Mercados Sofrem Após Pior Dia de Wall Street Desde Junho. Euro em Baixa de 20 anos

ÁSIA: Os mercados asiáticos negociaram em baixa nesta terça-feira, depois que os principais índices de Wall Street encerraram seu pior dia desde junho, em meio à especulações sobre outro aumento da taxa de juros por parte do Federal Reserve dos EUA.

O índice Hang Seng de Hong Kong caiu 0,98%, em 19.465,00 pontos. As ações da Tencent caíram 0,45% depois que a empresa comunicou à bolsa de Hong Kong, que havia recomprado 12,6 milhões de ações até agora, o que representa 0,13% do capital social da empresa. O movimento ocorre depois que a gigante de tecnologia chinesa registrou seu primeiro declínio trimestral de receita na semana passada devido à regulamentações mais rígidas em torno de jogos no país.

Na China continental, o Shanghai Composite caiu 0,05%, fechando em 3.276,22 pontos e o Shenzhen Component caiu 0,41%, em 12.455,15 pontos.

O Nikkei do Japão caiu 1,19%, para 28.452,75 pontos. As ações das companhias aéreas no Japão subiram após um relatório dizendo que o governo está considerando parar com os teste Covid antes da chegada para viajantes vacinados dentro de algumas semanas e que o governo também está pensando em aumentar o limite de número de passageiros que chegam ao país, atualmente limitado a 20.000 turistas por dia. A Japan Airlines subiu 3,4% pela manhã, enquanto a ANA Holdings foi 1,97% maior.

O crescimento da atividade manufatureira do Japão desacelerou para a mínima de 19 meses, à medida que os novos pedidos continuam caindo. O PMI Flash de manufatura do au Jibun Bank caiu para 51,0 em agosto, abaixo de 52,1 registrado em julho. Os fabricantes relataram uma segunda contração sucessiva nos níveis de produção, a mais acentuada em 11 meses, enquanto os novos pedidos caíram para o ritmo mais acentuado desde setembro de 2020. O PMI Flash de serviços do au Jibun Bank caiu para 49,2 em agosto, ante 50,3 em julho, contraindo pela primeira vez desde março. A marca de 50 pontos separa crescimento de contração.

O Kospi da Coreia do Sul caiu 1,1%, a 2.435,34 pontos.

Na Austrália, o S&P/ASX 200 caiu 1,21%, para 6.961,80 pontos, com todos os setores no vermelho, exceto energia e os serviços públicos. Woodside Energy e Santos fecharam em alta de 2,3% cada. Entre as mineradoras, BHP avançou 0,4%, mas Fortescue Metals (ASX:FMG) e Rio Tinto (LON:RIO) recuaram 0,6% cada.

O mercado global de chips provavelmente crescerá de forma mais lenta do que o esperado neste ano e em 2023, de acordo com estimativas do World Semiconductor Trade Statistics. A organização rebaixou suas previsões de 16,3% para 13,9% em 2022 e de 5,1% para 4,6% em 2023. A Taiwan Semiconductor Manufacturing Company fechou em queda de 1,18% e a United Microelectronics Corporation caiu 2,15%. Na Coreia do Sul, a Samsung (KS:005930) Electronics caiu 1,5% e a SK Hynix caiu 1%.

O índice de preços ao consumidor de Cingapura subiu para 7% em relação ao ano anterior, o nível mais alto em 14 anos, com o aumento dos preços de alimentos, eletricidade e gás. A inflação global deve permanecer elevada “pelos próximos meses”, disse o banco central em comunicado.

EUROPA: Os mercados europeus lutam por uma recuperação ​​na manhã de terça-feira, com investidores digerindo um aumento nos preços do petróleo e novos dados econômicos da zona do euro.

O pan-europeu Euro Stoxx 600 abriu estável e opera com ligeira baixa no final da sessão matinal com as ações de petróleo e gás empurrando o índice de referência para cima, na esteira da valorização dos preços do petróleo, depois que a Arábia Saudita alertou que a Opep+ poderia cortar a produção para lidar com uma recente queda nos futuros do petróleo. Além disso, danos em um importante sistema de oleodutos que transportam petróleo do Cazaquistão através da Rússia para a Europa tiveram seu fornecimento interrompido.

O alemão DAX 30 cai 0,07%, o francês CAC 40 recua 0,10% e o FTSE MIB da Itália avança 0,63%.

Na Península Ibérica, o IBEX 35 da Espanha cai 0,37% e o português PSI 20 perde 0,22%.

Em Londres, o FTSE 100 cai 0,37%. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American (LON:AAL) sobe 2,6%, Antofagasta (LON:ANTO) avança 0,7%, enquanto as gigantes BHP sobem 1,3% e 0,5%, respectivamente. A petrolífera British Petroleum sobe 1%.

Os preços de referência do gás na União Europeia subiram substancialmente depois que a estatal russa Gazprom anunciou que irá suspender o fornecimento de gás pelo gasoduto Nord Stream 1 para a Alemanha por três dias, a partir do dia 31, para serviços de manutenção não programadas, enquanto as ondas de calor pressionam ainda mais o fornecimento de energia.

