Entre todas as questões que assolam a economia global, como dúvidas quanto a continuidade de programas de alívio quantitativo e estímulo econômico, inflações controladas e recuperações frágeis, um ponto importante chama a atenção.
Existe uma persistência dos investidores em praticamente ignorar o peso de eventos de grandes proporções, como a questão norte coreana, as eleições na Europa, o efeito de furacões, o efeito Trump, entre outros.
Entre os fatores que explicam tal “ignorância” está a própria crise de 2008. Lá atrás, os fatores ocorridos eram obviamente impossíveis de serem amenizados, ou mesmo deixados para trás, além disso, a crise passou por ao menos mais dois rescaldos nos anos seguintes.
Desde então, a reação dos investidores busca fatores cada vez mais concretos, ou seja, uma reação concreta se Kim Jong Un soltar realmente uma bomba. Parte disso é resultado da robotização do mercado, que evita tais movimentos e parte da excessiva liquidez internacional.
O problema é o sistema começar a ignorar problemas reais e tomar decisões somente nos momentos mais derradeiros. Nada particularmente grave aconteceu ainda para testar tal premissa. E que não aconteça.
CENÁRIO POLÍTICO
A semana será agitada, com a nova denúncia contra o presidente Temer sendo enviada ao congresso e a nova “queima de cartuchos” para garantir a sobrevida até o fim do mandato.
O problema é a necessidade de tais cartuchos para a aprovação, por exemplo, de excertos da reforma da previdência e de medidas de estímulo econômico.
Maia contabiliza 200 votos até o momento em favor da previdência e pelas trocas de farpas com o governo, não deve haver grande esforço para incrementar isso.
Mesmo assim, a classe política continua a mesma. Partidos opostos pactuam não agressão na CPI da JBS (SA:JBSS3), PSDB deve relatar a denúncia na câmara e políticos tentam afrouxar controle sobre contas de campanha. Nada de novo no reino da Dinamarca.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa, assim como os futuros em NY, com exceção da Alemanha, reagindo ao resultado da eleição. Na Ásia, o fechamento foi negativo, somente com alta no Nikkei.
O dólar opera em estabilidade contra a maioria das divisas, após abertura negativo, enquanto os Treasuries operam com rendimento negativo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, o minério de ferro continua em queda nos portos chineses e o ouro opera em estabilidade, disputando a preferência com o dólar.
O petróleo abriu em alta em NY e Londres, com produtores indicado tentativa de reequilibrar oferta e demanda.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,125 / -0,42 %
Euro / Dólar : US$ 1,19 / -0,594%
Dólar / Yen : ¥ 112,11 / 0,107%
Libra / Dólar : US$ 1,35 / -0,156%
Dólar Fut. (1 m) : 3129,41 / -0,56 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 7,13 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 7,65 % aa (-0,26%)
DI - Janeiro 21: 8,73 % aa (0,11%)
DI - Janeiro 25: 9,75 % aa (0,31%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,28% / 75.390 pontos
Dow Jones: -0,04% / 22.350 pontos
Nasdaq: 0,07% / 6.427 pontos
Nikkei: 0,50% / 20.398 pontos
Hang Seng: -1,36% / 27.500 pontos
ASX 200: 0,03% / 5.684 pontos
ABERTURA
DAX: 0,232% / 12621,61 pontos
CAC 40: -0,168% / 5272,42 pontos
FTSE: -0,115% / 7302,23 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 75694,00 pontos
S&P Fut.: -0,072% / 2497,60 pontos
Nasdaq Fut.: -0,042% / 5933,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,00% / 84,92 ptos
Petróleo WTI: 0,55% / $50,94
Petróleo Brent:0,91% / $57,38
Ouro: -0,22% / $1.294,49
Minério de Ferro: -0,71% / $71,55
Soja: 1,25% / $18,62
Milho: -0,35% / $352,00
Café: -1,23% / $132,10
Açúcar: 0,86% / $13,96