A natural preocupação dos investidores esta semana com a decisão do FOMC, onde o início da normalização de juros pode ser anunciado antes do tapering (redução da recompra e compra de ativos) se une à questão geopolítica de maneira intensa.
CONFIRA: Monitor da Taxa de Juros do Federal Reserve
Não há novidades de curto prazo na questão russo-ucraniana, afinal, desde a anexação da Crimeia, a situação da região continua tensa e é um teste derradeiro para o governo Biden, considerado fraco em termos geopolíticos, com Forças Armadas desgastadas pela preocupação excessiva com questões identitárias e pouco com questões militares.
Os sinais de que algo mais grave estaria por acontecer se avolumam pela movimentação de tropas e a conversa entre EUA e Rússia prometida para sexta-feira passada deve ter trazido o sinal definitivo, com a retirada de pessoal essencial das embaixadas.
O problema para o governo americano sequer é a questão ucraniana, pois o modo que a inserção do país na OTAN vinha se desenhando marcava uma pressão excessiva sob Moscou, semelhante à pressão criada pela URSS ao colocar misseis em Cuba, nos anos 1960.
Obviamente, a invasão ou anexação do país é uma resposta ridiculamente pesada para a questão, como foi a anexação da Crimeia, povoada fortemente por russos e descendentes.
O real problema para o governo americano é voltar a enfrentar uma potência militar que seja comparável à sua em termos nucleares, com a qual a resposta não pode ser um simples ataque militar, como costuma fazer com outros países.
Para piorar, ao demonstrar qualquer sinal de fraqueza, o governo americano abre espaço para a invasão chinesa a Taiwan, outra potência com a qual os EUA não podem simplesmente invadir e daí o peso da questão geopolítica afetando os mercados, já temerosos pelo sinal a ser emitido pelo Federal Reserve nesta semana.
Localmente, o foco fica na agenda pesada, mas que tende a emitir sinais positivos para a economia brasileira, como uma inflação mais fraca do IPCA-15, redução do desemprego, arrecadação em alta, entrada de investimentos estrangeiro, equilibrado por preços mais altos no atacado e queda na criação de postos de trabalho e nos EUA, além do FOMC, o PIB, mercado imobiliário e atividade.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com questões geopolíticas e temores pela decisão do FOMC.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, na expectativa pela decisão do banco central americano.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao ouro, pelo caráter defensivo.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, apesar dos temores de menor oferta.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 3,54%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,4512 / 0,27 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / -0,150%
Dólar / Iene : ¥ 113,54 / -0,079%
Libra / Dólar : US$ 1,35 / -0,192%
Dólar Fut. (1 m) : 5463,61 / 1,14 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 11,88 % aa (-1,17%)
DI - Janeiro 24: 11,46 % aa (0,13%)
DI - Janeiro 26: 11,18 % aa (1,73%)
DI - Janeiro 27: 11,30 % aa (1,85%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,1469% / 108.942 pontos
Dow Jones: -1,2963% / 34.265 pontos
Nasdaq: -2,7208% / 13.769 pontos
Nikkei: 0,24% / 27.588 pontos
Hang Seng: -1,24% / 24.656 pontos
ASX 200: -0,51% / 7.140 pontos
ABERTURA
DAX: -1,504% / 15369,27 pontos
CAC 40: -1,618% / 6954,19 pontos
FTSE: -0,653% / 7445,23 pontos
Ibovespa Futuros: -0,26% / 109442,00 pontos
S&P 500 Futuros: -0,14% / 4384 pontos
Nasdaq 100 Futuros: 0,152% / 14387,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,32% / 105,02 ptos
Petróleo WTI: -0,26% / $84,92
Petróleo Brent: 0,18% / $88,05
Ouro: 0,33% / $1.841,52
Minério de Ferro: -0,89% / $129,49
Soja: -0,04% / $1.412,25
Milho: -0,04% / $615,25
Café: -1,09% / $236,00
Açúcar: -0,26% / $18,88