A distância da próxima decisão de juros nos EUA e notícias relevantes, além do contexto corporativo, leva ao mercado lateral que observamos desde o início da semana.
Neste contexto, a sensibilidade se volta novamente às questões políticas e a declaração de Trump, sobre um “longo caminho a ser percorrido” para um acordo com a China, trouxe o fator decisivo para a correção dos ativos.
O caso de corte de juros americanos também sofre um revés, com os dados mais recentes de atividade econômica, em especial com as vendas ao varejo fortes em junho, ainda que as projeções se voltem mais à um possível movimento em setembro.
Diante da ausência de indicadores mais relevantes e de um panorama de espera de resultados corporativos, o resultado é este mesmo: um mercado “de lado”, totalmente vulnerável a externalidades.
A leitura do Livro Bege às 15:00 somente deve trazer alguma surpresa ou um aumento pelo apetite pelo maior prêmio de risco, caso demonstre um crescimento mais fraco dos estados americanos, comparativamente às leituras anteriores do relatório.
Localmente, a inflação em São Paulo, medida pela Fipe demonstrou na semana uma desinflação em relação à medição anterior, saindo de 0,17% para 0,10% (Infinity: 0,08%), abaixo da média do mercado e da tendência dos índices mais recentes, em vista ao frio que atinge áreas produtoras de alimentos, os quais retornaram ao positivo em diversos índices, como o IGP-10 de ontem.
Atenção hoje aos resultados de BofA, Netflix (NASDAQ:NFLX), Abbot, IBM (NYSE:IBM), BNY Mellon, eBay, Ericsson, Alfa Laval e Alcoa.
CENÁRIO POLÍTICO
O presidente do Senado, David Alcolumbre destacou ontem o prazo de votação esperado na Casa para a reforma da previdência em 45 dias, o que deixaria a aprovação total para o final de setembro, caso passe logo no início de agosto na Câmara.
Como citamos anteriormente, a data é menos importante do que a dimensão da reforma e neste caso, a possibilidade de manutenção dos R$ 900 bi pode dar abertura para o Banco Central sinalizar algum movimento nos juros brasileiros.
O problema é que tal sinal deve realmente continuar condicionado à aprovação dos pontos mais importantes, portanto o corte de juros no Brasil pode, em tese, coincidir com o corte nos EUA.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é mista e os futuros NY abrem em alta, com cautela perante a temporada de balanços.
Na Ásia, o fechamento foi misto, sob o pano de fundo das declarações de Trump sobre a guerra comercial.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos até os 10 anos.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque ao minério de ferro.
O petróleo abre em alta, com o resultado mais recentes dos estoques.
O índice VIX de volatilidade abre em queda de 1,56%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,7691 / 0,32 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / 0,036%
Dólar / Yen : ¥ 108,28 / 0,037%
Libra / Dólar : US$ 1,24 / -0,064%
Dólar Fut. (1 m) : 3768,92 / 0,20 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 5,56 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 5,57 % aa (0,18%)
DI - Janeiro 23: 6,37 % aa (0,79%)
DI - Janeiro 25: 6,96 % aa (1,31%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,03% / 103.775 pontos
Dow Jones: -0,09% / 27.336 pontos
Nasdaq: -0,43% / 8.223 pontos
Nikkei: -0,31% / 21.469 pontos
Hang Seng: -0,09% / 28.593 pontos
ASX 200: 0,49% / 6.673 pontos
ABERTURA
DAX: 0,027% / 12434,36 pontos
CAC 40: 0,049% / 5617,14 pontos
FTSE: -0,028% / 7575,06 pontos
Ibov. Fut.: -0,01% / 104269,00 pontos
S&P Fut.: 0,163% / 3011,90 pontos
Nasdaq Fut.: 0,192% / 7958,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,08% / 79,63 ptos
Petróleo WTI: 0,69% / $58,02
Petróleo Brent:0,81% / $64,87
Ouro: -0,34% / $1.401,50
Minério de Ferro: 0,01% / $121,19
Soja: -1,59% / $15,45
Milho: -0,69% / $432,00
Café: -4,32% / $104,10
Açúcar: 0,17% / $12,02