Desde um RTI indicando fortemente a perspectiva de um corte de 25 bp na reunião de fevereiro, com a redução do compulsório, até a redução da TJLP para 6,75% aa, o contexto para o afrouxamento monetário no Brasil está em plena vigência.
Mesmo os indicadores de preço ao atacado mais fortes, como devem ser observados no IGP-M da próxima semana serão suficientes para reverter o processo.
Nossa coleta mais recente mostra uma pressão de intermediários e matérias primas muito acima das pressões no varejo, porém a atividade econômica em recuperação não possibilita uma transferência deste diferencial no curto prazo.
Em resumo, do atacado ao varejo, a inflação ainda demora um pouco. Neste contexto, somente a questão política terá o potencial de travar ou mesmo reverter a queda de juros vigente.
Nos EUA, o PIB americano levemente abaixo das expectativas, com núcleo de PCE fraco reforça dois precedentes: um apoio maior ao tax bill aprovado recentemente e a provável manutenção dos juros pelo FED. Está difícil de normalizar os juros americanos.
CENÁRIO POLÍTICO
Meirelles na TV começa a dar os sinais mais concretos de candidatura, a qual teria amplo apoio do mercado financeiro, mas aparentemente, pouco apelo da população em geral.
A maior tarefa do ministro no curto prazo, além da condução das reformas macro e microeconômicas é de evitar o rebaixamento da nota de risco nas agências ainda este ano, já que a S&P confidenciou que não divulga resultados em ano de eleição.
Sendo assim, os esforços de Meirelles devem se concentrar em adiar em mais uma semana os movimentos entre as big three e evitar afundar ainda mais o Brasil entre os junk bonds.
Outro economista no foco eleitoral é Rabello de Castro, porém com um apoio infinitamente menor do mercado e um desconhecimento quase completo da população.
Por enquanto, somente os não condenados sinalizam candidaturas, o restante, aguarda por Gilmar.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa, com os futuros NY em alta, com a eleição de separatistas no pleito recente da Catalunha. Na Ásia, o fechamento foi positivo seguindo Wall Street.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam no positivo em todos os vencimentos observados na abertura.
Entre as commodities metálicas, destaque para leve alta do minério de ferro no porto de Qindao, com alta também no ouro.
O petróleo em baixa na abertura, com o aumento da produção americana.
O índice VIX de volatilidade opera consistentemente negativo na abertura.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,3066 / 0,32 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / -0,219%
Dólar / Yen : ¥ 113,38 / 0,044%
Libra / Dólar : US$ 1,34 / 0,045%
Dólar Fut. (1 m) : 3310,93 / 0,62 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 6,71 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 7,50 % aa (0,40%)
DI - Janeiro 21: 9,21 % aa (-0,32%)
DI - Janeiro 25: 10,61 % aa (-0,75%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 2,41% / 75.133 pontos
Dow Jones: 0,23% / 24.782 pontos
Nasdaq: 0,06% / 6.965 pontos
Nikkei: 0,16% / 22.903 pontos
Hang Seng: 0,72% / 29.578 pontos
ASX 200: 0,15% / 6.070 pontos
ABERTURA
DAX: -0,194% / 13084,29 pontos
CAC 40: -0,175% / 5376,57 pontos
FTSE: 0,080% / 7610,06 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 75819,00 pontos
S&P Fut.: 0,063% / 2689,50 pontos
Nasdaq Fut.: 0,081% / 6497,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,09% / 85,13 ptos
Petróleo WTI: -0,51% / $58,06
Petróleo Brent:-0,26% / $64,73
Ouro: 0,10% / $1.267,89
Minério de Ferro: 0,37% / $70,71
Soja: -0,62% / $17,79
Milho: 0,14% / $351,25
Café: -0,73% / $122,25
Açúcar: -0,41% / $14,74