A semana será marcada por importantes indicadores econômicos, sobretudo o IPCA, o qual tende a fechar o ano abaixo da meta determinada pelo CMN pela segunda vez na história, sendo a primeira há 20 anos exatos, com os históricos 1,65% aa.
Desta vez, somente um resultado improvável acima de 0,5% garantiria o piso da meta e evitaria que o Banco Central gerasse a “famosa” carta para explicar o por que não foram atingidas as metas.
Como sabemos que não somente de cortes de juros se faz um estímulo econômico, ao BC não restam razoes para ter evitado um ciclo mais robusto de corte de juros, conforme se esperaria com a inflação abaixo da meta.
Porém, a ausência de algumas reformas, notadamente a da previdência devem explicar em partes o não atingimento da meta. Ao mesmo tempo, os custos de energia em 2017 foram o enorme contraponto à queda constante do custo de alimentação, portanto, dependendo do ponto de vista, o ciclo de preços foi intenso.
Ao expurgamos energia, certamente o IPCA se aproximaria da mínima histórica, todavia, se o mesmo fosse feito com alimentos, a pressão seria consideravelmente maior.
Deste modo, podemos considerar o resultado de 2017 como o equilíbrio entre estes dois itens, que pode não se repetir em 2018. Para o bem e para o mal.
CENÁRIO POLÍTICO
Cedendo em partes às pressões de parlamentares, principalmente em vista à votação em breve da reforma da previdência, Dyogo Oliveira do planejamento indica que a regra de ouro, que não permite a emissão de dívida dos estados para o pagamento de despesas correntes deve ser cumprida este ano, porém existem dúvidas quanto a 2019.
A tendência para o governo é da criação de uma regra de transição, com contrapartidas em medidas fiscais mais fortes.
O ministro Meirelles e a Fazenda são figadalmente contra quaisquer mudanças na regra, pois poderiam aprofundar a situação futura dos estados em termos fiscais e lançar despesas futuras às próximas administrações.
Em meio ao cenário controverso, infelizmente um meio termo poderá ser chegado e mais um desrespeito à LRF ocorrerá.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva, com os futuros NY em alta, puxadas pelas coalisões para a formação do governo alemão e pelo melhor início de ano nas bolsas nos EUA desde 2006. Na Ásia, o fechamento foi positivo na expectativa por balanços.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam no negativo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a queda é generalizada, com exceção do minério de ferro, em alta nos portos chineses.
O petróleo em queda na abertura, porém dúvidas quanto ao recente rally levam o mercado à cautela.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2293 / -0,05 %
Euro / Dólar : US$ 1,20 / -0,274%
Dólar / Yen : ¥ 113,16 / 0,097%
Libra / Dólar : US$ 1,35 / -0,295%
Dólar Fut. (1 m) : 3242,38 / 0,10 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 19: 6,80 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 7,99 % aa (0,76%)
DI - Janeiro 22: 9,46 % aa (0,42%)
DI - Janeiro 25: 10,24 % aa (0,20%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,54% / 79.071 pontos
Dow Jones: 0,88% / 25.296 pontos
Nasdaq: 0,83% / 7.137 pontos
Nikkei: 0,89% / 23.715 pontos
Hang Seng: 0,28% / 30.900 pontos
ASX 200: 0,13% / 6.130 pontos
ABERTURA
DAX: 0,359% / 13367,43 pontos
CAC 40: 0,344% / 5489,59 pontos
FTSE: 0,032% / 7726,69 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 79481,00 pontos
S&P Fut.: 0,000% / 2742,60 pontos
Nasdaq Fut.: 0,037% / 6670,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,01% / 87,91 ptos
Petróleo WTI: 0,24% / $61,59
Petróleo Brent:-0,04% / $67,59
Ouro: -0,14% / $1.317,76
Minério de Ferro: 1,05% / $75,39
Soja: 0,27% / $18,01
Milho: -0,07% / $351,00
Café: -1,01% / $127,20
Açúcar: -0,60% / $14,99