com a redução dos gastos do governo, a perspectiva de déficits contínuos não se alterou e a meta, ao menos, tende a ser cumprida neste ano.
Outro fator importante são os dados do setor externo, onde apesar da perspectiva de um superávit de conta corrente, a crise política já tende a demonstrar seus efeitos na queda relativamente abrupta nos investimentos externos diretos (IED).
Por fim, a semana se completa com o PIB americano e os temores renovados por parte do Federal Reserve de um cenário econômico com crescimento moderado e inflação em baixa. Um problema que gostaríamos de ter.
CENÁRIO POLÍTICO
O teste político mais importante da semana será a votação da reforma trabalhista na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do senado, na quarta-feira, onde o governo deve tentar reverter o fiasco da derrota no CAS e avançar com as votações.
A questão política chegou a tal ponto do atual presidente alçar umas das piores reprovações no Datafolha em 28 anos e conseguir o feito de melhorar a aprovação do PT.
Por isso, além de traçar sua estratégia de defesa contra Janot, Temer precisa de toda maneira tentar entregar algo em termos econômicos.
Com isso, aliados já pedem uma versão ainda mais branda da reforma da previdência, para que a mesma passe em ambas as casas.
O problema é que isso pode frustrar as demandas da equipe econômica e uma reforma “para inglês ver” pode não surtir os efeitos necessários para os avanços no ciclo de cortes de juros.
Por mais uma vez, o Brasil sendo o Brasil.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva, apesar do socorro italiano a dois bancos. Os futuros em NY seguem a mesma linha, de olho na alta do petróleo em todas as praças, o que também influenciou o fechamento na Ásia.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas desde a abertura, enquanto os Treasuries operam com alta no rendimento em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, somente o minério de ferro e o cobre sobem, com o ouro em queda devido à força global do dólar.
Após a queda abrupta do dia 20, o petróleo mantém a recuperação e opera em alta em NY e Londres, apesar da alta significativa dos estoques físicos globais.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,3427 / 0,02 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / -0,143%
Dólar / Yen : ¥ 111,63 / 0,315%
Libra / Dólar : US$ 1,27 / 0,142%
Dólar Fut. (1 m) : 3344,67 / 0,23 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 9,00 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,00 % aa (0,22%)
DI - Janeiro 21: 10,21 % aa (0,29%)
DI - Janeiro 25: 10,90 % aa (0,18%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,30% / 61.087 pontos
Dow Jones: -0,01% / 21.395 pontos
Nasdaq: 0,46% / 6.265 pontos
Nikkei: 0,10% / 20.153 pontos
Hang Seng: 0,79% / 25.872 pontos
ASX 200: 0,08% / 5.720 pontos
ABERTURA
DAX: 0,809% / 12836,43 pontos
CAC 40: 1,050% / 5321,41 pontos
FTSE: 0,695% / 7475,75 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 61922,00 pontos
S&P Fut.: 0,218% / 2440,20 pontos
Nasdaq Fut.: 0,310% / 5830,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,10% / 79,70 ptos
Petróleo WTI: 0,30% / $43,14
Petróleo Brent:0,18% / $45,62
Ouro: -1,10% / $1.242,92
Minério de Ferro: 0,13% / $54,73
Soja: -0,34% / $17,34
Milho: 0,21% / $359,50
Café: 1,38% / $121,60
Açúcar: -0,77% / $12,89