ÁSIA: As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta quarta-feira, à medida que os investidores regionais estavam de olho nos fortes sinais econômicos fora dos EUA e China como impulsionadores do crescimento, mas analistas alertaram que os principais riscos permanecem, como o ressurgimento de casos de COVID-19 em alguns países da Ásia, preocupações com a inflação global e as políticas da China para conter infecções.
A Nova Zelândia elevou sua taxa de juros em mais 50 pontos-base para 3%, o mais recente de uma série de aumentos nas taxas de juros em um esforço para conter a inflação, enquanto no Japão, os números de exportação ficaram melhores do que o esperado e os salários dos australianos subiram.
Na China continental, o Shanghai Composite fechou em alta de 0,45%, em 3.292,53 pontos e o Shenzhen Component terminou positivo em 1,01%, em 12.595,46 pontos.
O índice Hang Seng de Hong Kong fechou 0,46% maior, em 19.922,45 pontos. As ações da gigante chinesa de entrega de alimentos Meituan subiram 3,34%, sustentando uma recuperação frente à queda de 9% na terça-feira, na sequência de um relatório de que a Tencent planeja vender a maior parte de sua participação de US$ 24 bilhões na empresa.
O Nikkei do Japão subiu 1,23%, para 28.868,91 pontos, depois que o país registrou crescimento das exportações de 19% em julho, em comparação com um ano atrás. O crescimento superou os 18,2% esperados por analistas, impulsionado por uma forte recuperação nas exportações de automóveis.
O S&P/ASX 200 na Austrália subiu 0,31%, fechando em 7.105,40 pontos, terceiro dia consecutivo de alta, registrando uma nova alta de 10 semanas. Destaque de alta para ações de bancos, altamente ponderado. A queda dos preços globais do petróleo continuou a arrastar para baixo produtores de energia como Santos, que caiu 2,40%, apesar de registrar um enorme aumento no lucro semestral, enquanto Woodside caiu 0,2%. Após forte alta no dia de ontem, após anunciar lucros robustos e dividendos recordes, a BHP fechou em alta de apenas 0,2%. A Rio Tinto (LON:RIO) subiu 1,1% e Fortescue Metals (ASX:FMG) caiu 1,1%.
O Índice de Liderança do Instituto Westpac-Melbourne da Austrália, que mede a direção da economia, subiu para 0,63% em julho, ante 0,48% em junho. A taxa de crescimento anualizada de seis meses manteve-se praticamente estável nos últimos três meses, apoiada por um mercado de trabalho forte e balanços sólidos das famílias. O Westpac disse que espera que o crescimento dos gastos agora diminua “sob o peso do aumento das taxas de juros e da alta inflação, que já estão minando a confiança”. O economista-chefe do Westpac, Bill Evans, disse que é importante o Reserve Bank of Australia “continuar a aumentar a taxa de juros em todas as reuniões pelo restante de 2022” até fevereiro de 2023. A próxima decisão de política monetária do banco central está prevista para 6 de setembro. O crescimento anual dos salários da Austrália subiu pelo terceiro trimestre consecutivo de 2,4% para 2,6%, de acordo com os dados mais recentes do Australian Bureau of Statistics. Esse número foi o mais forte desde 2014 e superou as taxas da era pré-pandemia, segundo a Capital Economics.
Após um início positivo, o Kospi da Coreia do Sul caiu 0,67%, fechando em 2.516,47 pontos, provavelmente devido a alguma realização de lucros entre as principais ações. Destaque para a queda de 3,8% da Hyundai Motor, enquanto Kia caiu 4,02% e Seah Steel Holdings fechou em queda de 2,75%.
O índice MSCI para a Ásia-Pacífico exceto Japão foi 0,43% maior.
EUROPA: Os mercados europeus recuaram nesta quarta-feira após rali visto em Wall Street.
O Stoxx 600 cai 0,43% no final da manhã, após o índice pan-europeu encerrar o dia em alta de 0,2% na terça-feira.
O alemão DAX 30 cai 0,95%, o francês CAC 40 cai 0,45% e o FTSE MIB da Itália recua 0,11%.
Na Península Ibérica, o IBEX 35 da Espanha cai 0,56% e o português PSI 20 avança 0,04%.
Em Londres, o FTSE 100 cai 0,39%. Entre as mineradoras, Anglo American (LON:AAL) cai 2,9%, Antofagasta (LON:ANTO) cai 3,1%, enquanto as gigantes BHP e Rio Tinto perdem 1,4% e 1,8%, respectivamente. A produtora de petróleo British Petroleum avança 0,7%.
A inflação do Reino Unido subiu para outra alta de 40 anos em julho, com a espiral dos preços de alimentos e energia continuando a intensificar o aperto histórico sobre as famílias. O índice de preços ao consumidor subiu 10,1% ao ano, acima de uma previsão de 9,8% e acima de 9,4% em junho. O núcleo de inflação, que exclui energia, alimentos, álcool e tabaco, ficou em 6,2% no ano, ultrapassando os 5,8% de junho e acima das projeções de 5,9%. O aumento dos preços dos alimentos acelerou as taxas de inflação anuais entre junho e julho, disse o ONS em seu relatório.
