Ainda que muitos tentem associar o discurso à queda do mercado local, fomos atingidos tanto pela restrição da compra saudita do frango brasileiro, quanto ao fim da reunião para o acordo comercial entre China e EUA.
Daí a reação global negativa, colocando novamente a guerra comercial no centro da realização de lucros mais recente no mercado, após divergências sobre o cumprimento das regras de propriedade intelectual.
Unem-se os temores de líderes globais em Davos sobre uma possível redução no ímpeto da atividade econômica, temos a explicação correta para a reação do mercado ontem.
Um ponto importante do dia foi a menção, considerada até atípica de Ilan Goldfajn sobre política monetária estimulativa, que levou à uma declaração oficial do Banco Central.
Ainda assim, o resumo da fala do atual presidente do BC é que estamos em meio aos juros que devem ser suficientes para estimular a economia, porém caso isso não ocorra, novos estímulos podem ocorrer.
O mercado de juros futuros reagiu fortemente à declaração com o fechamento das curvas, porém o que Ilan mencionou não se difere da comunicação recente da autoridade monetária, portanto, sem surpresas.
Neste sentido, a leitura do IPCA-15 ganha hoje especial atenção e ainda que supere a medida anterior, deve continua sinalizando controle considerável dos preços e espaço futuro para estímulos.
Atenção aos resultados de P&G, Abbott, Texas, Ford e Motorola.
CENÁRIO POLÍTICO
De acusações de um discurso ‘minúsculo’, fraco, para análises de simplista, Bolsonaro foi sucinto, direto e objetivo, se assemelhando em muito ao seu padrão de declarações.
O encontro promovido entre investidores teve maior impacto naqueles que buscavam no presidente maiores informações sobre a questão ambiental, a aceitação por reformas e quando seriam colocadas em pauta.
O jornal El País, destacou na versão espanhola o ponto de vista positivo dos investidores, porém na versão brasileira, reiterou o que julgou o discurso 'fraco' de Bolsonaro.
Segundo General Heleno, o presidente indicou as primeiras semanas do novo congresso como a data para apresentar a proposta.
A coletiva de Guedes hoje, aliada à entrevista mais incisiva de Bolsonaro hoje na Bloomberg, são as mensagens que importam.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é sem rumo e os futuros NY abrem em positivos, com incertezas na guerra comercial.
Na Ásia, o fechamento foi misto, também pelo cancelamento da reunião China/EUA.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos na em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, alta, com destaque ao ouro.
O petróleo abre em queda, com perspectiva de crescimento global baixo.
O índice VIX de volatilidade abre em queda de 2%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,8049 / 1,17 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / 0,000%
Dólar / Yen : ¥ 109,64 / 0,247%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / 0,247%
Dólar Fut. (1 m) : 3784,35 / 0,62 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,47 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 7,23 % aa (-1,50%)
DI - Janeiro 22: 7,85 % aa (-2,00%)
DI - Janeiro 25: 8,86 % aa (-0,67%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,94% / 95.103 pontos
Dow Jones: -1,22% / 24.404 pontos
Nasdaq: -1,91% / 7.020 pontos
Nikkei: -0,14% / 20.594 pontos
Hang Seng: 0,01% / 27.008 pontos
ASX 200: -0,26% / 5.844 pontos
ABERTURA
DAX: -0,243% / 11063,19 pontos
CAC 40: -0,036% / 4845,77 pontos
FTSE: -0,383% / 6874,97 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 95221,00 pontos
S&P Fut.: 0,152% / 2635,90 pontos
Nasdaq Fut.: 0,192% / 6665,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,43% / 80,44 ptos
Petróleo WTI: -0,25% / $52,88
Petróleo Brent:-0,34% / $61,29
Ouro: 0,02% / $1.285,49
Minério de Ferro: -0,80% / $74,55
Soja: -0,30% / $16,51
Milho: 0,26% / $380,00
Café: -0,24% / $103,20
Açúcar: -0,08% / $12,92