Mercados Globais
Mercados globais estão em queda generalizada. Na Europa, mercados ficaram (parcialmente) preocupados com ata da reunião do Banco Central Europeu, que demonstrou preocupações com a inflação e com o câmbio. Em relação ao câmbio, dirigentes divulgaram em documento: “A apreciação do euro pode ser vista, em parte, como reflexo das mudanças nos fundamentos na zona do euro em comparação com o resto do mundo, mas foram expressados temores com o risco do câmbio disparar no futuro”.
Nos EUA, além dos indicadores econômicos, os investidores devem reagir aos balanços trimestrais de empresas. O Walmart apresentou lucro líquido de US$ 2,9 bilhões ante US$ 3,77 bilhões. O maior grupo varejista do mundo tem suas ações em queda de quase 3% no pré-mercado. A produção industrial registrou alta de 0,2% em julho após uma alta de 0,4% em junho, com forte contribuição do setor de utilidades (+1,6%). A capacidade de utilização permaneceu em 76.7 %. Já o índice de atividade industrial do Fed teve uma alta modesta, sendo esta a décima terceira alta consecutiva. Veja abaixo:
Há dois discursos de dirigentes do Fed programados para o dia, que devem ser acompanhados com cautela. Discursos ocorrem após a ata do FOMC, divulgada ontem, esta que “falhou” em dar mais detalhes sobre o início do tapering aos agentes econômicos, causando um descontentamento em Wall Street.
No âmbito das commodities, o minério de ferro subiu em 5,7%, auxiliado pelo fortalecimento do mercado de aço. Já o petróleo WTI cai para US$ 46,55 (-0,51%), enfraquecido pelo aumento da oferta americana de petróleo bruto.
Brasil
No Brasil, mercado abre em baixa, digerindo o IBC-BR e se alinhando ao pessimismo nos mercados globais. Tivemos o índice de atividade econômica do Banco Central, com variação positiva de 0,5% no mês e 0,66% na comparação com o mesmo período do ano anterior. O crescimento do IBC-BR para 134,77 pontos foi sustentável mas ainda não deve sinalizar a desejada atividade econômica que indique uma saída da crise. O movimento do DI para 2021 (+0,75%) corrobora a percepção de atividade econômica ainda fraca. Veja o indicador abaixo:
Ainda tivemos a PNAD contínua, divulgada pelo IBGE. No segundo trimestre de 2017, a taxa de desemprego foi estimada em 13,0% e apresentando retração em todas as regiões (com exceção do Nordeste, que permaneceu estável). Assim, a região Nordeste (15,8%) do país continua tendo a maior taxa de desemprego, enquanto a região Sul (8,4%) possui a menor. O rendimento médio dos trabalhadores permaneceu estável, em R$ 2.104, apesar da leve queda no trimestre.