A perspectiva de um corte mais pronunciado da Selic pelo mercado não se dissipou por completo, como observado na curva de juros, porém o futuro em prazo maior da política monetária já começa a ser questionado.
Após a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) o qual reiterou as expectativas dos analistas e as últimas interações com os mesmos, diretores do Banco Central deixaram claro que os juros estruturais são aqueles mais passiveis de alteração, ou seja, avançando as reformas, tudo pode mudar.
Ainda assim, conforme observado já no IPC-S semanal em queda de -0,12%, reforçamos que o panorama inédito para o afrouxamento monetário ainda está em voga no Brasil e a oportunidade não se perdeu, apesar da questão fiscal.
CENÁRIO POLÍTICO
Após a promessa de retaliação aos dissidentes na votação do CAS, diversos senadores da base do governo começam a se declarar independentes e podem complicar ainda mais a situação das reformas da previdência e trabalhista na casa.
No atual cenário, o governo se esvai com velocidade acelerada e sequer um consenso em torno das questões que antes uniam a base aliada consegue ser formado.
Neste momento, com a confirmação da delação da JBS (SA:JBSS3) e a PGR preparando três denúncias contra Temer, a câmara pode aprovar uma ação contra o presidente e a situação institucional tende a piorar.
E tudo que gostaríamos neste momento são as reformas.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa, influenciada ainda por preocupações com o petróleo, apesar da alta dos últimos dois dias. Os futuros em NY seguem a mesma linha, na expectativa por dados do setor imobiliário e discursos de membros do FED.
O fechamento na Ásia foi na maioria positivo também por conta do petróleo.
O dólar opera em queda expressiva contra a maioria das divisas desde a abertura, enquanto os Treasuries operam com alta no rendimento em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, o ouro mantém a alta, com a falta de força do dólar e o minério de ferro retoma as altas, assim como outros ativos do setor.
Após sessões seguidas em queda, o petróleo mantém a recuperação e opera em alta em NY e Londres, apesar da alta significativa dos estoques físicos globais.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,3422 / 0,19 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / 0,135%
Dólar / Yen : ¥ 111,23 / -0,090%
Libra / Dólar : US$ 1,27 / 0,434%
Dólar Fut. (1 m) : 3336,88 / 0,01 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 8,98 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 8,98 % aa (-0,44%)
DI - Janeiro 21: 10,18 % aa (0,39%)
DI - Janeiro 25: 10,88 % aa (0,65%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,84% / 61.272 pontos
Dow Jones: -0,06% / 21.397 pontos
Nasdaq: 0,04% / 6.237 pontos
Nikkei: 0,11% / 20.133 pontos
Hang Seng: -0,02% / 25.670 pontos
ASX 200: 0,17% / 5.716 pontos
ABERTURA
DAX: -0,727% / 12700,96 pontos
CAC 40: -0,600% / 5250,24 pontos
FTSE: -0,537% / 7399,32 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 62090,00 pontos
S&P Fut.: -0,033% / 2431,00 pontos
Nasdaq Fut.: -0,104% / 5779,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,48% / 79,73 ptos
Petróleo WTI: 0,14% / $42,80
Petróleo Brent:0,22% / $45,32
Ouro: 0,52% / $1.257,00
Minério de Ferro: 0,02% / $54,66
Soja: -1,47% / $17,40
Milho: 0,28% / $363,75
Café: 1,81% / $115,50
Açúcar: -0,16% / $12,82