As mudanças no Banco Central agregam positivamente o atual contexto de formação de equipes econômicas. Roberto Campos é neto de seu homônimo avô, conhecido como um dos primeiros defensores do liberalismo econômico no Brasil e formador do BNDES.
O Banco Central não tinha na cadeira um trader com viés de mercado desde Armínio Fraga, o que pode contribuir além da política monetária, com uma política cambial mais atuante, recordando os ‘temidos’ tempos em que o BC entrava no mercado e era respeitado.
Além disso, dois nomes importantes foram divulgados recentemente, com a manutenção de Carlos Viana no BC e de Manueto no Tesouro, ambos considerados valiosos técnicos da equipe econômica.
Localmente, com as atenções políticas focadas nas escolhas ministeriais, a economia não deixa de mostrar sinais importantes, como citamos recentemente, de inflação ao varejo se aproximando da estabilidade.
Com isso, o espaço de atuação das equipes econômicas fica consideravelmente mais amplo, com o combate a inflação e política monetária em “segundo plano” dada a recente estabilidade de preços e dos juros historicamente baixos.
Atenção hoje aos resultados de Viacom, LG e Rovio. No Macro, IBC-Br e Prod. Industrial nos EUA.
CENÁRIO POLÍTICO
A sinalização de Eunício de um “jeitinho” para votação de pontos da previdência ainda este ano agradou aos investidores, porém ao mesmo tempo, não traz nada de concreto para este ano.
A curva de aprendizado do novo governo ocorre em diversos frontes, da realidade de Bolsonaro de sair do legislativo para o executivo e da nova forma de negociação do legislativo frente a um novo paradigma presidencial, saindo consideravelmente do presidencialismo de coalisão.
Bolsonaro tem mais acertado em suas escolhas (econômicas principalmente), do que errado, como na escolha de Ernesto Araújo para relações exteriores, o “outro lado da moeda” da política externa, quando comparado com Celso Amorim, este totalmente preso em ideologias pouco producentes para o Brasil em termos de comércio.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em queda, com o orçamento italiano e o Brexit.
Na Ásia, o fechamento foi misto, de olho nas incertezas do Brexit.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, a queda é observada somente no cobre e platina.
O petróleo abre em alta, com a OPEP sinalizando recorte na oferta da commodity, porém enfrentando a oferta americana.
O índice VIX de volatilidade abre em alta acima de 2%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,786 / -0,62 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / -0,009%
Dólar / Yen : ¥ 113,31 / -0,290%
Libra / Dólar : US$ 1,28 / 0,329%
Dólar Fut. (1 m) : 3794,10 / -0,57 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 6,59 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 6,97 % aa (-1,13%)
DI - Janeiro 21: 8,04 % aa (-1,23%)
DI - Janeiro 25: 10,00 % aa (-1,28%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,25% / 85.973 pontos
Dow Jones: 0,83% / 25.289 pontos
Nasdaq: 1,72% / 7.259 pontos
Nikkei: -0,57% / 21.680 pontos
Hang Seng: 0,31% / 26.184 pontos
ASX 200: -0,10% / 5.731 pontos
ABERTURA
DAX: 0,229% / 11379,62 pontos
CAC 40: 0,145% / 5040,94 pontos
FTSE: -0,051% / 7034,39 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 86035,00 pontos
S&P Fut.: -0,413% / 2723,20 pontos
Nasdaq Fut.: -1,052% / 6842,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,13% / 83,07 ptos
Petróleo WTI: 1,59% / $57,36
Petróleo Brent:1,46% / $67,59
Ouro: 0,18% / $1.215,56
Minério de Ferro: 0,19% / $74,95
Soja: 0,62% / $16,31
Milho: 0,00% / $367,25
Café: -2,31% / $109,85
Açúcar: -0,08% / $12,68