Mercados Globais
O índice Nikkei da bolsa de Tóquio atingiu seu mais alto nível ontem, depois que a vitória eleitoral de Shinzo Abe confirmou a manutenção de políticas monetária e fiscal de estímulo. Esse clima de otimismo está impulsionando os mercados globais, baseado na confirmação de o crescimento global estar em ritmo satisfatório, turbinando emprego, vendas e lucros corporativos. Veja o gráfico do índice Nikkei:
Hoje serão divulgados dados dos estoques de petróleo e balanços de empresas do Dow Jones, como a Visa, Coca-Cola, Boeing e Dow Chemical. O dólar mantém a tendência de valorização em relação às principais moedas, com a política monetária dominando esse pequeno ciclo, até que o presidente Donald Trump anuncie quem será o presidente do banco central no próximo mandato. As apostas estão em Jeremy Powell, que já é diretor e tem uma postura baixista em relação aos juros, na recondução de Janet Yellen e, em sentido totalmente oposto, em John Taylor, professor de Stanford, que tem sinalizado com simpatia por uma política de juros mais altista.
Brasil
No Brasil, os destaques ficam, é claro, por conta dos resultados corporativos, que vão confirmando a intuição: a modesta recuperação da atividade no terceiro trimestre, foi suficiente para permitir uma melhora substancial nos balanços. Ontem a Fibria (SA:FIBR3) e Lojas Renner (SA:LREN3) divulgaram seus números do terceiro trimestre e eles mostraram crescimento das vendas, redução do endividamento e crescimento das margens do EBITDA. Hoje a Telefônica (SA:VIVT4) e a WEG (SA:WEGE3) mostram números fortes de crescimento, com os lucros superando todas as estimativas.
A FGV divulgou a pesquisa de Confiança dos Consumidores, com nova alta do indicador, que recuperou o patamar que estava antes da denúncia de Joesley Batista. Veja o gráfico do indicador:
O índice atingiu 83,7, o maior desde março desse ano, que estava em 85,3. Eis o diagnóstico de Viviane Bittencourt, Coordenadora da Pesquisa:
“A recuperação mais consistente da economia fez com que a confiança do consumidor retornasse ao nível anterior à crise política. Na comparação com indicadores empresariais, no entanto, a confiança do consumidor ainda é baixa, sinalizando cautela diante dos níveis elevados de incerteza. Os resultados sugerem que a melhora do consumo nos últimos meses tem sido sustentada mais pela liberação de recursos do FGTS, queda dos juros e depreciação de bens duráveis que pelo otimismo do consumidor “.
Agora de manhã será votada a denúncia do presidente Michel Temer e a expectativa é que ela seja enterrada com mais de 270 votos. Se confirmado esse placar, a reação do mercado será de otimismo, pois será possível projetar uma vitória folgada na reforma previdenciária.
