Como citamos ontem, a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) hoje não possuía em sua pauta a mudança das metas de inflação, tratando, portanto, de uma serie de assuntos protocolares, inerentes ao conselho.
Já nos EUA, por mais uma vez o indicador de inflação, agora ao atacado supera em muito as projeções dos analistas e demonstra que o “início do fim” do ciclo de alta de juro tende a ser adiado mais uma vez.
Outros dados, como o de auxílio desemprego mantiveram a percepção de um mercado de trabalho aquecido, pois com 194.000 pedidos semanais, o índice permanece muito abaixo daquilo que indicaria crescimento da atividade, em torno de 250.000.
De volta ao PPI, a inflação continua pressionada, especialmente aos 0,7%, ante projeções de 0,4% e anterior revisado de -0,5% para -0,2% e núcleos igualmente pressionados, aos 0,5% e 0,6%.
No ano, a inflação ao atacado atinge 6% e ainda que esteja longe do seu pico de 11,7% em março do ano passado, a redução de ímpeto no índice anual começa a estacionar em níveis ainda muito elevados.
O índice no geral se elevou por uma alta de 1,2% no custo de bens, a maior desde junho do ano passado, mas o índice de serviços, o mesmo que tem se mantido elevado nas inflações europeias permanece firme, somente se observando uma redução marginal em alimentação.
Como citamos aqui, alimentação pode estar entrando num ciclo descendente, dado que as projeções de colheita em países emergentes, notadamente o Brasil, devem continuar a manter a oferta abundante, aliás, o setor deve ser o ponto focal do crescimento do PIB no primeiro trimestre, apesar da clara oposição do governo ao setor.
Por fim, o custo de serviços fica elevado, pois a mão de obra continua em elevada demanda, ao ponto de haver, a depender do setor, dois empregos para cada trabalhador nos EUA e a inflação dificilmente dará os necessários sinais de alívio no curto prazo, em meio à economia aquecida.
A semana fecha com dados de custos de importados e exportados nos EUA, indicadores antecedentes e na Alemanha, o PPI registrou -1% no mês e alta nas vendas ao varejo no Reino Unido, superando as expectativas de uma contração.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com os mercados digerindo a série grande de dados da semana.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos na sua maioria, após sinais mais Hawk na economia.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceto ao minério de ferro.
O petróleo cai em Londres e em Nova York, com o temor de que o aumento de juros nos EUA possa retirar ímpeto da atividade econômica.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 3,07%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2196 / 0,05 %
Euro / Dólar : US$ 1,06 / -0,319%
Dólar / Yen : ¥ 134,89 / 0,627%
Libra / Dólar : US$ 1,19 / -0,400%
Dólar Fut. (1 m) : 5219,61 / -0,17 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 24: 13,24 % aa (-0,23%)
DI - Janeiro 25: 12,59 % aa (-0,06%)
DI - Janeiro 26: 12,75 % aa (0,44%)
DI - Janeiro 27: 12,97 % aa (0,80%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,3114% / 109.942 pontos
Dow Jones: -1,2635% / 33.697 pontos
Nasdaq: -1,7791% / 11.856 pontos
Nikkei: -0,66% / 27.513 pontos
Hang Seng: -1,28% / 20.720 pontos
ASX 200: -0,86% / 7.347 pontos
ABERTURA
DAX: -0,821% / 15406,09 pontos
CAC 40: -0,705% / 7314,22 pontos
FTSE: -0,252% / 7992,37 pontos
Ibov. Fut.: 0,21% / 111745,00 pontos
S&P Fut.: -0,62% / 4074,25 pontos
Nasdaq Fut.: -0,713% / 12378,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -1,07% / 106,29 ptos
Petróleo WTI: -2,09% / $76,85
Petróleo Brent: -2,01% / $83,43
Ouro: -0,56% / $1.823,61
Minério de Ferro: 1,78% / $126,75
Soja: 0,15% / $1.527,75
Milho: -0,04% / $675,25
Café: 0,17% / $180,50
Açúcar: 0,19% / $21,42