A incerteza é sobre a nova variante do coronavírus e se ela veio para ficar será o foco pelas próximas semanas e isso é negativo para o desempenho de moedas de países emergentes. A identificação de uma nova variante da Covid-19, denominada de ômicron, despertou temores do impacto econômico advindo de um recrudescimento da pandemia. O Brasil é um dos países com melhor taxa de vacinação do mundo e, por isso, pode ser que estejamos mais bem posicionados do que o resto do mundo com relação a essa nova mutação do vírus.
Apesar da alta no dólar nos últimos dias, no acumulado da semana, o dólar caiu 0,25% contra o real, após fechar a última sexta-feira em 5,6104 reais na venda.
O tema fiscal segue no radar dos investidores, especialmente esta semana, quando a PEC dos Precatórios deve ser votada em Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no Senado.
Por que o real não despencou tanto na sexta-feira passada? Os patamares mais elevados do juros no Brasil, e o novo aumento da Selic, que está por vir na próxima reunião de política monetária, além de atrair dinheiro estrangeiro para a renda fixa local, mostram que os juros altos desestimulam a montagem de posições grandes que apostam na alta da taxa de câmbio. Já foi feito um realinhamento do dólar ao ambiente fiscal desenhado pela PEC dos Precatórios, embora o texto ainda possa ser alvo de alterações e se mantenha a indefinição sobre o Orçamento de 2022.
Na minha opinião, o dólar segue sua tendência de alta, depois de passar por correção.
Na agenda de hoje, no Brasil, além do tradicional boletim Focus que sai todas as segundas feiras, IGP-M novembro. Nos EUA, discurso da secretaria do Tesouro, Janet Yellen e também de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve.