Ação escolhida por IA avança neste mês na B3, na contramão da baixa do Ibovespa
Em ritmo de fim de ano, nos despedimos de um período turbulento, volátil, mas ainda assim, colecionando importantes vitórias durante o ano, em especial a reforma da previdência com saldo positivo de quase R$ 900 bi de economia.
O fator político foi preponderante, em especial no Brasil com a troca de governo, aliada à forte volatilidade geopolítica internacional, presente de maneira intensa neste ano.
A guerra comercial EUA-China ganhou contornos caricatos, pois sempre que se julgava a proximidade de uma conclusão, havia um recuo importante, principalmente do presidente Trump em relação ao tema, fortemente ligado à perspectiva eleitoral de 2020.
Trump usou o quanto pode a guerra comercial como tema, ao ponto de deteriorar as perspectivas para o crescimento mundial, levando inclusive a projeções de recessão a partir do próximo ano. Sua retórica foi rechaçada pelo pedido de impeachment na câmara americana, por conta dos eventos com a Ucrânia.
Com isso, a mudança de foco foi o ataque aos democratas, com a certeza de que o processo não vinga no senado e daí o “acordo” com a China na fase-1, que pode ser assinado nos próximos dias.
O contexto internacional não contou somente com a guerra comercial, a qual teve diversos alvos além da China (Brasil inclusive).
O Brexit e a derrota histórica dos trabalhistas no Reino Unido, após a eleição de Boris Johnson também marcou o ano.
Preocupações com a economia europeia, em especial o sistema bancário alemão e o problema fiscal italiano, os investidores fugindo de mercados emergentes após a derrota de Macri na Argentina, levando a uma das mais fortes correções de ativos dos últimos anos completa o ano de modo bastante resumido.
Localmente, o início atribulado e com enormes expectativas do governo Bolsonaro foi marcado por um primeiro trimestre frustrante em diversos pontos, em especial político, ainda que a formação técnica do governo tenha agradado muito ao mercado em diversos pontos, em especial a equipe econômica.
A falta de tração na economia foi combinada com o cenário externo atribulado e a interferência constante dos filhos do presidente na política, o que ameaçou a continuidade da agenda de reformas e trouxe insegurança ao mercado, além da inexperiência de Bolsonaro em lidar como executivo, após décadas no legislativo.
A partir de maio, o congresso assumiu o seu devido papel, relegado às moscas por anos de mensalão e iniciou a aprovação das reformas necessárias ao país e avançou em diversas pautas importantes, sofrendo obviamente diversas resistências de grupos econômicos e políticos.
Este foi o ponto de virada tanto para os ativos, quanto para a economia, que ganhou tração nos últimos trimestres, adicionada pela menor taxa real e nominal da história brasileira.
A agenda econômica positiva, com redução das tensões internacionais e a perspectiva de continuidade das reformas estruturantes traz um alento importante para a economia brasileira e dá força aos indicadores já positivos no fechamento do ano.
Com isso tudo, 2020 promete, ainda que conte com a usual volatilidade.
Atenção hoje aos dados do setor público consolidado no Brasil e nos EUA, balança comercial e mercado imobiliário.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa na sua maioria e os futuros NY abrem em alta, com baixo volume, por conta do feriado de ano novo.
Na Ásia, fechamento misto, também pelo feriado.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao minério de ferro.
O petróleo abre em alta, com perspectiva de maior atividade econômica.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,61%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,0475 / -0,15 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / 0,170%
Dólar / Yen : ¥ 109,13 / 0,266%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / 0,237%
Dólar Fut. (1 m) : 4044,66 / -0,38 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 5,32 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 5,85 % aa (-0,17%)
DI - Janeiro 25: 6,49 % aa (-0,31%)
DI - Janeiro 27: 6,84 % aa (-0,15%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,5710% / 116.534 pontos
Dow Jones: 0,0834% / 28.645 pontos
Nasdaq: -0,1748% / 9.007 pontos
Nikkei: -0,76% / 23.657 pontos
Hang Seng: 0,33% / 28.319 pontos
ASX 200: -0,25% / 6.805 pontos
ABERTURA
DAX: -0,570% / 13261,08 pontos
CAC 40: -0,302% / 6019,17 pontos
FTSE: -0,315% / 7620,80 pontos
Ibov. Fut.: -0,78% / 116938,00 pontos
S&P Fut.: 0,133% / 3241,70 pontos
Nasdaq Fut.: 0,131% / 8788,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,16% / 81,49 ptos
Petróleo WTI: 0,05% / $61,91