No curtíssimo prazo, ditaram os movimentos do dólar frente ao Real a transferência de lucros e dividendos ao exterior, a queda expressiva do minério de ferro no mercado internacional e dúvida quanto à formação ministerial de Bolsonaro.
Ou poucos e grandes players, comprando muita divisa num período curto de tempo.
O certo é que tal movimentação foi seguida me partes por mercados emergentes, dada a contínua perspectiva de elevação de juros nos EUA na reunião do dia 19, porém este mesmo parâmetro lentamente começa a dar sinais de desgaste.
Ao considerarmos que a perspectiva de elevação de juros será para 3%, no máximo 3,25% aa em 2019, serão três movimentos divididos em 8 reuniões durante o ano, será um aperto mais espaçado ou no máximo igual ao deste ano, além disso, já com perspectivas de término.
Com isso, a convergência das taxas de médio e longo prazo já perderam força, como no rendimento dos títulos de 10 anos do tesouro americano e a redução de pressão nas taxas dá abertura para, em breve, os investidores comecem a assumir maiores riscos.
A própria perspectiva de um crescimento mais modesto dos EUA nos próximos anos, em partes devido à guerra comercial tira um pouco de pressão nas taxas futuras, abrindo espaço para um apetite por um prêmio de maior risco.
Que assim seja.
CENÁRIO POLÍTICO
Ao descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal na sua essência, Temer marca sua saída de maneira melancólica, quando poderia ter marcado sua biografia como um fiscalista e reformista.
Fux fez parte de tal “marco histórico” e a tentativa de alívio ao retirar o penduricalho do auxílio moradia nem se compara ao efeito cascata, que faz brilhar os olhos de outros poderes, na ânsia por mais um aumento para acumular em seus já vultosos salários e privilégios acima de todos os outros brasileiros.
De volta ao que realmente interessa, Paulo Guedes está tentando resolver a questão da cessão onerosa diretamente com o TCU, de forma a acelerar o processo.
Neste momento, com custos de largada enormes, todos os recursos serão mais do que necessários ao novo governo.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em queda, com temores políticos e pela guerra comercial.
Na Ásia, o fechamento foi misto, na expectativa do encontro do G-20.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam próximos à estabilidade.
Entre as commodities metálicas, a queda é generalizada, puxada pelo minério de ferro
O petróleo abre em queda, com o aumento expressivo dos estoques e produção sauditas da commodity.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,8%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,9324 / 2,65 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / -0,071%
Dólar / Yen : ¥ 113,59 / 0,009%
Libra / Dólar : US$ 1,28 / -0,515%
Dólar Fut. (1 m) : 3906,64 / 2,29 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 6,58 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 6,97 % aa (0,87%)
DI - Janeiro 21: 7,98 % aa (1,53%)
DI - Janeiro 25: 9,76 % aa (2,63%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,79% / 85.547 pontos
Dow Jones: 1,46% / 24.640 pontos
Nasdaq: 2,06% / 7.082 pontos
Nikkei: 0,64% / 21.952 pontos
Hang Seng: -0,17% / 26.332 pontos
ASX 200: 1,00% / 5.728 pontos
ABERTURA
DAX: -0,027% / 11351,69 pontos
CAC 40: 0,000% / 4994,99 pontos
FTSE: -0,241% / 7019,01 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 85657,00 pontos
S&P Fut.: -0,101% / 2667,20 pontos
Nasdaq Fut.: -0,277% / 6654,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,37% / 81,17 ptos
Petróleo WTI: -0,02% / $51,62
Petróleo Brent:0,33% / $60,68
Ouro: 0,04% / $1.222,91
Minério de Ferro: -0,85% / $73,58
Soja: -1,92% / $15,85
Milho: 0,49% / $357,50
Café: -0,14% / $107,00
Açúcar: -0,48% / $12,42