Os mais recentes indicadores macroeconômicos nos EUA continuam a contar a mesma história que tem assombrado as autoridades monetárias nos últimos meses. Atividade econômica em expansão, com inflação controlada.
Desde o Payroll, com crescimento acima das expectativas da criação de mão-de-obra, porém com custos de salários ainda baixos, até o custo unitário de mão-de-obra, com a maior produtividade registrada desde outubro de 2014, os indicadores não deixam de surpreender.
O mesmo tem sido registrado na produção industrial, vendas ao varejo e mercado imobiliário, sem, porém, haver uma contrapartida inflacionaria consistente.
O temor das autoridades continua na teoria econômica, onde a resposta à atividade econômica aquecida seria elevação de salários e inflação, porém este não tem sido o comportamento da curva de Phillips.
O temor é que se forem mantidos os atuais estímulos, a resposta à curva seja tão forte que o aperto monetário necessário a reverter a inflação se assemelhe ao período Paul Volcker nos EUA, onde os juros superaram 20% aa.
Por este temor, o Fed esta semana deve elevar os juros em 25 bp e continuar a redução do balance sheet, com bastante gradualismo.
CENÁRIO POLÍTICO
A convenção do PSDB fez jus ao tucanato, apesar da aparente união em torno dos nomes mais consagrados como FHC e Alckmin. O ataque a Aécio era de se esperar, porém a tão pregada união não pareceu tão consolidada.
Discussões internas, brigas e discursos desconexos demonstram que o partido continua tradicionalmente partido e os avanços para o fechamento de questão em torno da reforma da previdência.
Como indicado pelo analista Richard Back, o partido tende a contar com 50%+1% para a previdência, o que se considerarmos o histórico recente, chega até a ser positivo.
Esta será a semana da contagem de votos e o governo fará de tudo para tentar garantir o dia 18. Porém, já considera que 18 será o ano e não o dia da votação.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva na sua maioria e os futuros NY em alta, na expectativa por diversas decisões de juros. Na Ásia, o fechamento foi positivo com a estreia dos futuros de BitCoins.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam no negativo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a alta é generalizada nos ativos, com destaque para o minério de ferro no porto de Qindao.
O petróleo estável em ambas as praças, mesmo após frustração na queda nos estoques americanos.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2935 / 0,01 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / 0,178%
Dólar / Yen : ¥ 113,39 / -0,079%
Libra / Dólar : US$ 1,34 / -0,172%
Dólar Fut. (1 m) : 3305,57 / 0,16 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 6,77 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 7,65 % aa (-0,39%)
DI - Janeiro 21: 9,24 % aa (-0,32%)
DI - Janeiro 25: 10,49 % aa (-0,47%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,34% / 72.732 pontos
Dow Jones: 0,49% / 24.329 pontos
Nasdaq: 0,40% / 6.840 pontos
Nikkei: 0,56% / 22.939 pontos
Hang Seng: 1,14% / 28.965 pontos
ASX 200: 0,07% / 5.998 pontos
ABERTURA
DAX: 0,176% / 13176,88 pontos
CAC 40: 0,011% / 5399,68 pontos
FTSE: 0,688% / 7444,81 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 72780,00 pontos
S&P Fut.: 0,000% / 2651,00 pontos
Nasdaq Fut.: 0,150% / 6349,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,07% / 84,05 ptos
Petróleo WTI: -0,28% / $57,20
Petróleo Brent:0,16% / $63,50
Ouro: 0,16% / $1.250,52
Minério de Ferro: 1,57% / $68,47
Soja: -0,28% / $18,51
Milho: -0,37% / $338,75
Café: -0,21% / $120,60
Açúcar: 0,07% / $14,12