Em meio às ainda presentes dúvidas quanto ao futuro da economia americana, principalmente dos juros, os indicadores econômicos continuam a evitar uma definição de cenário.
O CPI, inflação ao varejo nos EUA continua controlado aos 2% ao ano e núcleo aos 1,8%, ou seja, oscilando próxima da meta informal do FOMC, mas sem necessariamente demonstrar ímpeto para romper em alta em qualquer prazo. Em resumo, sem prazo para ação para o Fed.
Para piorar, a escolha de Powell, apesar de agradar ao mercado, não é necessariamente boa, pois o mesmo, além de não ser economista, tem pouca experiência na formulação de políticas.
Por outro lado, o atual colegiado do FOMC é um dos com menor experiência em termos de mercado real e mesmo assim, ambas experiências não se complementam.
De qualquer maneira, a dupla crescimento econômico VS inflação baixa continua a desafiar a teoria econômica e ao Fed, o qual teme que os efeitos clássicos da curva IS/LM possam vir a atormentar a inflação no futuro e causar estragos difíceis de serem revertidos, daí a insistência na normalização das taxas de juros.
Atenção hoje às inflações no Brasil e atividade econômica nos EUA.
CENÁRIO POLÍTICO
Não muito diferente do que se esperava, a reforma ministerial de Temer não será ampla.
As notícias iniciais de que o presidente somente colocaria ministros que não se compatibilizassem para as eleições e que todos seriam trocados desanimou a base aliada.
Para contornar tal desalento, a reforma agora deve focar nos dissidentes do governo, principalmente durante as votações das denúncias e acomodar àqueles que possam recompor a base alidade de maneira mais concisa.
Tudo isso é importante, pois o agora cada vez menos declarado aliado, Rodrigo Maia, dificulta em muito os avanços necessários à reforma fiscal e trabalhista, por se sentir “traído” pelo envio via MP e pode dificultar a vida do executivo neste momento.
A recomposição da base pode ajudar, porém o tempo está absurdamente esguio neste momento. Em termos congressuais, o ano praticamente acabou.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva, na expectativa por dados e balanços importantes hoje. Na Ásia, o fechamento foi positivo, deixando de lado a queda das bolsas americanas na sessão anterior.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam com rendimento positivo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas a alta é generalizada, mesmo com o dólar em alta, não sendo acompanhada pelo minério de ferro e cobre.
O petróleo opera com perdas em ambas as praças, com o retorno das extrações americanas da commodity, assustando novamente a OPEP.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,3152 / 1,08 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / -0,144%
Dólar / Yen : ¥ 113,21 / 0,292%
Libra / Dólar : US$ 1,32 / 0,068%
Dólar Fut. (1 m) : 3310,50 / 0,23 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 6,94 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 7,96 % aa (0,25%)
DI - Janeiro 21: 9,52 % aa (0,85%)
DI - Janeiro 25: 10,75 % aa (1,42%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -2,27% / 70.827 pontos
Dow Jones: -0,59% / 23.271 pontos
Nasdaq: -0,47% / 6.706 pontos
Nikkei: 1,47% / 22.351 pontos
Hang Seng: 0,58% / 29.019 pontos
ASX 200: 0,16% / 5.944 pontos
ABERTURA
DAX: 0,584% / 13052,17 pontos
CAC 40: 0,598% / 5332,96 pontos
FTSE: 0,003% / 7372,80 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 71139,00 pontos
S&P Fut.: 0,335% / 2573,70 pontos
Nasdaq Fut.: 0,383% / 6290,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,02% / 85,96 ptos
Petróleo WTI: -0,22% / $55,21
Petróleo Brent:-0,24% / $61,72
Ouro: -0,02% / $1.277,92
Minério de Ferro: -0,92% / $61,22
Soja: 0,67% / $18,27
Milho: 0,07% / $338,50
Café: -0,24% / $126,65
Açúcar: -0,27% / $15,01