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Mercados põem à prova ‘efeito janeiro’

Publicado 03.01.2024, 07:57
Atualizado 10.01.2024, 08:22

O Ibovespa começou 2024 com o pé esquerdo. Depois de encerrar o ano passado com alta de mais de 20%, o principal índice acionário da bolsa brasileira fechou em queda de mais de 1% no primeiro pregão do ano-novo, queimando dois degraus e voltando à marca dos 132 mil pontos.

O desempenho aqui ficou no meio do caminho em relação ao observado em Nova York, onde o S&P 500 e o Nasdaq lideraram as perdas. Nesta manhã, o sinal negativo prevalece no mercado futuro nos Estados Unidos, indicando que os índices acionários podem ter dificuldades para cravar a primeira sessão de ganhos de 2024.

Esse início negativo das bolsas aqui e lá fora põe em xeque o chamado “Efeito Janeiro” nos mercados globais. O termo é famoso em Wall Street e se refere à mística de que os ativos se valorizam no primeiro mês de cada ano. A ideia é que os investidores se desfazem de posições perdedoras ao final do ano anterior e assumem maior exposição ao risco.

Porém, olhando a série histórica, esse efeito janeiro parece ser realmente um mito. Desde o início dos anos 2000, o Ibovespa encerrou o mês no vermelho em 14 ocasiões, enquanto o S&P 500 teve 13 resultados negativos. Além disso, diante do “rali de tudo” nos últimos dois meses de 2023, há poucos ajustes a serem feitos, com os preços já bastante esticados.

Agenda calibra janeiro

Agora, resta apenas esperar a confirmação do cenário projetado pelo mercado, de cortes nos juros pelo Federal Reserve em breve, talvez já neste primeiro trimestre. Se confirmado, abre-se espaço para uma taxa Selic de apenas um dígito ao final do ciclo de queda, com o dólar podendo testar a faixa de R$ 4,00.

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A ata da reunião de dezembro do Fed, que sai na tarde (16h) desta quarta-feira (3), tende a calibrar as apostas sobre o momento exato do início dos cortes na taxa dos Estados Unidos. Por ora, março está com pouco mais de 70% de chance de recuo de 0,25 ponto porcentual (pp), que seria seguido de uma nova queda de mesma magnitude em maio.

Vale lembrar que no último encontro de 2023, o presidente do Fed, Jerome Powell, surpreendeu com uma “virada suave” (dovish), abrindo o debate no mercado sobre quantos cortes nos juros dos EUA haverá ao longo de 2024. Assim, um tom dovish do documento reforça a expectativa de março, enquanto uma mensagem mais dura (hawkish) desloca a aposta para o segundo trimestre.

Nos próximos dias, a agenda econômica norte-americana pode trazer pistas adicionais. Amanhã (4) e sexta-feira (5) saem os números sobre o emprego no setor privado dos EUA e os dados oficiais sobre a folha de pagamentos (payroll), respectivamente. Hoje, é a vez do relatório Jolts (12h) sobre a abertura de postos de trabalho.

Por aqui, a produção industrial em novembro (sexta-feira) junta-se aos dados de atividade ao redor do mundo já conhecidos nesta semana e aos índices sobre os setores da indústria e de serviços nos EUA, a partir de quinta-feira (4). Neste dia, tem também o índice de preços ao produtor brasileiro (IPP) em novembro.

China em 4722

Mas o que chamou a atenção foram os resultados contrastantes sobre a indústria na China, que deram a largada do ano. Enquanto o índice calculado pelo Caixin/S&P Global registrou o segundo mês consecutivo de expansão em dezembro, indo a 50,8, o número oficial seguiu em território de contração e atingiu o menor nível em seis meses, a 49,0.

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Essa diferença se dá porque a metodologia do índice privado abrange um maior número de pequenas e médias empresas. Já o indicador do governo chinês representa um número maior de grandes empresas e conglomerados estatais. Portanto, os números antagônicos mostram que os estímulos localizados de Pequim estão surtindo efeito na atividade.

Mas os investidores seguem desconfiados com o gigante emergente. Tanto que o mercado acionário chinês encerrou 2023 com o pior desempenho no mundo, com os índices CSI 300 e Hang Seng, de Hong Kong, caindo 10%, cada. Talvez lá - e só lá - o “Efeito Janeiro” faça sentido. Afinal, mais alguém acredita que o dragão chinês virou mesmo lagartixa?

Aliás, o ano novo na China só começa em fevereiro, quando o país celebra a chegada do ano 4.722, que será regido pelas forças do Dragão de Madeira. Na astrologia oriental chinesa, este animal mitológico traz consigo sorte e exuberância, com grande disposição para realizar o impossível - quem sabe, até, um rali em janeiro.

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Texto muito claro e objetivo. Apresenta informações importantes fazendo conexões com temas atuais e da sociedade. Gostei.
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