Por mais uma vez, o Federal Reserve foi enfático em seu comunicado no firme propósito de normalizar as taxas de juros, independente dos desejos do presidente americano e principalmente, de modo a mitigar parte dos efeitos da guerra comercial.
Mesmo que os spreads da curva de juros americana já se mostrem hoje mais “normais”, sem sinais de achatamento nos vértices mais longos, assim como foi promovido durante a crise do subprime, a autoridade monetária americana ainda considera de muito curto prazo tal movimento e quer assegurar a inclinação positiva.
Com o Treasury de 10 anos com seu rendimento somente reagindo no curto prazo acima de 3% ao ano (um mês na verdade), a tendência para busca da taxa nominal próximo a este valor explica também a continuidade do aperto monetário. Mesmo sem novidades em tal ponto, o mercado muitas vezes ainda reage negativamente à sinalização de alta de juros.
Na Europa, os acertos finais para a conclusão do Brexit aliviam as recentes tensões em externalidades e o foco agora fica na tentativa de um acordo comercial idealmente com a União Europeia e realisticamente, com países individualmente, o que tem um prazo curto, fevereiro de 2019, para ocorrer.
O Reino Unido pode perder muito se não concluir acordos neste período, o que pode ser mais um ponto de estresse a preocupar o mercado.
CENÁRIO POLÍTICO
Mike Pompeo, o secretário de estado americano foi a Ryad encontrar o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman para tratar da alegada morte do jornalista Jamal Khassoggi, porém, ao ser indagado sobre o assunto ao retornar, simplesmente disse: ”Eles não citaram o assunto e nós também não vamos citar”.
Isto gera ainda mais munição para a imprensa americana e começa a incentivar uma barreira legislativa a Trump nas eleições intercalares (midterm), que podem levar a um congresso se revertendo contra Trump, assim como ocorreu em alguns momentos com Obama.
Localmente, as expectativas se voltam à pesquisa Datafolha a ser divulgada após o fechamento dos mercados, mas como tem usualmente ocorrido, muitos aguardam possíveis “vazamentos” dos resultados.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é sem rumo e os futuros NY operam em queda, com resultados corporativos e ata do FOMC.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, seguindo as bolsas no ocidente.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, com destaque ao cobre.
O petróleo abre em queda em NY e em Londres, com a perspectiva de aumento do estoque e redução de demanda.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 3,6%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,6871 / -1,01 %
Euro / Dólar : US$ 1,15 / 0,157%
Dólar / Yen : ¥ 112,50 / -0,133%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / 0,084%
Dólar Fut. (1 m) : 3682,82 / -1,30 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 6,93 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 20: 7,52 % aa (0,27%)
DI - Janeiro 21: 8,41 % aa (-0,47%)
DI - Janeiro 25: 9,99 % aa (-1,87%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,05% / 85.764 pontos
Dow Jones: -0,36% / 25.707 pontos
Nasdaq: -0,04% / 7.643 pontos
Nikkei: -0,80% / 22.658 pontos
Hang Seng: -0,03% / 25.455 pontos
ASX 200: 0,06% / 5.942 pontos
ABERTURA
DAX: 0,140% / 11731,39 pontos
CAC 40: 0,412% / 5166,13 pontos
FTSE: -0,100% / 7047,53 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 86492,00 pontos
S&P Fut.: -0,312% / 2807,40 pontos
Nasdaq Fut.: -0,475% / 7278,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,48% / 86,25 ptos
Petróleo WTI: -0,95% / $69,09
Petróleo Brent:-1,22% / $79,07
Ouro: 0,11% / $1.223,63
Minério de Ferro: 1,16% / $71,40
Soja: 0,18% / $16,49
Milho: -0,40% / $373,00
Café: 0,90% / $123,95
Açúcar: 0,73% / $13,93