O euro é negociado em 0,9903 frente ao dólar americano, uma baixa de duas décadas na manhã de terça-feira, com analistas prevendo que a moeda única continuará a sua tendência de baixa. Segundo analistas, existem vários fatores em jogo trabalhando em conjunto com o conflito na Ucrânia e a inflação crescente em ambas as regiões. As previsões ecoam preocupações de que a inflação continuará subindo e que uma recessão na Europa agora é inevitável.

A atividade empresarial da zona do euro contraiu em agosto pelo segundo mês consecutivo após 16 meses de crescimento. O PMI composto da S&P Global caiu de 49,9 em julho para 49,2 em agosto. As pressões de custo de vida afetaram a demanda no setor de serviços, deixando a atividade dentro do território de crescimento em 50,2 em agosto, mas o setor de manufatura permaneceu em queda, com o PMI de manufatura em 49,7. Uma leitura abaixo de 50 indica uma contração.

Embora permaneçam elevados, houve novamente sinais de que as pressões inflacionárias nas empresas passaram do seu pico, com taxas de aumento nos custos de insumos e nos preços de produção diminuindo. Isso deve ajudar a alimentar uma inflação mais lenta dos preços ao consumidor no final do ano, embora pareça que qualquer alívio para a situação da inflação está chegando tarde demais para fornecer qualquer apoio real à demanda. Os dados mais recentes do PMI para a zona do euro ainda apontam para uma economia em contração durante o terceiro trimestre do ano, segundo a S&P Global.

EUA: Os futuros dos índices de ações dos EUA avançam na manhã de terça-feira, depois que os "benchmarks" tiveram seu pior desempenho diário desde junho e o rali de verão em Wall Street desapareceu em meio à preocupações crescentes com o aumento das taxas.

Durante o pregão regular de segunda-feira, o Dow caiu 1,91%, para 33.063,61 pontos, enquanto o S&P caiu 2,14%, para 4.137,99 pontos, o pior dia para ambos os benchmarks desde 28 de junho.

A liquidação de segunda-feira foi ampla, com todos os 11 setores do S&P 500 fechando em baixa, liderados por quedas em tecnologia da informação e ações de consumo discricionário. A queda nas ações de tecnologia também pesou sobre o Nasdaq Composite que caiu 2,55%, fechando em 12.381,57 pontos.

Segundo um analistas, o que está pesando sobre o apetite ao risco agora é o sentimento de que os mercados americanos não podem continuar atraentes enquanto o resto do mundo está "desmoronando".

O FED vem retirando dinheiro do sistema econômico que foi injetado quando a pandemia começou, diminuindo a liquidez no mercado financeiro e espera-se que continue a fazê-lo mesmo que o ritmo de aumentos de juros diminua. Isso significa que os mercados dos EUA podem continuar a sofrer nos próximos meses como resultado do aperto quantitativo do Federal Reserve, segundo analista.

Os movimentos do mercado ocorrem antes dos comentários do presidente do Federal Reserve dos EUA, Jerome Powell, que acontecerão no simpósio econômico anual do banco central em Jackson Hole, na sexta-feira. Espera-se que Powell faça um discurso abordando como o banco central agirá para controlar a inflação. O FED havia indicado anteriormente que continuaria a aumentar as taxas até que a inflação começasse a cair de volta a um nível saudável, embora se pense que o banco central poderá em breve diminuir seu ritmo de aperto.

Os rendimentos dos Títulos do Tesouro dos EUA seguem a sua trajetória de queda nesta terça-feira. A Nota do Tesouro de 10 anos caia cerca de 2 pontos base para 3,01% no fim da madrugada de hoje, mantendo-se acima do nível de 3%. O rendimento do título do Tesouro de curto prazo de 2 anos segue praticamente inalterado, sendo negociado em cerca de 3,33%, mantendo a curva de 2 e 10 anos invertida, um sinal visto por muitos como de uma recessão iminente. A nota de 30 anos caiu 1 ponto-base para 3,23%. Os rendimentos movem-se inversamente aos preços e um ponto base é igual a 0,01%.

A temporada de balanços continua na terça-feira com resultados da Macy’s, Nordstrom e Dick’s Sporting Goods.

Na agenda econômica, o PMI de manufatura e de serviços de agosto será divulgado às 10h15, enquanto a pesquisa do FED de Richmond para agosto e as vendas de novas casas de julho serão relatadas às 11h00.

O presidente do FED de Minneapolis, Neel Kashkari, deve fazer comentários sobre a saúde da maior economia do mundo.

CRIPTOMOEDAS: Após uma forte liquidação vista no fim de semana, os mercados de criptomoedas buscam uma recuperação nesta terça-feira.

A fraqueza no final da semana passada veio em conjunto com uma queda no mercado de ações, que se repetiu na segunda-feira, quando o S&P 500 caiu 2,1% em seu pior dia desde 16 de junho.

O Bitcoin experimenta uma valorização pela primeira vez na semana, afastando-se do nível de US $ 21.000, em direção dos US $ 22.000.

Bitcoin: +0,44%, em US $ 21.375,30
Ethereum: +196%, em US $ 1.603,20
Cardano: +1,14%
Solana: +1,54%
Dogecoin: +1,93%
Terra Classic: +4,35%

ÍNDICES FUTUROS - 7h15:
Dow: +0,16%
SP500: +0,20%
NASDAQ: +0,21%

COMMODITIES:
MinFe Dailan: +2,47%
Brent: +1,45%
WTI: +1,73%
Soja: +0,90%
Ouro: +0,01%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.