A decisão do COPOM hoje é provavelmente uma das mais conectadas às comunicações do comitê, principalmente em relação ao avanço das reformas estruturantes, em especial da previdência.
O atual cenário de inflação com repiques pontuais, na sua maior parte causados por eventos climáticos e pelo movimento internacional do petróleo e dólar estariam longe de serem eventos críticos de modo a alterarem as projeções de inflação de encontro à meta.
Por outro lado, a atividade econômica opera aquém dos níveis desejáveis e suscitam a necessidade de estímulos de alguma ordem, porém a ausência de redução do spread bancário e o elevado custo de crédito invalida o corte de juros como forma de gerar tal estímulo.
Eis então que o Banco Central deve fazer o que tem feito desde o ano passado. Nada. O uso dos termos “cautela, serenidade e perseverança” devem permanecer, em meio às incertezas quanto ao rumo das questões políticas em aberto, em especial a reforma da previdência.
No exterior, declarações de fontes ligadas à presidência dos EUA indicam que a razão para o rompante de Trump quanto ao acordo comercial com a China foram as diversas edições ao texto original e retirada de pontos importantes, como a questão do furto de tecnologia.
Caso isto seja verdade, segue a linha do que citamos ontem, os chineses tentando dar “uma rasteira” nos EUA, mas com a típica reação pouco institucional de Trump, afetando fortemente os ativos.
Trump pode até ter razão, mas como Bolsonaro, peca na forma.
Destacam-se hoje os resultados de Gerdau (SA:GGBR4), MRV (SA:MRVE3), TOTVS (SA:TOTS3), Kepler (SA:KEPL3) Weber, Iochpe-Maxion (SA:MYPK3), Fras-Le (SA:FRAS3), Wiz (SA:WIZS3), Sul América (SA:SULA11), SLC, Eneva (SA:ENEV3), Arezzo (SA:ARZZ3), Inter, Braskem (SA:BRKM5), GPA (SA:PCAR4), Energias BR, Walt Disney, Toyota, Twenty-First Century Fox, SIemens, Enel (MI:ENEI), SoftBank e Honda.
CENÁRIO POLÍTICO
O cenário agora é do retorno de dois ministérios e de se ceder algumas demandas de parlamentares em troca de apoio às reformas, em especial a reforma da previdência.
Conhecido como Centrão, o bloco representa a elite do atraso brasileiro em termos políticos, tentando preservar os últimos quinhões do passado, depois de tomarem uma surra política nas urnas.
Ainda assim, conseguem angariar poder e se unir de maneira fisiologista.
Para o governo, apelar para tal pragmatismo tende a ser a solução de curto prazo, infelizmente, pois o custo do atraso das reformas pode ser muito maior.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em queda, ainda pelos desenvolvimentos da questão sino-americana.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, também pela queda das exportações chinesas.
O dólar opera em estável contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, com exceção ao ouro e prata.
O petróleo abre em queda, com a perspectiva de atividade contraída.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 8%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,9702 / 0,07 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / 0,036%
Dólar / Yen : ¥ 110,03 / -0,209%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / -0,520%
Dólar Fut. (1 m) : 3987,19 / 0,62 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,45 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 7,04 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 23: 8,18 % aa (0,37%)
DI - Janeiro 25: 8,70 % aa (0,35%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,65% / 94.389 pontos
Dow Jones: -1,79% / 25.965 pontos
Nasdaq: -1,96% / 7.964 pontos
Nikkei: -1,46% / 21.603 pontos
Hang Seng: -1,23% / 29.003 pontos
ASX 200: -0,42% / 6.269 pontos
ABERTURA
DAX: -0,150% / 12074,63 pontos
CAC 40: -0,192% / 5385,40 pontos
FTSE: -0,473% / 7226,12 pontos
Ibov. Fut.: -0,66% / 94921,00 pontos
S&P Fut.: -0,432% / 2878,30 pontos
Nasdaq Fut.: -0,508% / 7635,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,18% / 78,83 ptos
Petróleo WTI: -0,49% / $61,10
Petróleo Brent:-0,50% / $69,53
Ouro: 0,28% / $1.288,06
Minério de Ferro: 1,33% / $94,75
Soja: 0,00% / $14,76
Milho: 0,63% / $358,00
Café: -2,42% / $86,65
Açúcar: -0,33% / $11,91