O contexto econômico desafiador para o próximo governo não se resume aos já conhecidos problemas brasileiros, mas em um conjunto de eventos internacionais que se avolumam desde o fim do segundo trimestre deste ano.
A convergência das taxas de juros futuros americanos à faixa dos 3% aa e a alta global do dólar, completando hoje 10 semanas começam a desenhar o fim do ciclo de alta de juros americanos, porém não no curto prazo.
Ainda que muitos paradigmas econômicos sejam desafiados atualmente, em especial a baixa inflação americana, com crescimento econômico forte, espera-se ainda um flight to quality aos EUA com a elevação contínua de juros por praticamente um ano seguido e tal efeito de busca pela qualidade tem se mostrado mais efetivo após o mês de maio deste ano, com a forte dissolução de posições globais em países emergentes, dentre os quais, somente o Brasil apresentou recuperação, devido ao efeito eleitoral.
Na temporada de balanços, temos a divulgação no exterior de Booz Allen Hamilton, Brookfield e Knoll, praticamente encerrando nos EUA. No Brasil, Klabin (SA:KLBN11), Itaú Unibanco (SA:ITUB4) e Multiplan (SA:MULT3).
No contexto macroeconômico, as atenções se voltam na semana ao mercado de trabalho nos EUA e no Brasil, os dados fiscais do setor público hoje e IGP-M, balança comercial, prod. Industrial e desemprego durante a semana, no seu auge com a reunião do COPOM, agora sob a égide de um novo governo.
CENÁRIO POLÍTICO
Venceu e convenceu. O PSL e Bolsonaro se unem a um efeito global de “surpresas” e mudanças, com uma onda conservadora que atinge diversos países no mundo há alguns anos.
Une-se ao Brexit, Trump, prefeitura de São Paulo, diversos países na Europa, todos em comum buscando uma alternativa às crises econômicas e muitas vezes, às agendas dos grupos e partidos à esquerda do espectro político.
Mesmo com a maior bancada e já em franca oposição, o PT sai enfraquecido e com capacidade limita de aglutinar o que sobrou à esquerda.
À direita, sobra a atenção aos planos econômicos e formação de governo, pois das urnas, a chancela foi grande.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY operam em alta, com resultados corporativos e questões geopolíticas.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, por indicadores chineses mais fracos.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, queda, com exceção ao minério de ferro.
O petróleo abre em queda em NY e em Londres, mesmo com a perspectiva de aumento do estoque e redução de demanda.
O índice VIX de volatilidade abre em queda de 5%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,6421 / -1,73 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / 0,158%
Dólar / Yen : ¥ 112,23 / 0,286%
Libra / Dólar : US$ 1,28 / 0,179%
Dólar Fut. (1 m) : 3652,22 / -1,31 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 6,81 % aa (-0,66%)
DI - Janeiro 20: 7,37 % aa (-1,34%)
DI - Janeiro 21: 8,25 % aa (-1,79%)
DI - Janeiro 25: 9,91 % aa (-2,75%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,95% / 85.720 pontos
Dow Jones: -1,19% / 24.688 pontos
Nasdaq: -2,07% / 7.167 pontos
Nikkei: -0,16% / 21.150 pontos
Hang Seng: 0,38% / 24.812 pontos
ASX 200: 1,11% / 5.728 pontos
ABERTURA
DAX: 1,930% / 11416,81 pontos
CAC 40: 0,263% / 4980,45 pontos
FTSE: 1,597% / 7050,37 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 86331,00 pontos
S&P Fut.: 0,742% / 2689,40 pontos
Nasdaq Fut.: 1,164% / 6973,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,02% / 84,91 ptos
Petróleo WTI: -0,41% / $67,31
Petróleo Brent:-0,44% / $77,28
Ouro: -0,27% / $1.230,23
Minério de Ferro: 0,26% / $72,41
Soja: 0,19% / $15,78
Milho: 0,61% / $369,50
Café: 1,00% / $121,35
Açúcar: 0,51% / $13,95