Bom dia investidores,
Ontem o Ibovespa chegou a subir mais de 1%, rompendo novamente os 87 mil pontos, porém foi devolvendo os ganhos durante o dia, e fechou subindo apenas 0,24%, com 86.610 pontos. O volume financeiro foi de R$ 12,07 bilhões.
As ações da Petrobras foram as principais responsáveis pela devolução do ganho no índice, por conta do preço do barril de petróleo que despencou. Com isso a Petrobras ON (SA:PETR3) caiu 3,38%, enquanto a PN (SA:PETR4) caiu 3,80%.
Já no campo positivo, as ações da Gol (SA:GOLL4) novamente subiram forte, com alta de 6,04%. O principal motivo também foi a queda abrupta do preço do petróleo, já que com o preço do petróleo mais baixo, menor será o custo operacional da empresa e consequentemente, maior a margem de lucro.
Aqui vimos um conceito clássico de finanças, a correlação. Nesse caso Gol e Petrobras tem uma correlação negativa, ou seja, quanto um sobe o outro cai. Ontem com o preço do petróleo despencando, a Petrobras caiu, pois diminui sua margem de lucro, mas em contrapartida, favoreceu as ações da Gol, que pode aumentar a sua margem de lucro.
As ações da Telefônica Brasil(SA:VIVT4), mais conhecida como Vivo, subiram 4,31%, pois o mercado gosta do nome do novo CEO da empresa, que assumirá o comando em janeiro, Christian Gebara e vê perspectivas boas para a empresa em 2019.
Indo para o dólar, ontem a moeda fechou com leve alta de 0,13%, cotada a R$ 3,90. Já o Euro subiu 0,29%, fechando em R$ 4,44.
A ata do Copom, deixou dúvidas em relação a manutenção da taxa Selic Meta de 6,5% para 2019, pois dependerá de alguns fatores, como aprovação da reforma da previdência e o cenário externo. Lembrando que Itaú (SA:ITUB4), Santander (SA:SANB11) e Safra apostam que a taxa se manterá em 6,5%. Já o Bradesco (SA:BBDC4) aposta em 7,25% para o final de 2019, com esse aumento da taxa a partir do segundo semestre.
A ata ajudou a pressionar os DIs, que subiram em todas as pontas. O DI jan/20 subiu de 6,59% para 6,64%, enquanto o jan/25 foi de 9,45% para 9,52%.
Na agenda econômica, hoje vamos ter o índice nacional de expectativa do consumidor da CNI(Confederação Nacional da Indústria ) e os dados semanais de fluxo cambial.
Na Argentina, ontem tivemos a divulgação do PIB do terceiro trimestre, que caiu 0,7%, sendo o segundo trimestre consecutivo em queda. Sempre que uma economia tem dois trimestres consecutivos de PIB negativo, ou seja, a economia andando para trás, isso se caracteriza como recessão técnica, então podemos dizer que a Argentina está oficialmente em recessão.
Indo para os Estados Unidos, as bolsas tiveram um dia de leve recuperação, com o Dow Jones subindo 0,35%, o S&P500 subindo 0,01% e o Nasdaq avançando 0,45%. O dia só não foi melhor pois a queda do preço do barril de petróleo pegou em cheio empresas do ramo energético. A Chevron (NYSE:CVX) que caiu 2,41% e a ExxonMobil (NYSE:XOM) que caiu 2,76%.
Hoje será um dia muito importante para os investidores, pois hoje teremos o segundo dia de reunião do FOMC, e será divulgado se a taxa irá subir ou não. A grande expectativa é de que a taxa suba 0,25%, porém se essa taxa não subir, será um grande de dia de recuperação das bolsas. Trump vem pressionando para que essa taxa de juros não suba, pedindo para o FED sentir o mercado.
Um segundo momento de apreensão, será logo após a divulgação, que será a entrevista de Jerome Powell, presidente do FED, que pode sinalizar que os juros chegaram ou estão muito próximos do neutro, já que vemos um mercado apostando de zero a quatro altas de juros para 2019. Logo o mercado ficará aguardando uma sinalização mais clara.
Além da reunião do FED, vamos ter na agenda os dados de moradias novas em novembro. Vale lembrar que no México, também teremos reunião do Banco Central para decisão de política monetária.
Indo para a Europa, hoje as bolsas abriram em alta, com destaque para o DAX-30 de Frankfurt, que abriu subindo 0,20%. Na agenda, hoje vamos ter o CPI de novembro do Reino Unido.
Já na Ásia, o dia voltou a ser de baixa, com o Índice Nikkei 225, do Japão, fechando com queda de 0,60% e o Índice Shangai, da China, recuando 1,05%.
Indo para o petróleo, que ontem mexeu com todo o mercado global, após a notícia de que a Rússia bateu recorde de produção, deixando em dúvida o pacto da OPEP em reduzir a produção de petróleo. Com isso temos dois fatores importantes, no lado da oferta, os países estão batendo recorde de produção, já no lado da demanda, uma desaceleração global diminuiria a procura pela commodity. Esses dois fatores entraram em choque ontem, e derrubaram o preço do petróleo WTI em 7,17% e o Brent em 5,61%.
Ótima quarta e bons negócios!
Por Fabio Louzada – Eu me banco!