Passado o desafio da série de vencimentos nas bolsas americanas, as quais azedaram perdas mundo afora, vem a expectativa com as diversas decisões de política monetária concentradas nesta semana, especialmente o COPOM e o FOMC.
Neste contexto, a espera pelas decisões de suma importância mantém os ativos com liquidez limitada, afinal, a percepção de que BCs podem agir mais firmemente no aperto monetário de forma a combater a inflação continua a permear a mente dos investidores globais, com BoE, BoJ, PBoC, SR, NB e o SNB completando o grupo.
Além disso, uma série de tensões geopolíticas podem se avolumar, com novos ataques russos próximos às instalações nucleares ucranianas e a notícia pela China de que tomaria Taiwan à força, levando à reação dos EUA e o anúncio de Biden de que defenderia a ilha.
Os interesses ali vão muito além de uma questão política, pois quem controlar Taiwan, controla literalmente a produção mundial de microchips e no atual cenário, da contínua eletrificação global e dependência da tecnologia, tal movimento teria impactos semelhantes à crise das hipotecas ou pandemia.
Localmente, o COPOM decide o destino da atual política monetária, onde o consenso ponto para o fim do aperto promovido desde o ano passado e que levou a taxa aos contracionistas 13,75%, com efeitos ainda a serem observados na economia, ou seja, o BC tende a manter a taxa por um período relativamente longo.
O recado, ainda que mal-dado, nas semanas que se passaram sobre o descasamento com as expectativas de corte de juros antes do segundo semestre e as expectativas de inflação de 2024 trouxe certa confusão ao mercado, onde alguns interpretaram como uma elevação adicional de juros de ao menos 25 bp.
Ainda que a porta para a elevação de juros esteja “entreaberta”, a “fresta” parece pequena, em meio à dimensão da atual taxa nominal, sendo inócua uma elevação para ancorar expectativas de inflação ou reduzir o ímpeto da atividade econômica.
Já nos EUA e outros BCs de países desenvolvidos, cresce o desafio da necessidade de controle da inflação, em meio à uma série desafiadora de indicadores econômicos, temores de recessão de agora, dificuldade em reduzir os estímulos.
Não é à toa que o temor de recessão cresce a cada indicador de inflação pesado.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com feriado no Reino Unido e na expectativa pela série de decisões de política monetária na semana.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, apesar da China reduzir o custo de empréstimo de acordos de recompra reversa de 14 dias, preconizando corte de juros esta semana.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceto platina e paládio.
O petróleo cai em Londres e em Nova York, sem rumo concreto em meio às dúvidas sobre recessão, oferta e juros no mundo.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 5,51%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2535 / 0,15 %
Euro / Dólar : US$ 1,00 / -0,409%
Dólar / Yen : ¥ 143,50 / 0,350%
Libra / Dólar : US$ 1,14 / -0,420%
Dólar Fut. (1 m) : 5280,27 / 0,39 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 13,95 % aa (1,36%)
DI - Janeiro 24: 13,23 % aa (0,04%)
DI - Janeiro 26: 11,79 % aa (-0,42%)
DI - Janeiro 27: 11,70 % aa (-0,64%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,6123% / 109.280 pontos
Dow Jones: -0,4502% / 30.822 pontos
Nasdaq: -0,8999% / 11.448 pontos
Nikkei: -1,11% / 27.568 pontos
Hang Seng: -1,04% / 18.566 pontos
ASX 200: -0,28% / 6.720 pontos
ABERTURA
DAX: -0,863% / 12631,36 pontos
CAC 40: -1,510% / 5985,54 pontos
FTSE: -0,623% / 7236,68 pontos
Ibov. Fut.: -0,72% / 110134,00 pontos
S&P Fut.: -0,94% / 3853,5 pontos
Nasdaq Fut.: -1,006% / 11816,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -1,09% / 115,47 ptos
Petróleo WTI: -1,86% / $83,53
Petróleo Brent: -1,55% / $89,93
Ouro: -0,63% / $1.662,90
Minério de Ferro: -0,72% / $97,30
Soja: -0,02% / $1.450,00
Milho: -0,70% / $673,50
Café: -0,50% / $218,05
Açúcar: -1,65% / $17,88