25 ou 50 bp, este foi o sinal do COPOM para a próxima reunião, sem explicitar um possível movimento seguinte na taxa e a depender obviamente da movimentação dos indicadores econômicos, especialmente de inflação até lá.
Não foi o fim do ciclo conforme preconizamos, porém o sinal do mesmo deve ocorrer na ata, quando o Bacen explicita com maior precisão as premissas citadas no comunicado, ao mesmo tempo que, a depender dos dados até então divulgados, ainda não descartamos que este possa ser o fim real do aperto.
A premissa de que o alvo é a inflação de 2023 leva em consideração a redução do ICMS e os impactos nas medidas inerciais para o próximo ano e mantém a premissa de que uma elevação do custo marginal tem efeito limitado na inflação anualizada.
Esta medida do IPCA é onde consideramos que o COPOM prenunciou o fim do ciclo e agora, se prepara para manter a taxa até quando julgar necessário, em meio aos efeitos da defasagem das decisões anteriores, da percepção de menor inflação e dos desafios globais na pressão de preços.
Além disso, a Petrobrás deve continuar a repassar a defasagem do preço dos combustíveis aos consumidores, dentro das políticas adotadas pelo conselho da empresa, algo que deve ocorrer em breve, em meio à reunião extraordinária de ontem, sob protestos do presidente Bolsonaro.
Nos EUA, conforme citamos anteriormente, a decisão de elevar em 75 bp os juros traria reações negativas de curtíssimo prazo, mas que poderiam ser entendidas como positivas no futuro, ao se entender que há pelo Fed um empenho em combater a inflação.
A maior inflação em 40 anos, recebendo como resposta a maior elevação de juros em 30 anos não foi exatamente lida da mesma maneira pelo mercado, afinal, durante a entrevista do FOMC, Powell não confirmou o ritmo de 75 bp e disse que pode oscilar em taxas inferiores, deixando as premissas do aperto no mínimo confusas.
Resta agora a atenção, tanto aqui quanto no exterior, cada vez mais a leitura dos indicadores econômicos, em especial os de inflação e principalmente, acompanhar o desenrolar dos eventos catalisadores das pressões de preços atuais, notadamente a questão russo/ucraniana e os lockdowns chineses.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, ainda assim, deve fechar na pior semana desde março.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, com bolsas chinesas em alta e após a decisão do BoJ de manter novamente os juros inalterados.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque ao minério de ferro.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York devido a preocupações com a demanda e novas sanções ao Irã.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -2,52%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,0569 / -1,17 %
Euro / Dólar : US$ 1,05 / -0,351%
Dólar / Yen : ¥ 134,74 / 1,868%
Libra / Dólar : US$ 1,23 / -0,559%
Dólar Fut. (1 m) : 5086,85 / -1,54 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 13,71 % aa (0,92%)
DI - Janeiro 24: 13,44 % aa (-1,68%)
DI - Janeiro 26: 12,64 % aa (-2,66%)
DI - Janeiro 27: 12,67 % aa (-2,61%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,7285% / 102.807 pontos
Dow Jones: -2,4177% / 29.927 pontos
Nasdaq: -4,0818% / 10.646 pontos
Nikkei: -1,77% / 25.963 pontos
Hang Seng: 1,10% / 21.075 pontos
ABERTURA
DAX: 1,015% / 13170,79 pontos
CAC 40: 1,220% / 5958,02 pontos
FTSE: 0,831% / 7103,51 pontos
Ibov. Fut.: 0,89% / 104971,00 pontos
S&P Fut.: 0,87% / 3700,25 pontos
Nasdaq Fut.: 0,858% / 11251,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,39% / 130,83 ptos
Petróleo WTI: 0,67% / $118,38
Petróleo Brent: 0,92% / $120,91
Ouro: -0,44% / $1.846,77
Minério de Ferro: -6,35% / $119,90
Soja: 0,54% / $1.717,50
Milho: 0,89% / $794,75
Café: 1,01% / $233,50
Açúcar: 1,88% / $18,90