O início desta semana nos fez lembrar a dor de um dos episódios mais sombrios da história. No dia 11 de setembro de 2001, o mundo testemunhou um dos eventos mais chocantes da história contemporânea. Enquanto muitos começavam mais um dia de trabalho, mal sabiam que em questão de momentos, suas vidas seriam profundamente alteradas. Em frente às telas de televisão, ao vivo, o planeta assistia perplexo à tragédia que acontecia diante de seus olhos, como se estivessem presos em um pesadelo coletivo. A partir daquele dia, o mundo enfrentaria inúmeros desafios e mudanças, desencadeando um período de incerteza, reflexão e ação global.
Os ataques terroristas do 11 de setembro, também deixaram cicatrizes profundas na economia global, sendo assim, é crucial analisarmos as consequências dessas rupturas abruptas nos mercados e pensarmos em medidas que possamos adotar para evitar estar despreparados perante ameaças semelhantes.
Mas o que aconteceu com a economia e os mercados?
Os atentados impactaram significativamente o mercado de ações mundial. As bolsas de valores de todo o mundo sofreram fortes quedas nos dias que se seguiram aos ataques.
Especificamente nos Estados Unidos, o índice Dow Jones, caiu 14,1% em uma semana e o S&P 500, caiu 11,6% no mesmo período.
A queda das bolsas de valores foi causada por uma série de fatores, entre eles podemos destacar o sentimento de pânico e incerteza que contagiou o mercado, levando os investidores a vender suas ações. Entre outros, o setor de aviação foi particularmente afetado pelos ataques, com cancelamentos de voos e quedas nas reservas, o que levou a uma queda significativa nos preços das ações de empresas do setor, como American e United Airlines (NASDAQ:UAL).
O Aumento da preocupação com a segurança e a proteção contra o terrorismo, levou a um aumento de custos para as empresas e governos, o que também afetou o mercado de ações.
Ainda sobre os impactos, o 11 de setembro teve um impacto significativo no orçamento dos Estados Unidos. O governo gastou bilhões de dólares em resposta aos ataques, incluindo a guerra no Afeganistão e o aumento da segurança interna. O impacto dos atentados no orçamento dos EUA foi tão significativo que levou a um aumento da dívida pública do país.
Ainda como consequências dos atentados, os Estados Unidos entraram em recessão em 2001, sendo a mais curta recessão da história dos EUA. O impacto dos atentados no mercado de ações e no orçamento dos EUA levaram a uma queda no consumo e na confiança do consumidor. Isso, por sua vez, levou a uma queda na produção e no emprego.
O PIB americano caiu 0,3%, e o desemprego aumentou de 4,0% para 4,7%. O volume de empréstimos de consumo caiu 1,7% e as vendas no varejo mergulharam 3,2% em 2001, sendo que este último dado representava na época cerca de 20% do PIB do país, impactando em uma queda de 0,64% no PIB daquele ano.
A recessão de 2001 foi um período difícil para a economia dos EUA. No entanto, se recuperou rapidamente e voltou a crescer já no ano seguinte.
A ideia em trazer esta lembrança, é mostrar que nenhum mercado está livre de pontos de rupturas abruptas e não previsíveis, assim cabe a nós, especialistas em investimentos, orientar os investidores a adoção de medidas e estratégias que possam proteger seu portfólio e minimizar os impactos negativos que eventos assim possam trazer.
Entre eles podemos destacar a diversificação de portfólio; o investimento em ativos defensivos; manutenção de reservas de Emergência; a revisão periódica do portfólio; o investimento em empresas sólidas; o foco no longo prazo; o monitoramento ativo de notícias; a utilização de opções de hedge e por último e mais importante, consultar sempre um profissional financeiro, pois isso se mostra benéfico para investidores de longo prazo. Estes profissionais podem ajudar a desenvolver estratégias de investimento sólidas e fornecer orientações específicas com base nas condições de mercado e nos objetivos do investidor.
Lembre-se de que nenhum investimento é totalmente imune a eventos de ruptura nos mercados, mas a adoção dessas medidas pode ajudar a minimizar os riscos e proteger o patrimônio ao longo do tempo. Ter uma abordagem disciplinada e de longo prazo é fundamental para o sucesso dos investimentos e a criação de riqueza.