Hoje deverá ser um dia interessante para o mercado de juros futuros. Como citamos no relatório anterior, o COPOM contava com duas opções: manter o princípio da comunicação até agora efetivada ou ceder às pressões, principalmente mercadológicas para a retomada do afrouxamento.
Conforme defendemos aqui por diversas ocasiões, o COPOM manteve intacta a sua linha de comunicação e confirmou a perspectiva, ainda que não majoritária entre os investidores e analistas, de não sinalizar o corte de juros, enquanto não ocorrer uma ratificação mais rígida de avanços da proposta de reforma da previdência.
Outro problema também é uma possível obstrução do canal de transmissão da política monetária à economia real, tornando cortes de menos de 100 bp basicamente alegóricos para o custo de crédito na ponta do consumidor e do empresariado.
Aos legisladores de política monetária, resta o ingrato trabalho de manter as conquistas de um ciclo muito bem desenhado de afrouxamento, que trouxe as taxas de 14,25% aos recordes 6,5%, ajudando na saída da pior recessão da história e ancorando as expectativas de inflação, em meio a um cenário de desalento econômico.
Ao focar nos possíveis choques de juros de uma possível reprovação da reforma da previdência, ou mesmo uma aprovação minguada e sem o impacto fiscal necessário, o BC joga o ônus deste choque a quem pertence, à classe política e à ela cabe a decisão de quando seria o momento ideal para um novo corte de juros.
Hoje o cenário ainda conta com um contexto ainda comemorativo da sinalização de corte de juros por parte do Fed, ainda que para 2020 e na ponta contrária, com o ataque a um drone americano por parte do Irã.
A primeira reação de Trump, obviamente, foi intempestiva e belicosa.
Todavia, o presidente americano já voltou atrás na retórica de possíveis ataques militares, dizendo que pode se tratar de um engano dos iranianos e que isso será investigado.
Ainda assim, o petróleo já reage fortemente à tensão geopolítica criada pelo evento.
CENÁRIO POLÍTICO
Horas de inquisição de Moro, com pouco resultado concreto, além de demonstrações exageradas de apoio ao ministro e uma série de ataques totalmente descabidos, principalmente de investigados da Lava Jato.
Os ‘vazamentos’ da IntercePT já não tem o mesmo impacto e o ministro já não reconhece uma série de diálogos, com a questão ainda em investigação do hacker se passar por Moro em algumas ocasiões.
Que retorne o foco às comissões da reforma da previdência e os possíveis avanços e retrocessos nos textos.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em leve queda, com a escalada de tensões com o Irã.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, com a divulgação dos ataques ao drone americano.
O dólar opera em leve alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceto pelo minério de ferro.
O petróleo abre em alta, por conta da derrubada do drone americano pelo exército iraniano.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 3%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,8398 / -0,54 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / 0,062%
Dólar / Yen : ¥ 107,54 / 0,224%
Libra / Dólar : US$ 1,27 / -0,362%
Dólar Fut. (1 m) : 3846,53 / -0,40 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 5,92 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 6,03 % aa (0,17%)
DI - Janeiro 23: 6,91 % aa (-0,72%)
DI - Janeiro 25: 7,42 % aa (-1,07%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,90% / 100.303 pontos
Dow Jones: 0,94% / 26.753 pontos
Nasdaq: 0,80% / 8.051 pontos
Nikkei: -0,95% / 21.259 pontos
Hang Seng: -0,27% / 28.474 pontos
ASX 200: -0,55% / 6.651 pontos
ABERTURA
DAX: -0,069% / 12346,91 pontos
CAC 40: 0,103% / 5541,26 pontos
FTSE: 0,065% / 7429,23 pontos
Ibov. Fut.: 0,90% / 101174,00 pontos
S&P Fut.: -0,179% / 2954,70 pontos
Nasdaq Fut.: -0,307% / 7721,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,04% / 79,19 ptos
Petróleo WTI: 0,60% / $57,41
Petróleo Brent:0,67% / $64,88
Ouro: -0,02% / $1.388,11
Minério de Ferro: 0,95% / $107,21
Soja: 1,40% / $15,96
Milho: 0,50% / $452,00
Café: -0,25% / $100,80
Açúcar: -0,24% / $12,40
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