EUA: Os futuros dos índices de ações negociam em queda nesta manhã de quarta-feira, recuando das altas recentes, enquanto os rendimentos dos Títulos do Tesouro dos EUA subiam com a demanda mais fraca por ativos de renda fixa, enquanto os investidores aguardam a divulgação da ata da reunião de julho do Federal Reserve.
O rendimento do título do Tesouro de 10 anos subia pouco mais de 4 pontos base para 2,865%, enquanto o rendimento da nota do Tesouro de 2 anos, de curto prazo, também subia cerca de 4 pontos base para 3,297%, mantendo a curva de 2 e 10 anos invertida, um sinal visto por muitos como uma recessão iminente. O rendimento do título do Tesouro de 30 anos subia 2 pontos base para 3,135%. Os rendimentos movem-se inversamente aos preços e um ponto base é igual a 0,01%.
O aumento nos rendimentos é uma mudança em relação à queda observada no início da semana em meio à uma pesquisa de manufatura da Costa Leste dos EUA enfraquecida e relatórios de desaceleração do crescimento na China. Os mercados agora parecem antecipar que o FED afrouxará seu ciclo de aperto com notícias de inflação um pouco melhores nos EUA, já que o aumento nos preços ao consumidor desacelerou no mês passado, mas ainda não está claro se o FED manterá o mesmo sentimento.
Nas negociações regulares de terça-feira, o Dow encerrou o dia em alta de 0,7%, em 34.152,01 pontos e o S&P subiu 0,19%, em 4.305,20 pontos. O Nasdaq Composite caiu 0,19%, fechando em 13.102,55 pontos.
Os varejistas foram destaque de alta nos mercados americanos, em grande parte devido aos fortes resultados trimestrais do Walmart (NYSE:WMT) e Home Depot, que lideraram os ganhos no Dow ontem e puxaram outros pares como Target, Best Buy e Bath & Body Works com eles.
O Dow registrou seu quinto dia consecutivo de ganhos. Enquanto isso, o S&P 500 está em sua quinta semana consecutiva, à medida que os investidores continuam avaliando quanto de força esse rali ainda tem. O índice já subiu 18% em relação às mínimas de junho.
Os dados divulgados na terça-feira mostraram um declínio de 9,6% no início de construção de casas a partir de junho, bem acima da queda esperada de 2,5%, conforme previsto pelos economistas consultados pela Dow Jones. As licenças de construção caíram 1,3%, mas superaram as estimativas. As construtoras relataram um enfraquecimento da demanda desde junho, com os temores de uma recessão imobiliária nos EUA aumentando. Segundo especialista do setor, a "política monetária mais rígida do Federal Reserve e os custos de construção persistentemente elevados estão provocando uma recessão imobiliária”.
Os investidores estão atentos à ata da reunião do FED que aconteceu de 26 e 27 de julho, quando o FOMC decidiu aumentar a meta para a taxa dos fundos federais de 1,5 a 1,75% para 2,25 a 2,5%, que será divulgado às 15h00.
Ainda na agenda econômica de quarta-feira, está prevista a divulgação de dados sobre vendas no varejo dos EUA às 9h30, estoques de empresas às 11h00 e estoques de petróleo dos EUA às 11h30.
A Lowe´s reportou lucros ajustados fiscais no segundo trimestre que superaram as previsões dos analistas nesta quarta-feira, mas as vendas totais surpreendentemente diminuíram. As ações sobem 2,8% no "pre-market". As ações caíram 17,2% este ano. O relatório de Lowe´s segue os ganhos da Home Depot, a maior varejista de bens domésticos, que ontem reportou ganhos e receitas que superaram a previsão e reafirmaram seu "guidance" para 2022. As ações da Home Depot subiram mais de 4% na terça-feira.
CRIPTOMOEDAS: O Bitcoin e outras criptomoedas operam em queda nesta quarta-feira, após a maior moeda não conseguir ultrapassar a marca dos US $ 25.000 no fim de semana.
A maior moeda digital é negociada abaixo de US $ 24.000, enquanto o Ethereum que chegou a subir acima de US $ 2.000 no início da semana por conta da especulação sobre a atualização prevista para meados de setembro, opera abaixo de US$ 1.900 nesta quarta-feira.
Bitcoin: -0,92%, em US $ 23.788,80
Ethereum: -0,57%, em US $ 1.878,20
Cardano: -2,25%
Solana: -1,99%
Dogecoin: -1,84%
Terra Classic: -0,54%
ÍNDICES FUTUROS - 7h45:
Dow: -0,56%
SP500: -0,70%
NASDAQ: -0,77%
COMMODITIES:
MinFe Dailan: -4,34%
Brent: -0,31%
WTI: -0,03%
Soja: +0,41%
Ouro: -0,21%
OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.