O retorno do feriado local, onde não acompanhamos o PPI nos EUA e a ata da última reunião do FOMC, traz a leitura da inflação ao varejo americana e alemã, onde um núcleo dentro das expectativas como ontem não significa muito alívio.
Na Alemanha, o CPI registrou altas estritamente dentro das expectativas, com 1,9% am e 10% aa no índice cheio e 2,2% am e 10,9% aa no núcleo, denotando uma pressão ainda absurdamente alta (novo recorde), especialmente pela continuidade do elevado custo de energia, em partes consequências dos eventos na Ucrânia.
Após o CPI do bloco há uma semana, a presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que é difícil prever quando a inflação atingirá o pico e tende a repetir tal premissa com os dados alemães, afinal o país responde por uma parcela significativa da pressão de preços do bloco.
Nos EUA, para o CPI hoje, qualquer resultado dentro das expectativas, seja o índice cheio ou o núcleo continuam a pressionar por maiores elevações de juros por parte do Fed, afinal, uma elevação de 6,5% aa de núcleo é alto que não pode e nem deve ser desprezado pela autoridade monetária.
A ata do FOMC ontem foi clara ao citar que no balanço de riscos, errar para baixo a dosagem do aperto monetário cria muito mais riscos do que errar para cima, ou seja, para eles, preservar o ritmo de aperto e os juros estáveis pelo tempo “suficientemente longo” como cita nosso BC é o mais provável.
Localmente, o IPCA levemente acima das expectativas não altera as projeções de uma pressão inflacionária na contramão global, apesar de uma pressão renovada de parte do núcleo, especialmente serviços, o que denota tão somente que a preservação da taxa de juros local repetirá o ‘mantra’ citado acima pelo nosso BC.
Por fim, a redução da pressão nos GILTS britânicos vem em partes das pressões que Elizabeth Truss tem passado para abandonar os planos de cortes de impostos sem contrapartida da ordem de £ 45 bilhões, em meio à possível e provavelmente inevitável inflação, o que seria um ponto adicional na redução da arrecadação.
Após o impacto de tal anúncio nas GILTS e o resgate, Bailey, do BoE alertou que fundos de pensão têm até amanhã para desfazer ou reequilibrar suas posições, quando o banco central britânico encerrará seu programa de apoio emergencial para o frágil mercado de títulos, incrementando a contenda entre Bailey e Truss.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa pelos dados de inflação nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, puxados pela inflação ao atacado nos EUA e expectativa pelo CPI.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam sem rumo em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, com destaque à prata e exceto o minério de ferro.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, com temores de recessão global e oferta reduzida em nível global.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,21%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3039 / 2,19 %
Euro / Dólar : US$ 0,97 / 0,330%
Dólar / Yen : ¥ 146,80 / -0,109%
Libra / Dólar : US$ 1,12 / 0,387%
Dólar Fut. (1 m) : 5315,00 / 1,55 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 13,60 % aa (-0,08%)
DI - Janeiro 24: 12,81 % aa (0,75%)
DI - Janeiro 26: 11,51 % aa (1,54%)
DI - Janeiro 27: 11,51 % aa (1,59%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,0000% / 114.827 pontos
Dow Jones: -0,0969% / 29.211 pontos
Nasdaq: -0,0872% / 10.417 pontos
Nikkei: -0,60% / 26.237 pontos
Hang Seng: -1,87% / 16.389 pontos
ASX 200: -0,07% / 6.643 pontos
ABERTURA
DAX: 0,679% / 12254,95 pontos
CAC 40: 0,185% / 5829,22 pontos
FTSE: 0,008% / 6826,69 pontos
Ibov. Fut.: -1,05% / 114650,00 pontos
S&P Fut.: 0,43% / 3603,75 pontos
Nasdaq Fut.: 0,323% / 10861,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,39% / 115,06 ptos
Petróleo WTI: 0,02% / $87,29
Petróleo Brent: 0,11% / $92,55
Ouro: 0,20% / $1.675,08
Minério de Ferro: -2,13% / $91,80
Soja: -0,27% / $1.390,00
Milho: 0,07% / $692,25
Café: -0,05% / $209,00
Açúcar: -0,16% / $18,66