Com zero surpresa, Trump se recusa a aceitar o resultado das eleições e insita seus seguidores a acompanha-lo.
Parte dos republicanos tem reclamado de diversas situações como: a impossibilidade de auditores acompanharem a votação em diversas localidades; de democratas assumindo o controle de locais de votação, aceitando urnas atrasadas e fora do prazo; a soma de eleitores em diversas localidades superarem a população; entre outros pontos.
Eis que uma marca importante do governo Trump se descortina nesta situação, onde mesmo que soasse ter razão no conteúdo de suas acusações, a forma como age traz a si a vilania da situação.
Ou seja, mesmo certo, acaba por parecer errado e pode atrapalhar o bom desempenho que os senadores e governadores, o que desagrada aos republicanos.
Tal inflamação dos ânimos, principalmente ao saber como parte de seus seguidores age é perigosa em diversos aspectos, mais ainda se considerarmos que a votação neste pleito foi de participação recorde e inclusive o desempenho de Trump foi invejável, ao receber até este momento 6,6 milhões de votos a mais do que na última eleição, superando até o desempenho de Hillary Clinton em 3,8 milhões de votos.
Para o mercado, a incerteza obviamente tem seu peso, porém após 4 dias de desempenho invejável das bolsas de valores globais em meio à uma eleição confusa e indefinida, muito provavelmente a realização de lucros de hoje será atribuída pela mídia ao nada surpreendente movimento de Trump.
Ainda assim, o dia é repleto de dados de enorme relevância aqui e no exterior, com destaque ao Payroll, com os dados de trabalho consolidados da economia americana e localmente, IGP-DI e IPCA, ambos indicadores com sensível pressão inflacionária.
Tal pressão é dada como passageira pela autoridade monetária nas suas comunicações mais recentes, porém a ainda constante desvalorização cambial e melhora dos indicadores de atividade econômica converte tal pressão em algo mais perene do que o COPOM gostaria de admitir.
Deste modo, as atenções no Brasil continuam focadas na inflação de bens primariamente, podendo avançar para a inflação causada pela questão fiscal em um segundo momento e obviamente pelo completo desinteresse do Congresso em avançar com as pautas devido às eleições municipais.
Sem reformas, somos perigosamente suscetíveis ao pior do que pode acontecer no caso de qualquer crise se agravar no mundo como a atual.
Balanço Corporativos de Hoje:
Global: Allianz (DE:ALVG), Toyota, NTT, CVS Health, Honda, Marriott, Hershey, Namco Bandai, Kirin, Sumitomo, AES, Isuzu
Local: M. Dias Branco (SA:MDIA3), SLC Agrícola (SA:SLCE3)
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com a indefinição do pleito nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, seguindo o fechamento ocidental.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam sem rumo em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, com destaque ao cobre.
O petróleo abriu em queda em Londres e Nova York com COVID-19 em alta.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 5,66%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,5397 / -2,22 %
Euro / Dólar : US$ 1,19 / 0,144%
Dólar / Yen : ¥ 103,41 / -0,048%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / -0,175%
Dólar Fut. (1 m) : 5567,55 / -1,66 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 4,31 % aa (-2,93%)
DI - Janeiro 23: 5,03 % aa (-0,59%)
DI - Janeiro 25: 6,66 % aa (-1,48%)
DI - Janeiro 27: 7,42 % aa (-1,72%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 2,9475% / 100.751 pontos
Dow Jones: 1,9482% / 28.390 pontos
Nasdaq: 2,5895% / 11.891 pontos
Nikkei: 0,91% / 24.325 pontos
Hang Seng: 0,07% / 25.713 pontos
ASX 200: 0,82% / 6.190 pontos
ABERTURA
DAX: -1,301% / 12404,53 pontos
CAC 40: -1,214% / 4923,47 pontos
FTSE: -0,640% / 5868,39 pontos
Ibov. Fut.: 2,95% / 100828,00 pontos
S&P Fut.: 2,035% / 3466,70 pontos
Nasdaq Fut.: -1,219% / 11897,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,20% / 73,05 ptos
Petróleo WTI: -1,60% / $37,80
Petróleo Brent: -1,34% / $40,14
Ouro: -0,06% / $1.947,34
Minério de Ferro: 0,77% / ¥ $116,92
Soja: 0,25% / $1.104,50
Milho: 0,37% / $409,25
Café: 0,05% / $106,15
Açúcar: -0,90% / $14,34