Se o cenário de juros se basear no que tem acontecido hoje no contexto político, o corte de 50 bp na Selic na reunião do COPOM na próxima semana pode ser o último, após o rompimento do piso histórico da taxa.
Sem a reforma da previdência, o COPOM simplesmente não pode se dar ao luxo de arriscar os ganhos na recuperação da atividade econômica, em visto às fortes incertezas do cenário fiscal.
Para piorar o contexto, caso a piora do cenário leve à uma reação muito forte do mercado, a influência na atividade econômica é dada e caso isso se converta como frustração de receitas, a solução virá necessariamente do aumento de impostos.
O resultado do PIB hoje deve refletir os ganhos de tudo aquilo que foi aprovado e colocado em prática até o momento, porém sem a continuidade das reformas, é difícil imaginar qual será o cenário mais crível a partir de 2019.
CENÁRIO POLÍTICO
A guerra enfrentada na política tem efeitos semelhantes em países diferentes. Por aqui, a incapacidade de comunicação do governo sobre a reforma da previdência tem incrementado em muito a dificuldade de avançar a pauta nas casas.
Neste momento, a preocupação eleitoral se sobrepõe até mesmo ao usual “toma-lá, dá-cá” dos parlamentares, os quais precisariam que a população se convencesse antes deles mesmo para votar o tema.
Com isso, a frustração do mercado é nítida e o cenário eleitoral de 2018 se torna cada vez mais nebuloso.
Nos EUA, o apoio à reforma tributária do senador McCain, republicano notadamente contrário a Trump, era considerada como ponto chave para o avanço da pauta, porém o recuo de diversos senadores, considerando que seria uma bomba fiscal quase incontrolável, levou os parlamentares de volta às pranchetas.
Para muitos, o plano atual é falho, não beneficia a população e sangra as contas do governo. Menos um ponto a Trump.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY tem queda o recuo da votação da reforma tributária nos EUA. Na Ásia, o fechamento foi negativo, puxado pelos eventos políticos nos EUA.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam em queda em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, alta é observada em praticamente todos os ativos, em especial o ouro, com o dólar mais fraco.
O petróleo opera com ganhos em ambas as praças, após o resultado da reunião da OPEP, indicando continuidade dos cortes até 2018.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2681 / 0,74 %
Euro / Dólar : US$ 1,19 / 0,000%
Dólar / Yen : ¥ 112,45 / -0,080%
Libra / Dólar : US$ 1,35 / -0,266%
Dólar Fut. (1 m) : 3288,45 / 1,22 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 6,82 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 7,77 % aa (0,26%)
DI - Janeiro 21: 9,38 % aa (0,54%)
DI - Janeiro 25: 10,67 % aa (1,04%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,00% / 71.971 pontos
Dow Jones: 1,39% / 24.272 pontos
Nasdaq: 0,73% / 6.874 pontos
Nikkei: 0,41% / 22.819 pontos
Hang Seng: -0,35% / 29.074 pontos
ASX 200: 0,33% / 5.990 pontos
ABERTURA
DAX: -0,869% / 12910,82 pontos
CAC 40: -0,839% / 5327,70 pontos
FTSE: -0,223% / 7310,34 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 72027,00 pontos
S&P Fut.: -0,223% / 2642,00 pontos
Nasdaq Fut.: -0,428% / 6341,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,42% / 86,15 ptos
Petróleo WTI: 0,75% / $57,83
Petróleo Brent:0,72% / $63,08
Ouro: 0,15% / $1.276,95
Minério de Ferro: 1,50% / $68,16
Soja: -0,49% / $18,47
Milho: 0,15% / $342,25
Café: -2,55% / $126,30
Açúcar: -0,40% / $15,02