Assim como indicado nas vendas ao varejo, nas quais os resultados superaram o piso das projeções do mercado financeiro e mais uma série recente de dados na mesma linha, o volume do setor de serviços deve fechar 2018 em compressão.
São estes fatores que colocam em xeque a atual pausa nos cortes de juros promovidos pelo Banco Central e a eficácia do instrumento de política monetária solitário na busca pelo estímulo da economia.
Esta discussão ultrapassa nossas fronteiras e conforme citamos ontem, os EUA têm o problema inverso, tendo na inflação o maior questionamento quanto aos modelos macroeconômicos tradicionais.
Ainda assim, a dificuldade em reativar a atividade econômica no Brasil não reside somente em questões como elevado spread bancário, falta de concorrência do setor, desemprego em alta e a abertura do hiato.
Além do elevado custo de vida no Brasil, a política tem um peso considerável nas decisões de investimento e consumo, principalmente às vésperas de alterações de suma importância para o futuro da economia, com mudanças importantes de paradigmas.
Neste ponto, o desafio das equipes econômicas é equilibrar estímulos além do afrouxamento monetário, dentro das restrições orçamentárias de um governo com grave problema fiscal e tendo nas reformas uma possível fonte de ânimo dos investidores.
Fácil seria cortar juros, mas nem tanto.
Atenção hoje aos resultados de Banco do Brasil (SA:BBAS3), Grendene (SA:GRND3), Cyrela (SA:CYRE3), Smiles (SA:SMLS3) e Cosan (SA:CSAN3).
No exterior, Nestlé, Coca-Cola, NVidia, AstraZeneca, Airbus, CME, Duke, Kraft, Crédit Agricole, Credit Suisse, CBS, Renault, Kirin e Pirelli.
CENÁRIO POLÍTICO
A legenda de aluguel do presidente já causa as polêmicas que se esperava de um partido antes tipicamente nanico no Brasil, que vão desde o desvio de verbas de campanha, até candidatos laranja para incrementar a campanha de outro.
É realmente difícil imaginar a anuência e participação do grupo do presidente, principalmente pela campanha estoica e totalmente fora dos padrões históricos brasileiros, mais próxima das campanhas do falecido deputado Enéas Carneiro.
Ainda assim, a cizânia dentro do próprio partido do governo, ainda que natural, é um fato disruptivo, com a base formada por uma série de políticos inexperientes, muitos puxados mais pelo ânimo com a eleição de Bolsonaro do que com seus próprios nomes.
As reformas é o que realmente importa e o partido do governo fragmentado pouco ajuda. Um partido partido.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com avanços na conversação entre China e EUA e balanços corporativos.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, na expectativa por algo mais concreto.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, queda generalizada, com exceção ao cobre.
O petróleo abre em alta, com o aumento do corte da OPEP e sanção à Venezuela
O índice VIX de volatilidade abre em queda de 0,2%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,7591 / 1,22 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / 0,018%
Dólar / Yen : ¥ 111,04 / 0,027%
Libra / Dólar : US$ 1,28 / -0,171%
Dólar Fut. (1 m) : 3758,50 / 1,14 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,42 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 7,06 % aa (-1,40%)
DI - Janeiro 23: 8,18 % aa (-0,85%)
DI - Janeiro 25: 8,72 % aa (-0,46%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,34% / 95.842 pontos
Dow Jones: 0,46% / 25.543 pontos
Nasdaq: 0,08% / 7.420 pontos
Nikkei: -0,02% / 21.140 pontos
Hang Seng: -0,23% / 28.432 pontos
ASX 200: -0,07% / 6.059 pontos
ABERTURA
DAX: 0,446% / 11217,03 pontos
CAC 40: 0,677% / 5108,60 pontos
FTSE: 0,324% / 7214,14 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 96722,00 pontos
S&P Fut.: 0,335% / 2758,80 pontos
Nasdaq Fut.: 0,445% / 7047,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,30% / 80,50 ptos
Petróleo WTI: 1,26% / $54,58
Petróleo Brent:1,62% / $64,64
Ouro: 0,04% / $1.306,75
Minério de Ferro: -0,47% / $88,02
Soja: -0,24% / $16,58
Milho: -0,20% / $378,25
Café: -1,54% / $98,90
Açúcar: 0,31% / $12,76