Resultados conflitantes, que geram preocupações aos investidores. A China apontou uma queda em dólares de 4,4% nas exportações e de 7,6% nas importações, ainda que permeadas por um Investimento Externo Direto (IED) com alta de 24,9% no ano.
Por outro lado, a China registrou o maior superávit contra os EUA aos US$ 328 bi em 2018, indicando que tanto a maior economia do mundo é um parceiro totalmente imprescindível, como as reclamações de que tal relação está em desequilíbrio fazem sentido.
Esta é uma importante munição de Trump para avançar nos acordos da guerra comercial, numa fase em que o vice premiê chinês, Liu He, está prestes a se dirigir a Washington para avanços nas tratativas iniciadas semana passada.
Caso os sinais de manutenção dos juros por parte do Fed se repitam e ocorra uma conclusão positiva da guerra comercial, o cenário de melhor dos casos preconizado pela última ata do FOMC estaria se desenhando.
Entretanto, com a contração econômica chinesa elevando a cautela dos investidores, tal conclusão deve ser mais rápida o possível, devendo a China ceder em diversos pontos, de forma a manter a relação positiva com os EUA, dado seu enorme peso na relação comercial.
Na agenda econômica, a atenção se volta à série de indicadores de atividade econômica e inflações, com limitação de diversos indicadores serem divulgados nos EUA devido ao shutdown ainda corrente no governo.
CENÁRIO POLÍTICO
Conforme citamos na semana anterior, Guedes deve mesmo tentar levar ao congresso a versão ‘dura’ da reforma da previdência, de modo que o processo de negociações chegue a um consenso positivo em termos fiscais.
Dadas as declarações de Bolsonaro no SBT, Guedes deverá convence-lo tanto a uma idade mais alta, quanto a uma regra de transição mais rápida, de modo a potencializar os efeitos fiscais das medidas.
Enquanto isso, as disputas de câmara e senado continuam sem um claro favorito.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em queda, com os indicadores do setor externo chinês.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, após o déficit comercial.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a queda é generalizada, com exceção do ouro.
O petróleo abre em queda, com o temor de menor crescimento global.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 9,8%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,714 / 0,07 %
Euro / Dólar : US$ 1,15 / -0,131%
Dólar / Yen : ¥ 108,10 / -0,350%
Libra / Dólar : US$ 1,28 / -0,070%
Dólar Fut. (1 m) : 3714,81 / -0,01 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,63 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 7,44 % aa (-0,27%)
DI - Janeiro 22: 8,07 % aa (-0,25%)
DI - Janeiro 25: 8,95 % aa (0,11%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,16% / 93.658 pontos
Dow Jones: -0,02% / 23.996 pontos
Nasdaq: -0,21% / 6.971 pontos
Nikkei: 0,97% / 20.360 pontos
Hang Seng: -1,38% / 26.298 pontos
ASX 200: -0,02% / 5.773 pontos
ABERTURA
DAX: -0,783% / 10802,23 pontos
CAC 40: -0,889% / 4738,81 pontos
FTSE: -0,743% / 6866,75 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 94145,00 pontos
S&P Fut.: -0,705% / 2576,80 pontos
Nasdaq Fut.: -1,036% / 6544,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,21% / 79,50 ptos
Petróleo WTI: -1,59% / $50,77
Petróleo Brent:-1,36% / $59,66
Ouro: 0,33% / $1.294,50
Minério de Ferro: 0,32% / $74,22
Soja: 0,37% / $16,45
Milho: -0,13% / $377,75
Café: -0,87% / $102,95
Açúcar: -0,31% / $12,73