CENÁRIO MACROECONÔMICO
Em meio ao estresse da ação judicial contra a privatização da CEMIG, o governo surpreende com o anúncio da privatização da Eletrobras (SA:ELET6), a qual pode render quase o dobro em termos de valor, R$ 20 bi.
A empresa sofreu muito com a gestão anterior, ao ser obrigada a arcar com a redução forçada dos preços de energia, além da corrupção que cerca a empresa em moldes semelhantes à Petrobras(SA:PETR4).
Caso obtenha sucesso no processo, esta seria a receita extra necessária para cumprir com sucesso a meta fiscal, mantendo a ênfase na redução do peso do estado, principalmente em termos de gastos correntes.
Unindo-se ao cenário, entraria a passagem da TLP na comissão da câmara hoje, um balão de testes para sua aprovação em plenário e avanços na discussão da previdência.
Este é contexto perfeito para o Brasil romper com a tradição de juros excessivamente elevados e superarmos o recorde de baixa da gestão anterior.
CENÁRIO POLÍTICO
A compensação do deslize da Cemig (SA:CMIG4) ontem com a Eletrobras dá certo alívio ao governo neste momento, porém o trabalho para a aprovação das pautas de reformas continua grande, apesar do ânimo demonstrado pelo ministro Meirelles.
O presidente Temer dá sinais de que uma espécie de semipresidencialismo seria extremamente útil para o Brasil, porém assim como a proposta do Distritão e do Distritão Misto, pode sair uma ‘jabuticaba’ e gerar uma série de conflitos.
No modelo francês, o primeiro ministro é responsável pelas políticas internas e o presidente, os protocolos externos e as conjunções políticas. A dissolução governamental e parlamentar segue os moldes do parlamentarismo.
Todavia, sendo Brasil, sabemos que um novo modelo tipicamente local tende a nascer de tal proposta. Modelo tal, nem sempre para o bem.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva, puxada por empresas mineradoras e de commodities e os futuros em NY operam em leve queda, apesar do sentimento mais positivo no exterior. Na Ásia, o fechamento foi positivo na sua maioria, com queda no Nikkei, com o mercado ainda atento à movimentação na península da Coreia.
O dólar opera estável contra a maioria das divisas, após abertura negativa, enquanto os Treasuries operam com rendimento positivo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, o minério de ferro bate mais um recorde de alta nos portos chineses, porém o ouro perde força com o dólar se estabilizando.
O petróleo abriu positivo em NY e em Londres, com sinais de um mercado mais restrito e menor oferta no curto prazo.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,1651 / 0,57 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / -0,508%
Dólar / Yen : ¥ 109,26 / 0,257%
Libra / Dólar : US$ 1,28 / -0,566%
Dólar Fut. (1 m) : 3173,49 / 0,60 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 7,81 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 8,49 % aa (0,47%)
DI - Janeiro 21: 9,52 % aa (1,06%)
DI - Janeiro 25: 10,38 % aa (0,87%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,12% / 68.635 pontos
Dow Jones: 0,13% / 21.704 pontos
Nasdaq: -0,05% / 6.213 pontos
Nikkei: -0,05% / 19.384 pontos
Hang Seng: 0,91% / 27.402 pontos
ASX 200: 0,42% / 5.750 pontos
ABERTURA
DAX: 0,643% / 12143,59 pontos
CAC 40: 0,426% / 5109,28 pontos
FTSE: 0,634% / 7365,31 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 69479,00 pontos
S&P Fut.: 0,066% / 2429,60 pontos
Nasdaq Fut.: 0,289% / 5810,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,16% / 83,13 ptos
Petróleo WTI: 0,02% / $47,38
Petróleo Brent:0,19% / $51,76
Ouro: -0,40% / $1.286,67
Minério de Ferro: -0,01% / $74,39
Soja: -0,09% / $17,75
Milho: 0,36% / $350,25
Café: 0,04% / $126,35
Açúcar: -1,18% / $13,35