A alta nas bolsas de valores ontem, baseadas na perspectiva de corte de produção de petróleo por parte da Rússia e Arábia Saudita foi envolta em uma série de dúvidas e desinformações, quando o presidente americano foi desmentido por fontes russas.
Ainda assim, o ímpeto inicial da notícia foi o suficiente para dar continuidade à breve melhora do humor dos investidores, levando ao fechamento positivo das bolsas de valores conforme observadas, ainda assim, a atenção ao COVID-19 e suas consequências continuam no foco.
Neste contexto, os PMIs na Europa com resultados abaixo das expectativas para serviços, composto e manufatura no Reino Unido, Alemanha e União Europeia já revertem os ganhos observados ontem.
Outro ponto importante será a observação aos dados do mercado de trabalho americano, estes já sofrendo o efeito das paralisações conforme ressaltado no ADP Employment, com perdas de 24 mil vagas, melhor que as expectativas médias dos analistas.
A perda no Payroll pode superar 100 mil vagas, porém o ADP com menor impacto traz o alento de ao menos um resultado “menos pior”, dado o cenário desafiador.
Para o Brasil, estamos à beira de uma piora fiscal histórica, com o governo projetando déficit primário de R$ 419 bilhões, o qual obviamente tem no “orçamento de guerra” sua explicação crível, além de ser um evento solidário em termos globais, ou seja, praticamente o mundo todo sofre em conjunto.
O que resta ao país, para diferenciar-se no “pós-guerra” será exatamente o esforço de retomada da atividade, tornando também o avanço das reformas paradas no Congresso como essenciais, em especial aquelas que possam atrair novamente o investidor estrangeiro.
O problema continua a ser a ausência de um espectro temporal, pois a restrição à demanda pela paralisação se une ao temor pela perda de emprego e renda, os quais se convertem em adicionais restrições à demanda, piorando a atividade econômica como um todo.
O quanto mais avançar tal cenário, mais se aprofundará a recessão e mais difícil será sua saída.
Tal discussão só conseguirá ganhar corpo nas próximas semanas, com a possível redução do pico de casos nos EUA e Europa.
Até lá, o inimigo continua a ser um só.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com os PMIs europeus abaixo das projeções.
Na Ásia, fechamento sem rumo, dividido pelo fechamento ocidental.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam sem rumo concreto.
Entre as commodities metálicas, quedas generalizadas.
O petróleo abre em alta, na expectativa pela OPEP.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,53%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2542 / 0,03 %
Euro / Dólar : US$ 1,08 / -0,451%
Dólar / Yen : ¥ 108,50 / 0,528%
Libra / Dólar : US$ 1,23 / -0,928%
Dólar Fut. (1 m) : 5278,63 / 0,27 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 4,05 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 5,40 % aa (-1,82%)
DI - Janeiro 25: 6,95 % aa (-0,29%)
DI - Janeiro 27: 7,75 % aa (0,26%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,8132% / 72.253 pontos
Dow Jones: 2,2438% / 21.413 pontos
Nasdaq: 1,7218% / 7.487 pontos
Nikkei: 0,01% / 17.820 pontos
Hang Seng: -0,19% / 23.236 pontos
ASX 200: -1,68% / 5.067 pontos
ABERTURA
DAX: -0,266% / 9545,34 pontos
CAC 40: -0,863% / 4184,55 pontos
FTSE: -1,260% / 5411,18 pontos
Ibov. Fut.: 1,73% / 72117,00 pontos
S&P Fut.: -1,431% / 2491,00 pontos
Nasdaq Fut.: -1,062% / 7552,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,80% / 62,04 ptos
Petróleo WTI: 4,98% / $26,38
Petróleo Brent: 8,08% / $32,51
Ouro: -0,13% / $1.611,87
Minério de Ferro: 1,73% / $81,73
Soja: 0,00% / $857,75
Milho: 1,12% / $337,25 $337,25
Café: -1,80% / $117,80
Açúcar: 2,72% / $10,52