O topo das projeções do mercado financeiro chegou somente a um terço do saldo da criação de postos de trabalho divulgados no CAGED, o que demonstra o tamanho da surpresa que o indicador trouxe.
A criação de vagas temporárias não explica sozinha tal movimento, o qual tem na retomada da atividade econômica e no ciclo de cortes de juros seus maiores motivadores.
O atual governo, talvez pela falta de habito de estar no front, pouco sabe capitalizar tais resultados, que vão desde a inflação em franca descompressão, até os juros prestes a romper níveis historicamente baixos, porém a continuidade dos ganhos da atividade econômica ainda depende em muito de uma enorme boa vontade política.
Deste modo, o curto prazo garante ao menos o recorde de baixa histórico da Selic, porém a melhora mais expressiva dos indicadores evita que o ciclo avance, caso não ocorram as reformas.
Em resumo, com tudo melhorando, só cai para abaixo de 7% se o congresso ajudar.
CENÁRIO POLÍTICO
O retorno do feriado conta com a 47ª edição da operação Lava-Jato, focada agora nas operações da Transpetro, o que deixa os políticos novamente com os nervos à flor da pele, principalmente políticos do PT e PMDB, figuras tradicionais nas operações.
Ainda assim, as articulações políticas continuam, onde os sinais de reforma ministerial agradam ao pressionado Cunha e surtem os aparentes primeiros sinais positivos no sentido das reformas.
Da importância das mesmas os parlamentares estão mais do que cansados de saber, porém a constante necessidade de articulação política demonstra que tudo isso pouco importa à classe política.
A realidade ainda é o fisiologismo e o poder como moeda de troca. Com Maia mais “satisfeito”, os sinais ao mercado podem ser mais positivos e caso seja aprovada a reforma diet light da previdência, os juros aos 6,5% em 2018 se renovam como possibilidade, conforme preconizamos em agosto passado.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva, assim como os futuros em NY, na expectativa pelos detalhes do plano de reforma tributária nos EUA.
Na Ásia, o fechamento foi positivo na sua maioria, seguindo os novos recordes das bolsas americanas.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam com rendimento positivo até 5 anos e negativo dos 10 em diante, ainda reação à aprovação do plano tributário de Trump na câmara dos deputados (deve ainda ir ao senado).
Entre as commodities metálicas a alta é generalizada com o dólar em queda, com tensões geopolíticas em voga.
O petróleo opera com ganhos em ambas as praças, mesmo com a preocupação de Super oferta americana.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2574 / -0,06 %
Euro / Dólar : US$ 1,17 / -0,009%
Dólar / Yen : ¥ 112,49 / -0,115%
Libra / Dólar : US$ 1,32 / 0,008%
Dólar Fut. (1 m) : 3262,50 / -0,63 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 6,91 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 7,84 % aa (-0,88%)
DI - Janeiro 21: 9,31 % aa (-1,06%)
DI - Janeiro 25: 10,47 % aa (-1,13%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,28% / 73.437 pontos
Dow Jones: 0,31% / 23.430 pontos
Nasdaq: 0,12% / 6.791 pontos
Nikkei: 0,70% / 22.416 pontos
Hang Seng: 1,91% / 29.818 pontos
ASX 200: 0,30% / 5.964 pontos
ABERTURA
DAX: 0,440% / 13116,14 pontos
CAC 40: 0,414% / 5362,58 pontos
FTSE: 0,108% / 7397,45 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 73713,00 pontos
S&P Fut.: 0,004% / 2582,20 pontos
Nasdaq Fut.: 0,166% / 6326,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,09% / 86,28 ptos
Petróleo WTI: 0,55% / $56,73
Petróleo Brent:0,90% / $62,78
Ouro: 0,26% / $1.280,30
Minério de Ferro: 0,46% / $61,77
Soja: -0,27% / $18,50
Milho: -0,22% / $344,00
Café: 0,16% / $123,50
Açúcar: -0,13% / $14,73