Os indicadores do setor externo se unem à inflação em queda para dar suporte ao que seria o contexto ideal para o corte contínuo de juros no Brasil.
Pelo terceiro mês consecutivo e com o melhor resultado para o mês de maio em 23 anos, o superávit de US$ 2,88 bi releva um problema a menos para a economia brasileira, em vista ao atual panorama recessivo.
Nem mesmo a elevação do custo de energia elétrica em São Paulo e um crescimento em junho dos custos de construção por conta dos custos de mão de obra serão suficientes para reverter a tendência de preços no curto prazo, principalmente pela contribuição ainda negativa em alimentos no atacado.
CENÁRIO POLÍTICO
Temer ontem foi novamente incisivo no “fico”, o segundo em pouco mais de um mês e prolonga por tempo indeterminado o imbróglio político em que o Brasil se insere.
Obviamente, o oportunismo da oposição tem seu efeito mais forte, com os esforços para avançar as matérias no congresso em partes travadas pelos esforços de membros da própria base aliada.
Além disso, ao atacar nominalmente Janot, Temer adiciona ainda mais combustível à politização do judiciário, considerada perigosa por alguns juristas, indicando que a procuradoria possa já estar passando do ponto de suas atribuições.
Por fim, o cenário continua de indefinição, principalmente com a votação hoje na CCJ da reforma trabalhista, abertamente confrontada por Renan Calheiros, tentando cacifar algum bônus político entre os eleitores de seu estado.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa, com o petróleo retornando ao terreno negativo e por conta de ações de empresas de tecnologia. Os futuros em NY seguem a mesma linha, de olho em indicadores de atividade econômica e mercado externo.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas desde a abertura, enquanto os Treasuries operam com alta no rendimento em todos os vencimentos observados pela quarta sessão seguida.
Entre as commodities metálicas, a alta é generalizada, principalmente do ouro, com o atraso nas votações da reforma dos planos de saúde nos EUA.
O petróleo reverte o ritmo de recuperação e opera em queda em NY e Londres, ainda na perspectiva de alta significativa dos estoques físicos globais.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,314 / 0,52 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / 0,159%
Dólar / Yen : ¥ 112,17 / -0,160%
Libra / Dólar : US$ 1,28 / 0,062%
Dólar Fut. (1 m) : 3329,34 / 0,74 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 8,99 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 8,99 % aa (0,33%)
DI - Janeiro 21: 10,25 % aa (0,69%)
DI - Janeiro 25: 10,99 % aa (1,20%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,82% / 61.675 pontos
Dow Jones: -0,46% / 21.311 pontos
Nasdaq: -1,61% / 6.147 pontos
Nikkei: -0,47% / 20.130 pontos
Hang Seng: -0,61% / 25.684 pontos
ASX 200: 0,73% / 5.756 pontos
ABERTURA
DAX: -0,508% / 12606,63 pontos
CAC 40: -0,279% / 5243,89 pontos
FTSE: 0,026% / 7436,31 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 62387,00 pontos
S&P Fut.: 0,066% / 2422,20 pontos
Nasdaq Fut.: -0,352% / 5656,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,13% / 80,54 ptos
Petróleo WTI: -0,43% / $44,05
Petróleo Brent:-0,26% / $46,53
Ouro: 0,51% / $1.253,54
Minério de Ferro: 0,90% / $55,75
Soja: 0,23% / $17,43
Milho: 0,14% / $360,00
Café: 0,57% / $123,45
Açúcar: 0,32% / $12,72