O feriado de Juneteenth nos EUA (emancipação dos escravos) limita o volume das bolsas internacionais e ao mesmo tempo, retira possíveis pressões de correção das altas observadas na sexta-feira, ainda que concentradas fortemente no Nasdaq.
Ainda assim, para o nosso mercado fortemente baseado em commodities, a situação vai se desenhando de maneira mais pesada, em meio aos desafios enfrentados pela economia chinesa, com a insistência da manutenção dos lockdowns e a política de COVID zero, freando fortemente a atividade econômica.
Surgem novas notícias de que o governo chines pretende criar estímulos econômicos, especialmente ao setor fabril, mas ainda assim, o PBoC manteve inalterada a taxa de juros de 1 ano em 3,70% e a de 5 em 4,45%.
Outro ponto é o resultado fiscal chines, mais fraco da série histórica recente, como resultado dos estímulos do governo em meio à serie grande de lockdowns afetando a arrecadação e elevando os gastos estatais.
Neste cenário, ainda temos a China como a esperança solo de recuperação, dado que os EUA avolumam dados negativos de atividade econômica, como os observados na semana anterior e a Europa sofre com a inflação galopante.
Membros do Fed se dividem em seus discursos quanto à eficácia da atual política monetária e da manutenção do ritmo de 75 bp, após declarações consideradas menos hawkish de Powell após a decisão da semana anterior.
O discurso se divide entre a manutenção ou não do atual ritmo de juros, do quão disseminada está a inflação nos EUA e de quanto tempo deve levar para que a meta agora não tão informal de 2% seja atingida.
Na Europa, a Alemanha experimenta a maior inflação da série histórica recente, seguida de dados enfraquecidos de atividade econômica e ação novamente limitada por parte do BCE, adotando o fraco ritmo de 25 bp de alta de juros.
Localmente, tentam-se recuperar as perdas do retorno do feriado, com dificuldade em meio à derrocada global das commodities, mas com dólar global em queda e uma semana que reserva importantes informações, com o IPCA-15, onde projetamos uma alta de 0,69% e a ata da última reunião do COPOM.
O comunicado citou a possibilidade de mais uma alta de juros entre 0,25% e 0,50%, porém não descartamos uma manutenção, em meio a inflações mais modestas.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com o feriado americano reduzindo os volumes globais.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, na expectativa por estímulos na China.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries não operam devido ao feriado.
Entre as commodities metálicas, sem rumo, queda no minério de ferro, ouro e cobre.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, após uma semana de ganhos expressivos.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,74%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,1531 / 1,90 %
Euro / Dólar : US$ 1,05 / 0,276%
Dólar / Yen : ¥ 134,84 / -0,141%
Libra / Dólar : US$ 1,22 / -0,016%
Dólar Fut. (1 m) : 5152,48 / 1,29 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 13,63 % aa (-1,68%)
DI - Janeiro 24: 13,22 % aa (-1,60%)
DI - Janeiro 26: 12,42 % aa (-1,78%)
DI - Janeiro 27: 12,45 % aa (-1,74%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -2,9005% / 99.825 pontos
Dow Jones: -0,1279% / 29.889 pontos
Nasdaq: 1,4301% / 10.798 pontos
Nikkei: -0,74% / 25.771 pontos
Hang Seng: 0,42% / 21.164 pontos
ASX 200: -0,64% / 6.433 pontos
ABERTURA
DAX: 0,436% / 13183,49 pontos
CAC 40: 0,225% / 5895,90 pontos
FTSE: 0,891% / 7078,76 pontos
Ibov. Fut.: -3,09% / 101727,00 pontos
S&P Fut.: 0,71% / 3702 pontos
Nasdaq Fut.: 0,777% / 11385,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -2,72% / 126,78 ptos
Petróleo WTI: -0,16% / $109,38
Petróleo Brent: 0,02% / $113,14
Ouro: -0,06% / $1.838,34
Minério de Ferro: -7,52% / $111,00
Soja: -0,44% / $1.702,00
Milho: -0,48% / $784,50
Café: -1,85% / $227,65
Açúcar: 0,11% / $18,60