Mais uma ‘surpresa’ positiva nos EUA com o crescimento dos gastos dos consumidores, combinado com uma inflação baixa do PCE e núcleo estável, reforçando a vitória do Fed no cumprimento do duplo mandato, ainda que haja pouca compreensão dos motivos que levam a tal fenômeno.
Com o resultado do PIB americano na sexta-feira aos 3,2% (proj.: 2,2%) o que causa maior estranhamento são as curvas de juros nos EUA apontando para um possível corte na taxa em outubro deste ano, contrariando ainda mais os preceitos macroeconômicos.
O atual aquecimento econômico combinado com inflação baixa significa que no mínimo a taxa atual estaria operando dentro do seu ‘ótimo’ e a necessidade de estímulos adicionais foge do racional.
Os temores neste momento é que tanto a autoridade monetária quanto os investidores estejam se inserindo numa perigosa armadilha de liquidez, montada durante os Quantitative Easing (QE) durante a crise das hipotecas, onde a dificuldade em se sair possa deflagrar outra crise, que não conta com parâmetro conhecidos.
No Brasil, o déficit do setor público consolidado hoje deve seguir a mesma linha do governo central ontem, operando dentro de parâmetros de normalidade sazonal e mantendo a perspectiva das metas de déficit para o ano inalteradas, ou seja, nada mudou com a ausência de reformas estruturantes.
Destacam-se hoje os resultados de Apple (NASDAQ:AAPL), Samsung, Mastercard, Pfizer, Merck, McDonald's, BP, IBM (NYSE:IBM), Eli Lilly, Sanofi (PA:SASY), Airbus, GE, ConocoPhilips, Chubb, GM, Seagate, LG, Mapfre, Santander (SA:SANB11), Gol (SA:GOLL4) e CCP.
CENÁRIO POLÍTICO
As declarações do presidente Bolsonaro ontem, ainda que em tom de brincadeira demonstra quem a ausência da liturgia do cargo é um fator preponderante ao atual ocupante.
Comunicações sobre empresas listadas no mercado, sobre indicadores econômicos que ainda não foram divulgados ou de questões de grande sensibilidade demandam uma comunicação cuidadosa, coisa que não tem ocorrido atualmente.
O filho do presidente toma para si este papel algumas vezes, o que só piora o cenário cada vez em que se pronuncia, por um conhecimento ainda menor das nuances de um cargo executivo desta natureza.
Em resumo, o presidente poderia evitar ‘brincadeiras’ que o deixem parecido com sua antecessora, pois não é uma boa referência.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem mistos, com expectativa por balanços e o primeiro dia do FOMC.
Na Ásia, o fechamento foi misto, com reação aos PMI chineses abaixo das expectativas.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao paládio.
O petróleo abre em alta, com a OPEP reforçando os cortes.
O índice VIX de volatilidade abre em queda de 0,76%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,9428 / 0,27 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / 0,223%
Dólar / Yen : ¥ 111,32 / -0,296%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / 0,549%
Dólar Fut. (1 m) : 3938,20 / 0,13 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,51 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 7,14 % aa (0,42%)
DI - Janeiro 23: 8,26 % aa (0,24%)
DI - Janeiro 25: 8,78 % aa (0,11%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,05% / 96.188 pontos
Dow Jones: 0,04% / 26.554 pontos
Nasdaq: 0,19% / 8.162 pontos
Nikkei: -0,22% / 22.259 pontos
Hang Seng: -0,65% / 29.699 pontos
ASX 200: -0,54% / 6.325 pontos
ABERTURA
DAX: 0,017% / 12330,06 pontos
CAC 40: -0,212% / 5569,13 pontos
FTSE: -0,111% / 7432,43 pontos
Ibov. Fut.: 0,04% / 96932,00 pontos
S&P Fut.: -0,092% / 2940,20 pontos
Nasdaq Fut.: -0,074% / 7808,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,53% / 80,95 ptos
Petróleo WTI: 1,37% / $64,37
Petróleo Brent:1,32% / $72,99
Ouro: 0,41% / $1.285,10
Minério de Ferro: 0,01% / $93,17
Soja: -0,65% / $15,22
Milho: -0,14% / $351,75
Café: 0,00% / $91,35
Açúcar: 0,60% / $11,70