CENÁRIO MACROECONÔMICO
Mais um indicador de inflação controlada e mais um ponto favorável à queda de juros por parte do COPOM, em níveis ao menos semelhantes ao observado na decisão anterior.
Mesmo revertendo a queda anterior de 0,05%, a alta de 0,05% no IPC da Fipe demonstra os mesmos elementos que mantiveram o restante das medidas de preços sob controle e que devem influenciar o IPCA e o IGP-DI a ser divulgado nesta semana.
Neste cenário e com o possível avanço da reforma trabalhista, o espaço para que o corte ao menos repita a versão anterior se amplia ainda mais e o BC pode rever o que foi citado em ata e no relatório de inflação.
Os indicadores recordes de inadimplência e a perspectiva mais negativa quanto à economia pode levar a um segundo mergulho recessivo, após a relativa melhora do primeiro trimestre são elementos adicionais para ajudar na decisão da autoridade monetária.
Mais uma vez, o político atrapalhando o econômico.
CENÁRIO POLÍTICO
A prisão de Geddel levou a um “susto” inicial no mercado, com reação clara no iBovespa, porém, apesar de ser ex-ministro de Temer, Geddel também trabalhou nos dois governos petistas anteriores. Isso quebra parte do alívio com a soltura de Loures, porém mantém o cenário tenso.
Com isso, o impacto com a prisão foi esvaziado e o foco agora é na defesa de Temer no plenário, o qual se coloca confiante o suficiente para ir ao encontro do G20 e na reforma trabalhista.
O senado vota hoje a urgência da reforma, para que seja votada na próxima semana e Temer aproveita os últimos instantes no Brasil numa série de reuniões para alinhar a pauta.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa, apesar do referencial limitado das bolsas americanas, as quais somente os futuros funcionam, apontando para uma abertura positiva.
Na Ásia, o fechamento foi na negativo, após o lançamento no mar do Japão de mais um míssil norte coreano.
O dólar opera em leve alta contra a maioria das divisas, após abertura em queda, enquanto os Treasuries não operam por conta do feriado de independência nos EUA.
Entre as commodities metálicas, o minério de ferro reverte o ritmo de recuperação recente e cai, seguido do cobre e da prata. Já o ouro opera em alta, com a elevação das tensões internacionais.
O petróleo abre em queda em NY e queda em Londres, após oito sessões seguidas de alta nos preços, na expectativa pelos estoques a serem divulgados esta semana.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,3018 / -0,19 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / -0,114%
Dólar / Yen : ¥ 113,20 / -0,159%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / -0,008%
Dólar Fut. (1 m) : 3317,23 / -0,29 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 8,84 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 8,81 % aa (-1,12%)
DI - Janeiro 21: 9,98 % aa (-0,99%)
DI - Janeiro 25: 10,67 % aa (-0,74%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,60% / 63.280 pontos
Dow Jones: 0,61% / 21.479 pontos
Nasdaq: -0,49% / 6.110 pontos
Nikkei: -0,12% / 20.032 pontos
Hang Seng: -1,53% / 25.389 pontos
ASX 200: 1,75% / 5.784 pontos
ABERTURA
DAX: -0,287% / 12439,55 pontos
CAC 40: -0,265% / 5181,95 pontos
FTSE: -0,164% / 7364,96 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 63893,00 pontos
S&P Fut.: 0,161% / 2428,90 pontos
Nasdaq Fut.: 0,394% / 5611,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,61% / 83,11 ptos
Petróleo WTI: -0,36% / $46,90
Petróleo Brent:-0,42% / $49,47
Ouro: 0,35% / $1.224,50
Minério de Ferro: -3,85% / $62,50
Soja: 2,71% / $18,54
Milho: 2,02% / $378,00
Café: 1,45% / $125,85
Açúcar: 0,80% / $13,92