ÁSIA: As bolsas de valores da Ásia continuaram a sentir as preocupações frente às relações comerciais de Pequim com os EUA nesta terça-feira, apesar dos mercados da China se recuperarem depois de registrar perdas acentuadas no início da sessão, enquanto outros mercados regionais importantes se misturaram.
Os mercados da China continental recuperaram no período da tarde. O composto de Xangai acrescentou 0,39%, fechando em 2.786,35, após ter atingido uma baixa de dois anos na última sessão, enquanto o índice de Shenzhen subiu 0,76%. O Chinext teve um desempenho superior, subindo 1,65% n final do dia.
O índice Hang Seng de Hong Kong caiu 1,41% após estar caíndo mais de 3% no início do dia, com os mercados reabrindo depois de um feriado. Os setores de serviços financeiros e materiais lideraram as perdas. O peso pesado HSBC recuou 1,83%, enquanto a gigante de tecnologia Tencent recuou 0,71%.
o índice Nikkei do Japão fechou em baixa de 0,12%, em 21.785,54 pontos, estendendo as perdas de segunda-feira. Companhias aéreas e produtores de petróleo registraram ganhos, enquanto a maioria dos setores recuou.
Na Coreia do Sul, o Kospi terminou ligeiramente acima da linha plana, avançando 0,05%, para 2.272,76 pontos. Samsung Electronics ganhou 1,32%, enquanto a siderúrgica Posco recuou 0,32%.
O S&P/ASX 200 da Austrália fechou em alta de 0,52 %, em 6.210,20 pontos. O Reserve Bank of Australia anunciou que manterá sua taxa de câmbio estável em 1,50%, em linha com o que a maioria dos economistas entrevistados em uma pesquisa da Reuters esperava. Entre as mineradoras australianas, BHP Biliton caiu 1,6%, Fortescue Metals recuou 0,9% e Rio Tinto (LON:RIO) fechou em baixa de 3,3%.
O índice de ações da MSCI Ásia-Pacífico, excluindo o Japão, fechou em baixa de 0,34%, recuperando parte do declínio de mais de 1% no início do dia. O sentimento de cautela se deve ao fato do iminente prazo de 6 de julho, data que os EUA pode impor uma tarifa de 25% em 34 bilhões de dólares sobre mercadorias chinesas. A China também anunciou que vai retaliar com impostos sobre o mesmo valor em produtos dos EUA.
Os EUA também estão envolvidos em disputas comerciais com outros parceiros comerciais importantes, incluindo o Canadá e a União Europeia. Trump pode ter que enfrentar tarifas da União Europeia sobre até US$ 300 bilhões em bens norte-americanos se o governo americano continuar com a imposição de impostos sobre carros europeus, informou o Financial Times.
EUROPA: As bolsas europeias operam em alta, embora preocupações persistentes sobre o comércio global pareçam limitar mais ganhos. O pan-europeu Stoxx 600 sobe cerca de 0,6% nos primeiros negócios da manhã, com a maioria dos setores e principais bolsas em território positivo.
A chanceler alemã Angela Merkel chegou a um acordo com o governo de coalizão em relação as questões migratória. Ela prometeu a reforçar a fronteira do país com a Áustria em um último esforço para salvar seu governo. O DAX 30 da Alemanha opera em alta de mais de 1%.
O índice FTSE 100 do Reino Unido sobe 0,5%, para 7.587,75 pontos, liderado pelos setores de telecomunicações e de saúde, enquanto o grupo tecnologia opera no vermelho. O índice de referência britânico caiu 1,2% na segunda-feira, marcado pelo aumento das tensões comerciais globais.
O setor de mineração é fortemente ponderado no FTSE 100 e neste grupo, as ações da Glencore (LON:GLEN) afundam 9%, depois que o trader de commodities e mineradora disse que o Departamento de Justiça dos EUA pediu que a empresa entregue registros relacionados ao cumprimento de leis contra práticas de corrupção e lavagem de dinheiro em negócios na República Democrática do Congo, Nigéria e Venezuela. Outras mineradoras avançam em Londres. Anglo American (LON:AAL) sobe 0,2%, Antofagasta (LON:ANTO) avança 1%, enquanto BHP Biliton sobe 1,2%.
EUA: Wall Street se prepara para uma abertura positiva, com os futuros de ações registrando ganhos no início do dia. Espera-se que o volume de negociação seja menor do que o normal por conta do feriado de 4 de julho na quarta-feira.
Os três benchmarks dos EUA conseguiram se livrar das perdas iniciais e terminar em território positivo na sessão da segunda-feira. As ações de "techs" subiram, ajudando o Nasdaq Composite Index a encerrar em alta de 0,76% , enquanto o DJIA e o S&P 500 ganharam 0,15% e 0,31%, respectivamente.
Os ganhos do "pre-market" são vistos como uma continuidade do clima das negociações de segunda-feira, quando dados manufatureiros norte-americanos, melhores do que o esperado, impulsionaram o otimismo e diminuíram brevemente as preocupações sobre uma potencial guerra comercial.
A incerteza sobre a política comercial ainda paira sobre os mercados, antes da imposição de tarifas por parte do governo dos EUA, de até US$ 50 bilhões em produtos chineses, que devem entrar em vigor na sexta-feira.
O governo Trump pretende impedir que a China Mobile opere no mercado norte-americano. A Casa Branca citou "interesses de segurança nacional" como a razão para recusar o acesso da China Mobile nos EUA.
Os pedidos de fábrica para maio são devidos às 11h00, enquanto se espera que os números mensais de vendas de junho cheguem ao final do dia. Não há oradores do Federal Reserve na agenda desta terça-feira.
ÍNDICES FUTUROS - 8h00:
Dow: +0,47%
SP500: +0,40%
NASDAQ: +0,55%
OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados.