O IPCA de ontem explicitou uma pressão de preços de alimentos ainda considerável no índice. Apesar de soar ao contrário, este é um fato positivo para os cortes de juros mais pronunciados pelo COPOM.
Isso por que a descompressão vem ocorrendo exatamente intranúcleo, ou seja, além da volatilidade dos índices de preços, portanto de maneira mais consistente. Deste modo, é inclusive importante expurgar os efeitos negativos da inflação quando caem os preços dos alimentos.
Nos EUA, mesmo em meio a um cenário contido de inflação, como se poderá observar no PPI de hoje, a tendência de elevação de juros não se altera, principalmente em meio às tensões políticas renovadas.
CENÁRIO POLÍTICO
A demissão de James Comey, diretor do FBI, que investigava o caso das conexões russas continua a soar muito negativo ao presidente Trump, mesmo entre os republicanos conservadores.
Deste modo, os primeiros sinais mais concretos de um possível impedimento do novo presidente se alastra, principalmente com a falha de seus assessores em explicar a demissão.
Isso continua a influenciar o dólar negativamente no globo, porém beneficia incrivelmente o apetite pelo prêmio de maior risco.
Na verdade, os balanços corporativos têm tido maior reflexo no mercado do que a política. Localmente, a política continua com grande peso, porém o alívio começa a surgir com os sinais de aprovação das reformas de maneira mais pronunciada.
O impacto do depoimento do ex-presidente em juízo ontem tende a ser nulo no mercado, em vista ao depoimento de negativas, como esperado.
CENÁRIO DE MERCADO
O efeito Comey no dólar continua grande, mas tem tido influência positiva em outros ativos, principalmente commodities.
A abertura é em rumo concreto na Europa e nos futuros das bolsas em NY, por conta de balanços corporativos, enquanto o fechamento na Ásia foi positivo como um todo.
O dólar opera em queda desde a abertura contra a maioria das divisas por mais um dia, enquanto o rendimento dos Treasuries registra queda em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, o ouro continua a subir e o minério de ferro ganha força desde a abertura, sendo o cenário de altas generalizadas.
O petróleo opera em alta em todas as praças, na expectativa pela extensão do corte de produção da Arábia Saudita e pelos estoques americanos em queda.
Entre os balanços corporativos, destacam-se no Brasil: EZTEC (SA:EZTC3), Marfrig (SA:MRFG3), BRF (SA:BRFS3), Tecnisa (SA:TCSA3), Iochpe-Maxion (SA:MYPK3), Contax (SA:CTAX3), BB (SA:BBAS3), CPFL (SA:CPFE3), Cyrela (SA:CCPR3), Petrobras (SA:PETR4), Qualicorp (SA:QUAL3), Rodobens (SA:RDNI3), Triunfo, B2W (SA:BTOW3), CCR (SA:CCRO3), MRV (SA:MRVE3), Marisa e Rossi (SA:RSID3).
Nos EUA: Macy’s e Nordstrom.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,1674 / -0,69 %
Euro / Dólar : US$ 1,09 / 0,018%
Dólar / Yen : ¥ 114,02 / -0,228%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / -0,131%
Dólar Fut. (1 m) : 3178,06 / -0,81 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 9,28 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,12 % aa (-0,87%)
DI - Janeiro 21: 9,81 % aa (-0,61%)
DI - Janeiro 25: 10,29 % aa (-0,48%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,62% / 67.350 pontos
Dow Jones: -0,16% / 20.943 pontos
Nasdaq: 0,14% / 6.129 pontos
Nikkei: 0,31% / 19.962 pontos
Hang Seng: 0,44% / 25.126 pontos
ASX 200: 0,05% / 5.878 pontos
ABERTURA
DAX: 0,048% / 12763,57 pontos
CAC 40: 0,036% / 5402,42 pontos
FTSE: 0,012% / 7386,12 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 68030,00 pontos
S&P Fut.: -0,154% / 2391,60 pontos
Nasdaq Fut.: -0,185% / 5665,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,67% / 83,40 ptos
Petróleo WTI: 1,58% / $48,08
Petróleo Brent:1,55% / $51,00
Ouro: 0,31% / $1.222,83
Aço: 2,05% / $62,63
Soja: -0,49% / $18,26
Milho: -0,27% / $364,25
Café: 1,13% / $134,30
Açúcar: -0,69% / $15,75