Um tweet ontem à noite da Yuan Talks revelou que o presidente Xi Jiping conclamou a uma conclusão antecipada das negociações com os EUA no acordo comercial, após Trump indicar que seria anunciado em até quatro semanas.
A também sinalização de um acordo partidário para o avanço da reforma da previdência por aqui elevou o ânimo dos investidores e reverteu as perdas observadas na sessão anterior.
No contexto econômico, após a abertura ontem com indicadores negativos na Alemanha, o humor dos investidores se reverteu com o menor número registrado de pedidos de auxílio desemprego nos EUA em quase 50 anos (220.000) e começa hoje com a elevação acima das expectativas da produção industrial alemã.
Ainda assim, o foco do dia e da semana está no Payroll e a criação de postos de trabalho nos EUA. A decepção com o ADP Employment pode não se repetir, dado ao caráter informal de indicador antecedente do índice em relação ao Payroll.
Tendo isso como parâmetro e considerando a revisão do último ADP para 197.000 vagas criadas, existe a possibilidade de não ocorrerem surpresas no dado de hoje.
Ainda assim, mesmo mais baixo, o mercado de trabalho americano não dá sinais de fadiga e melhor, continua com o desemprego abaixo da taxa natural, ou seja, da linha de pleno emprego e sem gerar inflação, ao ponto de membros do FOMC indicarem o fim do ciclo de alta, como no discurso de Mester ontem.
Portanto, o cenário para os juros americanos se desenha constantemente para a manutenção e um Payroll mais baixo só potencializa tal tendência no curto prazo.
Em um possível acordo com a China em conclusão, o contexto para um maior apetite pelo prêmio de maior risco cresce constantemente e o Brasil se beneficiará, se a reforma estiver encaminhada, ao menos.
CENÁRIO POLÍTICO
A reunião com os líderes partidários e o presidente Bolsonaro trouxe sinais importantes ontem, principalmente de coesão dos apoiadores da agenda econômica, ainda que não aceitem compor a base do governo.
Este talvez seja o sinal mais importante no curto prazo, pois este pragmatismo em cima da agenda é o que qualquer governo necessita.
Base política serve para apoiar projetos que não tem a importância e a dimensão das propostas econômicas.
Além da usual frivolidade da ‘base’ brasileira, ela se une muitas vezes de forma mais temática do que pragmática. Bala, rural, evangélica, todas são membros da base, mas tem interesses apartados e servem bastante para a pauta de costumes.
A conjunção em torno de propostas é o que faz um governo na realidade.
O resto é perfumaria.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é mista e os futuros NY abrem sem rumo, com uma possível realização de lucros.
Na Ásia, o fechamento foi misto, em reação à questão comercial.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao paládio.
O petróleo abre em alta, com a redução de temores recessivos.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,2%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,8586 / -0,33 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / 0,062%
Dólar / Yen : ¥ 111,73 / 0,063%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / -0,107%
Dólar Fut. (1 m) : 3858,71 / -0,48 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,50 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 7,06 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 23: 8,18 % aa (-0,37%)
DI - Janeiro 25: 8,70 % aa (-0,68%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,93% / 96.313 pontos
Dow Jones: 0,64% / 26.385 pontos
Nasdaq: -0,05% / 7.892 pontos
Nikkei: 0,38% / 21.808 pontos
Hang Seng: -0,17% / 29.936 pontos
ASX 200: -0,83% / 6.181 pontos
ABERTURA
DAX: 0,015% / 11989,79 pontos
CAC 40: 0,236% / 5476,69 pontos
FTSE: 0,232% / 7419,10 pontos
Ibov. Fut.: 1,93% / 94665,00 pontos
S&P Fut.: -0,049% / 2878,40 pontos
Nasdaq Fut.: -0,099% / 7574,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,16% / 82,06 ptos
Petróleo WTI: -0,27% / $61,93
Petróleo Brent:-0,32% / $69,18
Ouro: -0,19% / $1.289,81
Minério de Ferro: 0,41% / $92,53
Soja: 0,62% / $16,15
Milho: -0,55% / $363,00
Café: 0,10% / $94,90
Açúcar: -0,16% / $12,70