Após uma semana de avanços de votações, no STF com a possibilidade de privatização de subsidiárias de estatais sem aval do congresso e ajustes no texto da previdência, o revés com o vazamento de conversas de membros da Lava-Jato obtidos ilegalmente ganha força.
No âmbito externo, as novas ameaças de tarifas de Donald Trump perderam efeito, com Pequim sinalizando um aumento nos investimentos em infraestrutura, permitindo que governos regionais usem títulos especiais para financiar certos projetos de investimento.
Isso impulsionou um fechamento positivo nas bolsas asiáticas e na abertura dos negócios hoje, em especial as commodities metálicas, notadamente o cobre e o minério de ferro, este último em alta redobrada devido aos estoques reduzidos em portos chineses.
Trump deve se reunir com Xi Jinping na cúpula do G20, programada para 28 a 29 de junho em Osaka e de lá devem sair com algum acordo, como citou o presidente americano.
Na agenda econômica, as atenções se voltam às inflações na sessão, com destaque ao PPI, índice ao atacado nos EUA, o qual projeta tanto um núcleo, quanto índice cheio estáveis e longe de gerar perspectivas de mudança nos juros americanos.
Localmente, o IPC da Fipe registrou inflação de 0,01% (Infinity: 0,00%) e o IGP-M semanal deve seguir a linha dos seus análogos com desinflação na medida semanal.
CENÁRIO POLÍTICO
O mercado ontem foi marcado pelo baixo volume e cautela com os desdobramentos do vazamento ilegal de conversas de membros da lava-jato.
A preocupação reside exatamente nos efeitos sobre o pacote anticrime ou mesmo na figura do ministro Sérgio Moro, porém pesam as possíveis obstruções que a oposição pode fazer, daí sim crescem os temores dos investidores.
A aprovação da PLN 4 deve passar pela forte politização hoje, em vista aos recentes eventos e a oposição poderá fazer o que melhor faz, atrapalhar o processo, inclusive da votação do projeto da previdência.
Como domina o “quanto pior, melhor”, a utilização de tal fato dá sobrevida à combalida oposição, sem recursos privados para campanha e sem recursos sindicais, por conta da reforma trabalhista.
No exterior, a corrida para substituir a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, começou, com dez candidatos a concorrer à vaga posição de liderança do Partido Conservador.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, apesar das ameaças de tarifas de Trump.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, com a sinalização governo chinês de investimentos em infraestrutura.
O dólar opera em estabilidade contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, minério de ferro sobe com menores estoques na china.
O petróleo abre sem rumo, de olho na forte oferta.
O índice VIX de volatilidade abre em queda de -2,1%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,889 / 0,21 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / 0,080%
Dólar / Yen : ¥ 108,67 / 0,203%
Libra / Dólar : US$ 1,27 / 0,252%
Dólar Fut. (1 m) : 3881,91 / 0,18 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 6,06 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 6,22 % aa (-0,80%)
DI - Janeiro 23: 7,14 % aa (-0,56%)
DI - Janeiro 25: 7,74 % aa (-0,26%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,36% / 97.467 pontos
Dow Jones: 0,30% / 26.063 pontos
Nasdaq: 1,05% / 7.823 pontos
Nikkei: 0,33% / 21.204 pontos
Hang Seng: 0,76% / 27.789 pontos
ASX 200: 1,59% / 6.546 pontos
ABERTURA
DAX: 1,311% / 12203,27 pontos
CAC 40: 0,802% / 5425,69 pontos
FTSE: 0,471% / 7410,27 pontos
Ibov. Fut.: -0,48% / 97473,00 pontos
S&P Fut.: 0,443% / 2902,00 pontos
Nasdaq Fut.: 0,645% / 7564,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,11% / 77,12 ptos
Petróleo WTI: 0,94% / $53,76
Petróleo Brent:0,14% / $62,38
Ouro: -0,41% / $1.322,55
Minério de Ferro: 1,51% / $99,26
Soja: 0,86% / $15,25
Milho: -0,84% / $412,25
Café: -0,86% / $97,80
Açúcar: -0,73% / $12,30