A última reunião de Janet Yellen frente ao FOMC, comitê de política monetária do Federal Reserve não deve trazer sinais significativos dos próximos movimentos de juros, principalmente pela saída da chairwoman.
As limitações de Yellen não vem somente de seu caráter transitório no cargo, mas do ainda instalado problema na curva de Phillips, a qual teima em não responder à atividade econômica aquecida com taxas de inflação maiores ou mesmo uma pressão de salários.
O contexto para os EUA continua bastante positivo e a redução do balance sheet do Fed é um dos primeiros passos à normalização dos juros, porém não é possível deixar de se temer que a elevação exagerada possa aí sim levar à uma resposta econômica e os EUA retornarem à contração.
Adicione à equação as pretensões expansivas de Trump, o cenário fica ainda mais difícil para a teoria econômica clássica.
Localmente, a resposta ao afrouxamento monetário tem sido mais concisa e portanto, o ciclo de cortes de juros possui espaço para continuar em voga, mesmo com o cenário político desafiador e com dúvidas sobre as reformas.
CENÁRIO POLÍTICO
Dois eventos políticos abalam Brasil e EUA. A data de julgamento de lula, considerada bastante rápida para muitos analistas é um evento importante para o pleito de 2018.
Obviamente, estamos no Brasil e esperar que o corpo jurídico do ex-presidente não tente todos os instrumentos protelatórios é no mínimo ingênuo. Porém, o cenário para 2018 continua em grande indefinição.
Para alguns analistas, o cenário pode até favorecer a reforma da previdência, caso passe num primeiro turno agora ou mesmo, após o recesso, o qual o fim ocorre após o julgamento. Porém, em se tratando de política, nada é absolutamente garantido.
Nos EUA, a derrota do republicano Roy Moore por Doug Jones, o primeiro senador democrata do Alabama desde 77 complica a vida de Trump e de seus projetos.
Com uma margem apertada de 51 a 49 para os republicanos, John Mccain, total desafeto de Trump pode ser o fiel da balança nos temas de maior demanda do presidente.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa na sua maioria e os futuros NY em alta, na expectativa pelo FOMC. Na Ásia, o fechamento foi positivo também na expectativa pelo FOMC.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam no positivo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a alta é generalizada, com destaque para o minério de ferro no porto de Qindao.
O petróleo em alta em ambas as praças, com menores extrações e fechamentos nos dutos do norte.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,3192 / 0,46 %
Euro / Dólar : US$ 1,17 / 0,051%
Dólar / Yen : ¥ 113,41 / -0,123%
Libra / Dólar : US$ 1,34 / 0,263%
Dólar Fut. (1 m) : 3335,73 / 0,90 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 6,75 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 7,63 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 21: 9,32 % aa (0,76%)
DI - Janeiro 25: 10,66 % aa (1,23%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,39% / 73.814 pontos
Dow Jones: 0,49% / 24.505 pontos
Nasdaq: -0,19% / 6.862 pontos
Nikkei: -0,47% / 22.758 pontos
Hang Seng: 1,49% / 29.222 pontos
ASX 200: 0,14% / 6.022 pontos
ABERTURA
DAX: -0,144% / 13164,56 pontos
CAC 40: -0,116% / 5420,91 pontos
FTSE: 0,015% / 7501,50 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 73926,00 pontos
S&P Fut.: 0,000% / 2665,10 pontos
Nasdaq Fut.: 0,094% / 6390,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,48% / 83,88 ptos
Petróleo WTI: 0,79% / $57,59
Petróleo Brent:1,28% / $64,15
Ouro: -0,27% / $1.241,15
Minério de Ferro: 0,52% / $68,97
Soja: -0,35% / $18,34
Milho: 0,45% / $337,25
Café: -1,64% / $117,05
Açúcar: 1,16% / $13,95