CENÁRIO ECONÔMICO & MERCADOS
Após viajar para o debate junto à uma assessora infectada pelo COVID-19, o presidente americano Donald Trump confirmou que ele e sua esposa, Melania, foram contaminados, somando mais um líder mundial afetado pela doença.
Os mercados reagem negativamente neste momento à notícia, adicionada à possibilidade de não aprovação no Senado americano do pacote de estímulos de US$ 2,2 trilhões aprovado pela Câmara dos Representantes e a possibilidade de um acordo entre Pelosi e Mnuchin parece distante.
Neste contexto, as atenções podem se desfocar de uma agenda substancial de indicadores, que incluem a produção industrial no Brasil, a inflação em São Paulo que superou o topo das projeções do mercado em setembro e o mais aguardado da semana, os dados do mercado de trabalho nos EUA através do Payroll.
Localmente, algumas notícias podem ser encaradas positivamente no âmbito político, que mais uma vez afetam o âmbito econômico.
Num evento do JPMorgan, o presidente do BC, Campos Neto se alinhou à equipe econômica ao citar uma possível elevação de juros, caso o teto dos gastos ser rompido, por conta do renda Brasil.
Neste momento, este alinhamento é importante para forçar a classe política buscar fontes mais claras e menos mirabolantes de receita (puxadinhos), ao invés de buscar a solução fácil e muitas vezes, de elevado custo fiscal.
O presidente Bolsonaro em sua live semanal reiterou total apoio à agenda econômica de Paulo Guedes e ao ministro em si, retirando o peso que se colocou nas costas da equipe econômica nas últimas semanas, dadas as soluções inviáveis criadas pela ala política do governo.
A solução deve necessariamente passar pela criação de um novo imposto, o que obviamente acaba por transferir para depois das eleições municipais quaisquer discussões da reforma tributária ou de uma agenda mais complexa de votações no Congresso.
Outro ponto importante foi a aprovação pelo STF da venda de refinarias sem o aval do Congresso, gerando importante precedente para os futuros processos de privatização, até mesmo de concessões e parcerias público privadas.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com Trump contaminado por COVID-19.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, após infecção do presidente americano.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas generalizadas, destaque à prata
O petróleo abriu em queda em Londres e Nova York, com temores de redução de demanda global.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 9,63%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,648 / 0,67 %
Euro / Dólar : US$ 1,17 / -0,264%
Dólar / Yen : ¥ 105,15 / -0,351%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / 0,171%
Dólar Fut. (1 m) : 5649,03 / 0,31 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 3,87 % aa (-2,52%)
DI - Janeiro 23: 4,61 % aa (2,22%)
DI - Janeiro 25: 6,53 % aa (0,46%)
DI - Janeiro 27: 7,50 % aa (0,27%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,9250% / 95.479 pontos
Dow Jones: 0,1267% / 27.817 pontos
Nasdaq: 1,4238% / 11.327 pontos
Nikkei: -0,67% / 23.030 pontos
Hang Seng: 0,79% / 23.459 pontos
ASX 200: -1,39% / 5.792 pontos
ABERTURA
DAX: -0,933% / 12611,98 pontos
CAC 40: -0,786% / 4786,13 pontos
FTSE: -1,034% / 5818,66 pontos
Ibov. Fut.: 0,88% / 95423,00 pontos
S&P Fut.: -1,057% / 3304,70 pontos
Nasdaq Fut.: -2,238% / 11352,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -1,12% / 69,46 ptos
Petróleo WTI: -4,13% / $37,09
Petróleo Brent: -3,84% / $39,12
Ouro: 0,08% / $1.908,82
Minério de Ferro: 2,79% / ¥ $121,43
Soja: -0,83% / $1.016,25
Milho: -0,98% / $379,50
Café: -1,07% / $105,85
Açúcar: -1,62% / $13,39